“O actor e músico João Tempera ressuscitou o seu alter-ego musical João e a Sombra, trazendo à luz o novo disco “Outra Coisa Qualquer”. Um álbum mais denso e ambicioso, onde se evidencia o amadurecimento da escrita de canções com letras fortes e poéticas, cantadas em português. Canções negras, cheias de dramaticidade, que ora exaltam o descontentamento e a vontade de coisas maiores, ora consolam as penas e embalam os nossos medos.”
(retirado do site oficial Bons Sons)
O primeiro disco em que tiveste de usar o dinheiro guardado no porquinho de barro.
“Cowboys From Hell”, dos Pantera, em vinil, comprado numa lojinha de discos na Costa da Caparica.
A melhor das memórias.
A de actor, sem dúvida. Só equiparável à dos picas dos comboios.
O artista ou banda a que o corpo ainda reages com um aumento de tensão sanguínea ou suores frios.
The Cure. Aquela entrada do “Plainsong”, ao longo de vinte e tal anos, ainda me mata.
O melhor concerto a que já assististe.
Lhasa de Sela na Aula Magna.
Citação ou provérbio de eleição.
“Tudo nesta vida passa, passa/ O amor que se diz nunca acabar/ Lágrimas de ontem desaparecem/ Eis a fumaça que o vento desfaz” B.Brecht
Um livro que leste e que ficaria bem usado como acendalha.
“Fahrenheit 451” para acender um cocktail molotov.
O livro que, se não mudou a tua vida, terá pelo menos valido cada uma das pestanas queimadas.
“A Náusea” mudou a minha vida mais do que literalmente.
O escritor ou escritora com quem gostarias de conversar por entre uns Mouchões e bolos dos santos (produtos tradicionais de Cem Soldos ou outro petisco qualquer).
O Valério Romão, que é escritor para andar por aí.
O filme de que gostaste tanto que consegues vislumbrar alguns frames quando fechas os olhos.
Tenho dezenas de imagens muito nítidas do Tarkovski na cabeça bem como na cassete que projectamos por trás nos concertos de João e a Sombra.
A cidade que já visitaste e para a qual te mudarias de boa vontade.
Madrid, para não ficar muito longe de casa.
O que gostarias de ter gravado na sepultura.
Proibida a entrada a quem não andar espantado de existir.
O prato que comerias sempre se não pudesses morder outra coisa.
Omoletes, em restaurantes de carne e de peixe.
O maior medo ou fobia.
Cenas más e doenças relacionadas com familiares.
O que comprarias com Cem Soldos (o mesmo que dizer com uma valente pipa de massa)?
Provavelmente mais livros, que é o que já faço com meia dúzia de soldos.
Questões respondidas por João Tempera.
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