Após uma primeira vida na televisão e cinema britânicos, Keeley Forsyth disparou para uma outra existência terrena. Uma vida musical que trouxe aos ouvintes desafiadores e recompensadores rodelas, tais como “Limbs” (2022) ou “The Hollow” (2024). A artista britânica está de visita a Portugal, onde nos irá desafiar em três concertos: 28 Março, Culturgest (Lisboa); 29 Março, Theatro Circo (Braga); 9 Abril, Teatro Micaelense (São Miguel, Açores, no âmbito do Tremor).
Depois de uma reconhecida e bem-sucedida carreira como atriz de TV e cinema independente britânico, Keeley Forsyth reencontrou na música uma velha paixão, permitindo-lhe colher a liberdade que procurava. E como estes mundos conversam entre si na sua cabeça, o seu corpo manifesta este diálogo como uma dança trémula, usando as ferramentas dramáticas da representação, bem como a experiência em dança, para informar e formar as suas canções, criando espetáculos únicos e vibrantes. É por isso que, no palco, os concertos expelem a sua força vital, transportando-nos para um mundo ameaçado pelo negro, pela perda ou por tumultos emocionais, onde uma luz alva surge como uma faca lancinante que tudo decide, criando sombras que estimulam a nossa imaginação.
Habitualmente comparada com Nico, Diamanda Galás ou Scott Walker, graças à gravidade e crueza da suas canções e voz, Keeley Forsyth criou em poucos anos e em apenas três álbuns um estatuto único e reverenciado, deixando um rasto de emocionantes elogios de um público apaixonado pelas suas intensas atuações ao vivo. Porque raramente, muito raramente, música assim encontra a sua perfeita encenação em palco.
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