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Phoenix, uma festa de arromba e mais novidades no SBSR 2019

Por Deus Me Livro · Em 20/04/2019

Depois das confirmações de nomes como Lana Del Rey, The 1975, Janelle Monáe, Cat Power, Migos, Kaytranada e Metronomy, entre outros, há mais um cabeça-de-cartaz confirmado para a edição deste ano do Super Bock Super Rock, que regressa ao Meco nos dias 18, 19 e 20 de Julho: os franceses Phoenix, que actuam no dia 19.

Tudo começou nos subúrbios de Paris, quando o vocalista Thomas Mars, o baixista Deck D’Arcy e o guitarrista Christian Mazzalai decidiram fazer uma banda de garagem, como tantos outros jovens em plena década de 90. Pouco depois, o irmão de Mazzalai, o guitarrista Branco, também se juntou ao grupo. A banda começou por tocar versões de Hank Williams e Prince para audiências em pubs parisienses, ainda sem a assinatura Phoenix. 

O nome só surgiu uns anos mais tarde, aquando do lançamento dos primeiros singles, numa altura em que se dividiam entre o punk rock e o krautrock. A banda continuava em busca da sua identidade quando lançou “Heatwave”, um single muito próximo da estética disco dos anos 70. O caminho era esse: juntar muitas coisas e integrá-las numa linguagem Phoenix. O primeiro disco aparece no ano 2000. “United” conta com as participações de familiares e amigos, incluindo Thomas Bangalter (Daft Punk) e Philippe Zdar (Cassius). A seguir vieram os álbuns “Alphabetical” (2004) e “It’s Never Been Like That” (2006). Estes discos fizeram crescer a base de fãs da banda e também as boas críticas da imprensa, mas a aclamação só chagaria em 2009, com “Wolfgang Amadeus Phoenix”, um disco que ainda hoje é apontado como a obra-prima da banda e um dos melhores discos dos últimos dez anos. “1901”, “Lisztomania” ou “Countdown” ficaram no coração de melómanos de todo o mundo.

Nunca é fácil continuar a surpreender depois de uma obra-prima, mas os Phoenix não acusaram a pressão e continuaram as testar os limites sua música nos discos seguintes. Em “Bankrupt!” (2013) e “Ti Amo” (2017) há experimentação, ecos orientais, muita memória (sempre a década de 70…), sintetizadores dominados com uma rara mestria e pérolas como “J-Boy”.

Confirmada está, também, a presença de Dino D’Santiago, que actuará no Palco DDP no dia 18 de Julho.

Os seus pais faziam parte do coro da igreja e foi precisamente neste coro que Dino e seus dois outros irmãos começaram a cantar todos os domingos, até ele sair de casa para fazer parte de um show de talentos na televisão – o que impulsionou a sua carreira como cantor e compositor. Durante vários anos Dino foi o vocalista ideal de uma geração de bandas de música hip hop e r&b em Portugal. Em 2010 acompanhou o seu pai numa viagem de volta às suas raízes familiares na ilha de Santiago, experiência que viria a mudar a sua trajectória musical. “Eva”, editado em 2013, foi aclamado pela crítica e mostrou essa relação com a música cabo-verdiana, a música que os pais lhe deram para ouvir quando ainda era criança. Hoje, Dino D’Santiago dedica seu talento a unir os tradicionais ritmos da morna, batuku e funaná ao r&b contemporâneo e à música electrónica progressiva. “Mundu Nôbu” é o disco mais recente de Dino D’Santiago, editado no final do ano de 2018. Neste registo assume-se como umas das grandes vozes da música portuguesa. Identificado com o seu passado e com as influências de sempre, este álbum aponta também para o futuro da música lusófona e da própria arte de Dino D’Santiago, com temas como “Nôs Funaná”, “Como seria” ou “Nova Lisboa”.

Rubel, um dos nomes mais fortes da nova Música Popular Brasileira, marcará presença no dia 20 de julho no Palco EDP.

O último ano veio confirmar este grande talento: foi nomeado para um Grammy Latino com o disco “Casas”, deu mais de 65 concertos em 51 cidades diferentes, colaborou com os rappers Emicida e Rincon Sapiência, teve música a servir de banda sonora para duas novelas de Globo, foi capa da GQ ao lado de Zeca Veloso e ainda viu o seu tema “Quando Bate Aquela Saudade” ultrapassar a marca de 30 milhões de visualizações no YouTube. Mas a qualidade da música de Rubel vem de trás e já era bem evidente aquando da edição do disco de estreia, “Pearl”, disponibilizado na internet em 2013. O disco foi gravado em Austin, Texas, quando o músico estudava cinema. Inspiradas pela melhor MPB da década de 70, as canções folk deste primeiro disco rapidamente conquistaram o coração dos fãs, obrigando o músico a formar uma banda e a enfrentar a estrada, com concertos esgotados em algumas das grandes cidades brasileiras.

“Casas”, editado em 2018, continua a revelar essa proximidade com a MPB, ao mesmo tempo que se aproxima do rap e do r&b, sendo mesmo influenciado por nomes como Frank Ocean ou Chance The Rapper.

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Incrível promete ser também o Warm Up SBSR de dia 17 de Julho, com a curadoria a estar nas mãos da Discotexas, a desculpa que Moullinex e Xinobi encontraram em 2007 para justificar todas as aventuras que queriam viver, sem pensarem muito nas regras de como gerir uma editora. Doze anos depois, o espírito de uma das mais internacionais editoras portuguesas mantém-se intocado, com um conceito que serviu de plataforma para os seus artistas verem a sua música editada e tocarem nos melhores e mais livres clubes e Festivais do mundo inteiro. Na noite de 17 de Julho, irão escutar-se DJ Sets de Moullinex, Xinobi e DJ Vibe e concertos de Meera, Da Chick e Oma Nata.

É difícil falar de música electrónica em Portugal sem referir o nome de Moullinex, o alter-ego do viseense Luís Clara Gomes. Assume-se, cada vez mais, como umas das mentes mais irrequietas e criativas do panorama musical português, convidando vários géneros musicais para a sua música: soul, funk, garage rock e até MPB, tudo serve para enriquecer a eletrónica de Moullinex. Remisturas de nomes como Röyksopp e Robyn, Cut Copy ou Two Door Cinema Club são um dos fatores que explicam a fama internacional do músico português, requisitado para atuar nos palcos de todo o mundo. Sendo um talento irrequieto, Moullinex divide o seu
tempo entre vários projetos: em conjunto com Xinobi é também responsável pela Discotexas, um carimbo que pretende dar a conhecer a melhor música eletrónica que se vai fazendo em Portugal. Em nome próprio, e depois de dois discos aclamados pela crítica, “Flora” (2012) e “Elsewhere” (2015), Moullinex regressou aos discos com “Hypersex”, um registo que presta homenagem à cultura de dança. “Open House”, “Love Love Love” e “Work It Out” são alguns dos temas que marcam este último álbum de Moullinex.

Xinobi faz parte de uma geração que cresceu com a erupção dos blogues de música, inspirados pela filosofia “do it yourself”. E o jovem Bruno Cardoso sempre levou esse lema muito a sério, algo que impulsionou a sua carreira desde cedo. Em 2017 lançou o seu segundo disco, “On The Quiet”, apresentado pelo single “Far Away Place”. O disco conta a história de muitos músicos que migraram do punk rock para a música house, ao mesmo tempo que chama a atenção para o facto de a música electrónica também conseguir despertar consciências. Depois de lançar uma série de EPs com o rótulo Discotexas – “Nervous”, “Work-It-Baby” e “Ministry of Sound” –, Xinobi conquistou o público, a crítica e o seu culto underground tornou-se cada vez mais amplo. Faixas idiossincráticas como “(I Hate The Sound of) Guitars”, “Puma”, “Spend the Night”ou a excelente colaboração com The Lazarusman em “See Me” mostram todo o talento e toda a criatividade de Xinobi. Os remixes, edits e reworks para
artistas como SBTRKT, The Avener, John Grant, Toro Y Moi, Nicolas Jaar, Riva Starr, Agnes Obel, Moullinex e Kris Menace, apenas provam a habilidade de Bruno para articular outras músicas em todo um novo universo, o seu universo. O exemplo mais recente é “Fado Para Esta Noite”, com Gisela João.

DJ Vibe é um DJ de classe mundial, um artista que entende como muito poucos a arte de gerir a tensão própria de um set que se pode dilatar por muitas horas e que vive de uma precisão apurada, de uma capacidade de mistura que tem de estar sempre próxima da perfeição para funcionar. DJ Vibe escreveu o livro de regras em que muitos outros estudaram e sobre o qual se ergueram muitas carreiras. DJ Vibe já tem uma longa história, com mais de trinta anos, mas permanece a marcar o presente da música portuguesa e ainda de olhos postos no futuro, como prova “Da Lapa”, um EP de 3 faixas carregadas de uma exímia selecção da melhor música house. Assim sendo, em 2019 o DJ português volta a sintonizar-se com as mais progressivas pistas do país, autênticos laboratórios para as suas experiências mais ousadas. E o apelo feito ao público continua a ser o mesmo: ergam-se mais uma vez, saiam, divirtam-se e dancem muito, claro.

É fácil simpatizar com a ideia de que ouvir Da Chick equivale a viajar no tempo: até àquela era em que Nova Iorque cruzava os diferentes impulsos das cenas disco e punk, new wave e hip hop num híbrido que abalava as pistas de dança. Mas esta viagem também se faz para a frente: para um futuro em que o poder da criatividade no feminino não é posto em causa, em que esta electrónica dançante feita em Portugal pode dar cartas ainda mais fortes no panorama global. Depois da estreia em 2012 com o EP “Curly Mess” – carimbo Discotexas – vieram os palcos, com actuações marcadas por uma atitude de quem não pede licença a ninguém para brindar a plateia com um funk urgente, real e irresistível. Depois do sucesso do disco de estreia, “Chick to Chick”, editado em 2015, Da Chick continuou a dar cartas e “Don’t Feel Like Talkin”, mixtape digital disponibilizada nas redes, é a mais recente amostra deste talento singular. E a artista pretende apostar nesse talento cada vez mais a sério, assumindo ela mesma a produção e a condução total dos seus destinos, algo que também a tem levado a assinar alguns DJ sets um pouco por todo o país.

Depois de uma tour pelo Brasil, onde tudo começou, até a um sunset íntimo num terraço do Porto, Meera nasce desse encontro entre Jonny Abbey e Cecília Costa. Depois de muitas aventuras entre Xangai e o Rio de Janeiro, esta ligação não se esfumou como um simples amor de verão: a ligação musical entre os dois saiu ainda mais fortalecida e algumas das canções de Meera inspiram-se precisamente nessa amizade e em algumas dessas boas experiências na estrada. No regresso a Portugal conheceram o produtor Goldmatique e começaram a encontrar-se regularmente para sessões de composição e produção. E a cidade do Porto acabou por fornecer a energia certa para estas novas canções. “Little Of Your Time” é um bom exemplo dessa energia contagiante e que é capaz de agitar qualquer pista de dança.

Oma Nata é um misterioso produtor português que vive entre Hamburgo, Londres e Berlim. Nascido e criado em Portugal, e depois de cruzar as fronteiras de diferentes géneros musicais, Mário da Motta Veiga decidiu iniciar o projecto Oma Nata a fim de explorar um som mais temperamental, vibrante e exótico. As influências da sua música vão desde o jazz latino-americano até à música africana, passando pela música house mais clássica, sem nunca parecer uma manta de retalhos – torna-se, isso sim, um fluxo homogéneo de uma música que tem tanto de emotiva como de melancólica. Oma Nata é hoje uma das principais apostas da editora Discotexas e o disco de estreia, “The Discovery”, promete confirmar todas essas boas expectativas.

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