Já se sabe que isto dos músicos é um pouco como os chapéus: há muitos e nem sempre servem, quer na cabeça ou cumprindo um ideal estético imaginado antes de um vislumbre ao espelho. Há, contudo, um punhado deles que são verdadeiramente geniais, capazes de compor, escrever, misturar e que, mesmo sozinhos, conseguem criar uma orquestra bem composta.
Um desses eleitos é o americano Andrew Bird – ou André dos Pássaros – que, para além de tudo o que de bom já se disse atrás, é ainda o rei do assobio no que à pop diz respeito – com Jens Lekman no segundo lugar a uma grande distância. A boa notícia é que o músico norte-americano regressa a Portugal dentro de poucos dias, em dois concertos integrados no Misty Fest: 8 de Novembro, Casa da Música, Porto; 9 de Novembro, CCB, Lisboa.
Oriundo de Chicago, Andrew Bird tem sido um dos mais activos e criativos artistas contemporâneos: só nesta última década leva meia dúzia de discos editados, entre os quais “Are you serious”, lançado já este ano.
Se quiséssemos desenhar um CV em três tempos, então seria qualquer coisa como isto: violinista virtuoso, assobiador nato e guitarrista intenso, alguém que ao longo dos anos tem cruzado uma série de influências que vão da folk ao swing, da pop ao jazz, dos ritmos ciganos ao rock. Nesta sua digressão por Portugal, Andrew Bird estará sozinho em palco o que, no seu caso, é sempre sinónimo de um concerto em grande.
Sem Comentários