Foi a Baltimore que Marcus Brown, artisticamente conhecido como Nourished By Time, regressou durante a pandemia, escrevendo, gravando e produzindo o disco de estreia que seria editado pela londrina Scenic Route em 2023. “Erotic Probiotic 2” é uma viagem arqueológica às decadas de 80 e 90, uma diversão sonora que envolve uma certa subversão – e sofisticação – de r&b, pop e camadas várias de nostalgia – é difícil não pensar, por exemplo, nos solos épicos e cortantes de Prince. Seguiu-se “Catching Chickens”, EP lançado em 2024 e, para Agosto deste ano, está previsto o lançamento de um segundo longa-duração, do qual já se conhece o título – The Passionate Ones” – e o single de apresentação – “Max Potential”.
Na ZDB, por entre uma cortina de fumo que D. Sebastião aproveitaria para se pôr ao fresco, Marcus Brown surgiu acompanhado de uma teclista e um guitarrista, colocando-se diante de um microfone adornado com um lenço comprido, que segurava durante as suas enérgicas coreografias.
O som esteve longe de estar no ponto, melhorando ao estilo de uma mini-maratona sonora, mas só depois de uns tropeções em fios que causaram um arranhão nos ouvidos – “My bad”, confessou Marcus, que esteve muito bem nos vocais mas algo incompreensível nas trocas de mimos com o público. Ainda assim, pediu para não se usar a “n word”, confessou uma certa tendência para o estado de paranóia e atirou para o ar os nomes de Will Smith e Eva Mendez. Um concerto ao qual não faltaram hits como “Hell of a Ride”, “Daddy” ou “The Fields”, mas que não ultrapassou a emoção de os ouvir de olhos fechados com headphones. Médio menos.
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