De cada vez que fechamos os olhos, há praticamente um novo nome que se chega à frente no cartaz do NOS Alive, festival que se realiza nos dias 11, 12 e 13 de Julho do próximo ano. Desde a última vez que fizemos contas, Pearl Jam, The Breeders, Floating Points, Michael Kiwanuka, Jessie Ware, T-Rex e Sum 41 juntaram-se ao programa de festas. Ficam as apresentações, à boleia dos muito elogiosos press releases.
12 Julho | Palco Heineken
Michael Kiwanuka é um puro talento britânico com raízes ugandesas. Filho de pais que fugiram do país devido ao regime de Idi Amin, Kiwanuka descobriu as suas primeiras paixões musicais no rock, influenciado por bandas como Radiohead e Nirvana.
Durante os seus estudos em jazz na Royal Academy of Music, e música pop na Universidade de Westminster, Kiwanuka formou uma banda de covers. O seu talento chamou a atenção de Paul Butler (The Bees), que o incentivou a gravar as suas próprias músicas, assinando com a editora Communion, onde lançou os EPs “Tell Me a Tale” e “I’m Getting Ready”, culminando na liderança do BBC Sound Of 2012.
O álbum de estreia, “Home Again” (2012), tornou-se um sucesso comercial e artístico, nomeado ao Mercury Prize. Em 2016, lançou “Love & Hate”, produzido por Danger Mouse, consolidando ainda mais sua posição no cenário musical britânico.
Kiwanuka incorpora influências de Van Morrison e Curtis Mayfield, desenvolvendo uma linguagem única que mistura folk, indie rock e r&b. O terceiro álbum homónimo, editado em 2019 e novamente produzido por Danger Mouse, foi aclamado pela crítica e pelo público, sendo considerado um clássico instantâneo e levando para casa o prémio Mercury Prize de “Best Album of The Year.
Ao longo de sua carreira, Kiwanuka continuou a impressionar, lançando singles de sucesso como “Money” (2019), em colaboração com Tom Misch, ou o estratosférico “Cold Little Heart” (2017), celebrizado pela série de sucesso “Pretty Little Liars”.
11 Julho | Palco Heineken
Jessie Ware, seis vezes nomeada para o Mercury Prize e BRIT Awards, consolidou sua posição como uma das vozes mais influentes na música pop britânica. O álbum “That! Feels Good!” sucede ao bem-sucedido “What’s Your Pleasure”, de 2020. As experiências ao vivo, incluindo abrir para Harry Styles, influenciaram significativamente este quinto álbum.
“That! Feels Good!” abraça uma fusão de funk, disco e soul, com destaque para faixas como “Free Yourself” e “Pearls”. A influência de Ware vai além da música, com participações dos amigos e familiares, incluindo Kylie e Benny Blanco. O álbum, nascido no meio de períodos de bloqueios criativos, reflete optimismo e autonomia. Jessie destaca a importância de performances ao vivo em sua evolução musical, expressando a sua transição de cantora para performer. É neste novo trabalho em que se dá o virar da página para uma nova era, descrita como uma experiência de liberdade, em que reflecte um som de soltura e encorajamento para os todos possam fazer o mesmo.
“These Lips” encerra o álbum com uma energia de club clássica. Jessie considera este seu quinto álbum um triunfo, marcando uma realização musical sem esforço. Esta abordagem destemida reflete uma confiança e experiência, que expressa o desejo de continuar a fazer digressões durante os próximos anos, enfatizando que, para Jessie, a vida ao vivo é o cerne da sua paixão musical.
12 Julho | Palco Heineken
Com nova música editada no início do último trismestre de 2023, Floating Points compartilhou recentemente um novo single, ‘Birth4000’, lançado pela Ninja Tune.
Em Setembro deste ano, o Hollywood Bowl encheu para testemunhar a apresentação de obra-prima de Floating Points, nomeada ao Mercury Prize, “Promises” (2021). Shepherd reuniu um elenco de estrelas, incluindo Shabaka Hutchings, Kieran Hebden (Four Tet), Dan Snaith (Caribou), Kara Lis Coverdale e Hinako Omori, com Miguel Atwood-Ferguson na regência.
O álbum, que conta com a participação de Pharoah Sanders e da London Symphony Orchestra, foi o mais bem avaliado de 2021 pela Pitchfork, além de ter sido nomeado “Álbum do Ano” pela Mojo e Time Magazine, sendo aclamado como “um dos maiores álbuns de jazz moderno” pela Resident Advisor.
Shepherd dedicou grande parte de 2023 à composição do seu primeiro bailado para orquestra sinfónica e electrónicos. “Mere Mortals” será apresentado pelo San Francisco Ballet e estreará em Janeiro de 2024.
No início do último trimestre de 2023, ‘Birth4000’ é editado. Sonoramente bastante diferente dessas empreitadas, apresenta uma energia intensa e áspera. Oficialmente lançada a dia 17 de Outubro, a faixa já teve um impacto duradouro nas pistas de dança deste verão, sendo tocada por Four Tet no seu espectáculo principal no Finsbury Park, assim como durante o b2b com Caribou, no Glastonbury de 2023. A faixa também apareceu nos sets de Peggy Gou, Ben UFO, Call Super, Palms Trax entre outros, destacando-se ainda na actuação surpresa de Floating Points na festa de verão da NTS deste ano.
12 Julho | Palco Heineken
A carreira de T-Rex começou em 2017, mas foi com o EP “Chá de Camomila”, lançado em 2018, que o seu som inconfundível – mistura de rap e R&B, de trap e drill e de outras cadências futuristas – começou a fazer levantar cabeças. Nigga Poison, Força Suprema, Sam the Kid, Valete ou Da Weasel serviram de inspiração para a construção da sonoridade que lhe é própria. E foi esta sonoridade e o sucesso de singles como “Chá Preto” (2018) ou “My Way” (2017) que encheram uma data no MusicBox em 2019 na edição das noites Saucin’. Depois desta feita, o salto foi feito no verão desse mesmo ano, onde actuou num dos grandes festivais de verão.
Em 2020, o lançamento do EP “Gota D’Espaço” vem reforçar as certezas sobre o enorme talento de T-Rex, que recusa rótulos e prefere inventar as suas próprias fórmulas, com músicas como “Tinoni” ou “Ar” – trunfos importantes deste trabalho. Além das músicas a solo, a notoriedade do artista tem permitido criar colaborações com Julinho KSD, Frankieontheguitar, D.A.M.A., 9Miller, Calema, NGA, Mobbers ou Lhast, entre outros.
Em 2022, T-Rex edita o trabalho “Castanho”, com músicas entre “Pra Mim” ou “Toma Conta”, que somam mais de um milhão de visualizações. Marcou presença no palco WTF Clubbing do NOS Alive’22, onde actuou para uma enchente de fãs que se encontraram em comunhão num dia totalmente esgotado. Em Março de 2023, encheu os Coliseus do Porto e Lisboa na apresentação ao vivo do seu álbum de estreia, “Cor D’Água”, que se tornou o álbum nacional mais ouvido em 2023.
13 Julho | Palco NOS
Os Sum 41 estão de regresso à vanguarda da cena musical com o lançamento altamente antecipado do novo single “Landmines”, em Outubro deste ano. Esta nova música oferece um preview emocionante do próximo álbum do grupo, agendado para 2024.
“Landmines” não é apenas uma música: é um testemunho da determinação em enfrentar adversidades pelos entes queridos, conforme expresso pelo vocalista Deryck Whibley. O refrão envolvente é acentuado por uma bateria potente, ressoando com a mesma intensidade das minas terrestres, metáfora que dá nome à canção. O vídeo acompanha a música, transportando-nos para uma cerimónia de formação de 1998 transformada num espectáculo de rock, numa alegoria aos primórdios da carreira da banda.
“Quando escrevi ‘Landmines’, não tinha a intenção de criar uma música no estilo ‘pop punk’ tradicional. A música simplesmente fluía rapidamente, e imediatamente senti que tinha algo especial”, conta-nos Whibley.
Olhando para os 27 anos de carreira memoráveis da banda, os Sum 41 cimentaram firmemente o seu lugar na história do rock, com mais de 15 milhões de discos vendidos em todo o mundo, múltiplos lançamentos nas tabelas da Billboard, uma nomeação ao Grammy, 2 prémios Juno (e 7 nomeações), um Kerrang! Award em 2002, múltiplos Alternative Press Music Awards e inúmeras outras distinções.
O lançamento do álbum “All Killer, No Filler”, em 2001, com temas como “Fat Lip”, “In Too Deep”, “The Hell Song” e “Still Waiting”, transformaram a banda numa das maiores referências do punk rock dos anos 2000.
13 Julho | Palco NOS
O álbum “Last Splash”, dos The Breeders, lançado em 1993, celebra os seus 30 anos com uma remasterização inédita. Composto por Kim Deal, Kelley Deal, Josephine Wiggs e Jim Macpherson, o álbum é marcado pelo sucesso da música “Cannonball”. A versatilidade da banda é evidente, desde as suas melodias melancólicas até aos mais frenéticos momentos de grunge.
A energia crua do álbum resulta de abordagens espontâneas e técnicas experimentais de produção. O processo de mixagem no lendário Record Plant, em Sausalito, teve desafios, como a eliminação acidental de uma parte da faixa “Do You Love Me Now”. A obra de arte única de Vaughan Oliver, designer da 4AD Records, é reimaginada gloriosamente para esta edição especial.
A remasterização, intitulada “Last Splash (30th Anniversary Original Analog Edition)”, inclui um vinil com duas faixas inéditas: “Go Man Go” (co-escrita por Kim Deal e Black Francis) e uma versão alternativa de “Divine Hammer”, com vocais de J Mascis, chamada “Divine Mascis”.
13 Julho | Palco NOS
Em 2020, os Pearl Jam celebraram oficialmente 30 anos de actuações ao vivo. Com onze álbuns de estúdio, centenas de performances únicas ao vivo e inúmeras edições oficiais de concertos, a banda continua a ser altamente aclamada pela crítica e considerada como uma das bem mais sucedidas comercialmente, com mais de 85 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo.
Os Pearl Jam foram incluídos no Rock and Roll Hall of Fame em 2017, cimentando a banda oriunda de Seattle como uma das mais populares do rock & roll do seu tempo.
Em 2020 editaram “Gigaton”, o seu mais recente álbum de estúdio. A Rolling Stone escreveu que o álbum é “um exemplo admirável e inspirador de grunge maduro”. A Spin afirmou que “Gigaton tem algo para todos. É um álbum complexo e dinâmico, cheio de emoção sincera e humor subtil”. “Firme e descontraído, político e pessoal, os Pearl Jam acertam acertaram completamente no equilíbrio perfeito”, escreveu a Mojo.
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Promotora: Everything is New
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