Esperámos até chegar à meia dúzia para apresentar, à boleia dos press releases, as últimas confirmações para o cartaz do Vodafone Paredes de Coura 2019: Krystal Klear, Romare, Flohio, Crumb, Yellow Days e, last but not least, Deerhunter (na foto). De 15 a 17 de Agosto na Praia Fluvial do Taboão.
Natural de Dublin, Dec Lennon ou Krystal Klear iniciou a carreira musical como um artista anónimo, mas rapidamente desenvolveu um estatuto graças aos materiais focados no underground dancefloor que misturam elementos nostálgicos a motivos futurísticos. Após uma série de EPs associados a reconhecidas editoras, e até de forma independente com a Cold Tonic, Krystal Klear junta-se à Running Back de Gerd Janson e lança Neutron Dance. Um EP que, segundo a crítica do meio, foi considerado um dos principais lançamentos de 2018. A energia do electro, house e new wave invade a Praia Fluvial do Taboão no dia 15 de Agosto.
No terceiro dia do festival, 16 de Agosto, será a vez das sonoridades disco e psicadélicas. Em homenagem à cultura afro-americana e ao artista Romare Bearden, Archie Fairhurst adoptou o nome Romare. Ainda na faculdade, o produtor trocou a bateria e a guitarra pela produção de faixas com fortes samples que iam de downtempo house a um frenético footwork. O DJ londrino conta com dois álbuns: “Projections”, disco de estreia em 2015 e “Love Songs: Part Two” (2016). Ambos os projectos, amplamente aclamados pela crítica musical, demonstram a evolução e destreza de Romare em misturar diferentes estilos e instrumentos musicais.
Flohio, a rapper de 26 anos, está a conquistar atenção internacional com a força avassaladora que deposita em cada tema. Uma mescla de ritmos catárticos sob inteligentes narrativas e uma produção tentadora que mistura diversos estilos, reflectidos num techno industrial que se une ao mais clássico que o hip-hop tem para oferecer. Bands, primeiro single da artista natural do sul de Londres, navega por batidas experimentais e assumidas críticas sociais. Mais recentemente, Flohio lançou o segundo EP Wild You (2018). Poesia emocional e sincera é a chave para o som da grande promessa do rap londrino que sobe ao palco do Vodafone Paredes de Coura no dia 17 de Agosto.
Também para 17 de Agosto estão confirmados os norte-americanos Crumb. O quarteto de psych-rock nasceu do desejo dilacerante da vocalista/guitarrista Lila Ramani completar as suas canções. A banda de Brooklyn funde sonoridades psych de anos de 1960 com pitadas de improvisos de jazz a que adiciona um informal indie rock, o que nos deixa com um pop que tem tanto de sedativo como viciante. Crumb e Locket são os primeiros dois EPs de Crumb que já conseguiu inúmeros elogios da cena musical.
Desde o lançamento do EP de estreia Harmless Melodies que George van den Broek tem vindo a conquistar a indústria musical. As suas melódicas misturas de lo-fi soul unidas ao sotaque mascarado de ídolos do blues como Howlin’ Wolf e Ray Charles são a chave do sucesso deste jovem multi-instrumentista. No início de 2018, Yellow Days conquistou um público mais amplo graças ao single “Gap in the Clouds”, tema que acompanhou o trailer da segunda temporada da premiada série de Donald Glover, Atlanta. “Is Everything Okay In Your World?” apresenta uma afirmação segura daquilo que o músico tem para oferecer. Fresco e ousado, o primeiro longa-duração é uma colecção repleta de respostas que contam a história da adolescência do artista artista britânico. Inspirado no R&B de Roy Ayers, no reggae de Jackie Mittoo, no psicadélico de Pink Floyd com um toque de contemporâneo de Mac DeMarco, o indie soul-pop de Yellow Days está confirmado no habitat natural da música para o dia 15 de Agosto.
Liderados pelo carismático frontman Bradford Cox, os Deerhunter apresentaram-se em 2001 com singulares misturas de sonoridades experimentais e de pop melancólico. Com o indie rock e o rock experimental de “Turn It Up Faggot” (2005) e “Cryptograms” (2007), os Deerhunter atraíram a atenção da indústria musical, mas foi o exuberante “Microcastle” (2008) que marcou o rumo da banda norte-americana. Apesar do sucesso rapidamente atingido o quarteto continuou a desafiar-se e a procurar novos estilos. Reflexo desse novo percurso são as sonoridades cruas que ouvimos em “Monomania” (2013) e a delicadeza, porém assertiva, do mais recente álbum “Why Hasn’t Everything Already Disappeared?”. O oitavo disco de estúdio foi lançado no início deste ano e já conta com temas que, segundo a crítica, entram directamente no catálogo de músicas essenciais de 2019, como é o caso de “No One’s Sleeping”, “Element” e “Death in the Midsummer”.
Os passes gerais podem ser adquiridos em bol.pt, ticketea e locais habituais(FNAC, CTT, El Corte Inglés,…) pelo preço de 84€.
Sem Comentários