A estreia de Lil Nas X em Portugal já tem data e local: 7 de Julho, na 15ª edição do NOS Alive. Confirmados no festival estão também Machine Gun Kelly, Yaya Bey e Xinobi. Ficam as apresentações.
Rapper, cantor e compositor oriundo de Atlanta, Georgia, Lil Nas X é já apelidado, pela revista Billboard, como “um fenómeno reconhecido internacionalmente”. Foi no ano de 2019 que se viu catapultado para a fama internacional, com o lançamento de “Old Town Road”, que viria a tornar-se um ponto de viragem na indústria da música – destruindo as concepções e normas de género, liderando as tabelas e tornando-se viral em todo o mundo.
Depois do eclético EP “7”, com os singles “Panini” (6x Platina) e “Rodeo” (2x Platina), chegou “Montero (Call Me By Your Name)”, o hino queer que provocou diálogos necessários no mundo inteiro, estreando-se na Billboard Hot 100 em número 1 e ficando cativo no tipo da Tabela Global do Spotify por mais de um mês. Nesse mesmo ano (2021) foi editado o seu álbum de estreia, “Montero”, nomeado para Album of the Year nos Grammys de 2022 e destacado pela Variety pela “sua abordagem às fronteiras de género e à exploração refrescantemente honesta do amor e da solidão”.
Yaya Bey é uma das contadoras de histórias mais empolgantes do panorama actual do R&B. Usando uma combinação de forças ancestrais e a sua própria auto-realização, a cantora/compositora navega pelas dificuldades da vida e pelos momentos alegres, através da música. O mais recente álbum, “Remember Your North Star”, captura essa montanha-russa emocional com uma fusão de soul, jazz, reggae, afrobeat e hip-hop que alimenta a alma. O seu talento para contar histórias ganha maior projecção no primeiro single do álbum, “keisha”: um hino às mulheres que deram tudo de si num relacionamento, onde o seu corpo ou o seu estado de espirito nunca eram suficientes.
A capacidade de Bey de explorar a natureza emocionalmente caleidoscópica das mulheres, em especifico de mulheres negras, é a essência do álbum. Com temas de misogynoir (misoginia com alvo em mulheres negras), revelando traumas geracionais, romances despreocupado, relacionamentos parentais, empowerment feminino e amor próprio, “Remember Your North Star” prova que o caminho para a cura não é linear – há muitas lições a serem aprendidas ao longo da jornada.
“Vi um tweet que dizia: ‘As mulheres negras nunca viram um amor saudável ou foram amadas de maneira saudável’. Isso é uma ferida profunda em nós. Então comecei a pensar sobre as nossas respostas a isto enquanto mulheres negras ”, diz Bey sobre a inspiração do título de “Remember Your North Star”, um projecto totalmente escrito pela artista com produção principal da própria. “Este álbum é algo como que a minha tese. Mesmo que precisemos de ser todos esses tipos diferentes de mulheres, em última análise, queremos amor: amor a nós mesmas e amor de nossa comunidade. O álbum é um lembrete desse objectivo”.
O seu primeiro lançamento, “The Many Alter – Egos of Trill’eta Brown” (2016), que incorporou uma colagem digital e um livro, foi elogiado pela FADER, Essence e outros meios. Bey seguiu com outros projectos, como o álbum “Madison Tapes”, de 2020, e o EP “The Things I Can’t Take With Me”, de 2021.
Bey é também uma artista multidisciplinar e curadora de arte, que através da sua música cria arte através de colagens de fotos íntimas e auto-retratos – que apresentou, em 2019, na exposição “Reparations Realized” do District of Columbia Arts Center e na exposição “Let the Circle Be Unbroken”, do Brooklyn’s Museum of Contemporary African Diasporan Arts (MoCADA). A artista também completou várias residências artísticas no MoCADA, como curadora de programas que reflectem o mesmo tema que impulsiona a sua música: a experiência da mulher negra.
“Remember Your North Star” continua a evolução pessoal e artística de Bey enquanto a artista se esforça para ser uma caixa de ressonância para mulheres negras em todo o mundo. “Sinto-me empoderada na música porque posso transformar qualquer coisa que me aconteça em algo valioso. A música ajuda-me a ver o valor do que está a acontecer na minha vida”, explica. “Existe um espírito na música. É uma cultura e estou nessa comunidade, contribuindo com a minha história que nos mantém conectadas.” Bey actua no WTF Clubbing no primeiro dia da 15ª edição do festival.
Machine Gun Kelly – Colson Baker no Cartão de Cidadão – é uma força atómica na música, no entretenimento, no cinema e na moda, que conta já com uma nomeação aos Grammys. Em 2020, superou as expectativas com o lançamento de um álbum de Rock/Pop Punk, intitulado “Tickets to My Downfall”.
Em 2022, com o lançamento de “Mainstream Sellout”, consolidou o seu status como um artista de topo de tabelas. A tour nos Estados Unidos terminou na sua cidade natal, Cleveland, no FirstEnergy Stadium, com a lotação máxima de 50.000 pessoas, tornando-o o primeiro e único nativo de Ohio a esgotar o estádio.
Pelas suas contribuições para a indústria da música, foi nomeado para a Time 100 Next de 2022, uma lista que presta homenagem os líderes do futuro em todo o mundo que moldam e definem a próxima geração de líderes.
Xinobi faz parte de uma geração de artistas de música electrónica que cresceu no seio da erupção dos blogs de música, alimentada pela ética do do it yourself que a escola punk rock lhe trouxe. Juntamente com os seus amigos Moullinex e Mr. Mitsuhirato, criou a influente Discotexas, editora e coletivo de artistas em constante transformação.
Com edições na sua Discotexas, mas também nas Anjunadeep, Frau Blau, Radiant., Monaberry, TAU e MoBlack, construiu um universo singular, diverso e imaginativo, que lhe permite circular facilmente entre o House e o Techno mais ortodoxos mas, também, escapar-se ao expectável – através, por exemplo, da música clássica, como quando editou um rework da “Canon in D” de Pachelbel na Deutsche Grammophon, ou o Fado como no tema “Fado Para Esta Noite”, com a fadista Gisela João. Os remixes que fez para artistas como Moullinex, Awen, Joris Voorn, Adam Ten, O Terno, John Grant, Nicolas Jaar são também sintomas da sua amplitude criativa, que o levou também a editar dezenas de singles e três álbuns.
2014 foi o ano em que se estreou em longa duração com “1975”, naquele que se pode considerar um ensaio de várias estéticas da house music assentes nas influências que a paixão pelas bandas sonoras de Ennio Morricone e Angelo Badalamenti lhe traz – mas, também, no Dub Jamaicano e no Surf dos 60s.
Em 2017 lançou “On The Quiet”, de onde saiu o êxito “Far Away Place”, em parceria com os Vaarwell e um grande hino underground: “Searching For”, que o une ao poeta Lazarusman. Este disco conta uma história sobre a transição de muitos músicos do punk rock para a música electrónica; do skateboarding para a house music; e sobre como a música de dança pode ser um espaço de consciencialização e debate social.
Em 2022 lançou “Balsame”, álbum que assenta em derivações idiossincráticas da house music e que nos fala sobre cura e construção conjunta, unidade e comunhão, utopias realistas, os direitos de igualdade e perspectivas pacificadoras para a humanidade.
2023 servirá como um momento mais orientado para a música de dança pura e dura, com 3 EPS prontos a sair ainda antes do verão. “Anguilla Buella” – em colaboração com Meta_ -, “Dinosaurs” e “Waiting for”.
Os bilhetes estão à venda nos locais habituais e em nosalive.com.
Promotora: Everything is New
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