Apesar de não estar entre os nomes mais conhecidos do panorama musical português, Joana Barra Vaz não é, propriamente, uma novata nestas andanças. A sua estreia discográfica aconteceu no ano de 2012 com o EP “Passeio Pelo Trilho” – o arranque de uma trilogia intitulada flume -, cujo tema “Vai” integrou a compilação Novos Talentos FNAC’12. Em paralelo colaborou com José Joaquim de Castro, Tv Rural, Bernardo Barata e, mais recentemente, com Ricardo Jacinto em “Parque”, para além de ser realizadora de vídeos e do documentário “Meu Caro Amigo Chico” (2012) e co-fundadora do arquivo web “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”.
“Mergulho em Loba“, que traz consigo o selo da Bi-du-Á, retoma quatro anos depois a trilogia iniciada com “Passeio Pelo Trilho”, indo buscar inspiração ao mesmo lugar para onde, em tempos, partiram sem medo os navegadores: o mar.
O disco, composto por três suites onde as canções correm como se habitassem num DJ Set, é feito de uma pop reflexiva dirigida à contemplação do belo, com delicados arranjos, uma veia poética e o desejo de uma apneia que conduza à descoberta de uma Atlântida esquecida. Mesmo não sendo um disco de eleição, há nele motivos mais do que suficientes para acreditarmos que Joana Barra Vaz nos fará felizes num futuro muito próximo.
Sem Comentários