Começou ontem e estende-se até dia 14 de Julho, com a bênção de Goethe. Falamos da 13ª edição do Jazz im GoetheGarten (JiGG), que decorre no muito sedutor jardim do Goethe Institut, em Lisboa, prometendo mostrar algumas das mais singulares e criativas sonoridades do jazz europeu. Sete concertos de grupos oriundos da Alemanha, Áustria, Espanha, Itália, Portugal, Suíça e Turquia.
A abertura coube ontem aos portugueses Earnear, todos eles destacados músicos, aclamados pela força de improvisação e cujo disco, lançado em 2014 pela editora canadiana tour de bras, foi recebido com entusiasmo.
Hoje tocam os espanhóis Liquid Trio, que exaltam a free music da actual realidade catalã, onde se destacam Agustí Fernández, um dos grandes pianistas da Europa, e Albert Cirera, um dos mais aclamados saxofonistas da nova geração. O trio austríaco Namby Pamby Boy, cuja postura provocante e próxima do rock os leva a designaremse a si próprios como uma garage band, encerra amanhã a primeira semana do JiGG.
A animação regressa a 10 de julho, com um dos raros duetos de clarinete baixa da actualidade, composto por Oğuz Büyükberber & Tobias Klein, ambos enaltecendo o lado orgânico deste instrumento de madeira.
Na recta final, três quartetos com caraterísticas próprias e distintas: os italianos Roots Magic que, na sua versatilidade, evocam tanto a tradição dos Blues do Delta como o jazz criativo de Julius Hemphill, John Carter, Sun Ra e Olu Dara; os suíços Weird Beard, músicos jovens que combinam uma linguagem mainstream com outras vibrações interiorizadas; e, para terminar, os alemães Rotozaza, quatro músicos exímios e criativos numa formação diferente da habitual, com o saxofonista Tobias Delius, também ele um músico de topo, em substituição do clarinetista de Rudi Mahal.
O Jazz im GoetheGarten conta com a direcção artística de Rui Neves. Para mais informações espreitem o site oficial.
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