Para quem, nos anos 80, estava habituado ao cenário do polícia anafado, de bigode farfalhudo e bloco sempre pronto a escrevinhar a bela da multa, fez-se uma verdadeira festa quando Rui Reininho e companhia, vestindo a pele e o uniforme de polícias bonzinhos, se chegaram à frente conduzindo uma carrinha grafitada da GNR.
Sejamos francos. Por muito que escavemos na história da música portuguesa, poucas bandas terão a elegância ou destilarão a ironia como os GNR, sigla que, em tempos remotos, queria dizer qualquer coisa como Grupo Novo Rock (que, a bem dizer, já ninguém usa).
Após terem regressado em grande com o longa-duração “Caixa Negra”, a banda esteve na edição deste ano do SBSR para tocar “Psicopátria” de uma ponta à outra, disco que atingiu a marca redonda de 30 anos e do qual fazem clássicos intemporais como “Efectivamente”, “Bellevue” ou “Pós Modernos”.
O melhor ficou para a recta final do ano, com a banda a comemorar 35 anos de carreira com um concerto no dia 12 de Novembro no Campo Pequeno, em Lisboa (isto depois de no dia 5 ter tocado no Multisusos de Guimarães). Um momento que contará com as participações especiais de Javier Andreu (Sangue Oculto), Isabel Silvestre (Pronúncia do Norte) e Rita Redshoes (Dançar Sós). A festa vai ser rija e, segundo informações que conseguimos recolher, não será efectuado qualquer teste de álcool.
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