Após termos falhado a dose dupla servida para os lados de Santa Apolónia, conseguimos apanhar os Capitão Fausto no Pinhal Novo, num concerto para gente sentada que comprovou que estes rapazes são, sem qualquer dúvida, uma das mais excitantes bandas do momento.
Como tem corrido a apresentação da nova rodela?
Francisco Ferreira: Até agora tem sido fixe, muito bom.
Tomás: Nota máxima, 20 valores a nós mesmos, excelentes.
Este é um álbum mais maduro, mais adulto. Pretendem mostrar que deixaram a juventude para trás em termos de musicalidade e escrita ou vão manter-se putos para sempre?
Domingos: Quando fazemos música não pensamos em termos de jovialidade. É uma reflexão que só se pode fazer depois dos discos. A única coisa que posso dizer é que não gostamos de escrever coisas muito parecidas: escrevemos aquilo de que gostamos na altura, independentemente de isso nos tornar mais jovens ou mais adultos.
Que álbuns vos influenciaram para a criação deste disco?
Francisco Ferreira: Nem nos fica bem enumerar, uma vez que são imensos. Cada um de nós vai responder coisas diferentes, pois cada um tem o seu disco e sentimentos diferentes. Mas o que influencia mais para além dos discos ouvidos é a maneira como nos sentimos, pois podemos fazer um disco mais relaxado ou um disco mais frenético consoante as emoções, as ideias e as técnicas de som que estivermos a experienciar no momento.
Deixaram o psicadelismo para atrás ou isto é apenas uma paragem?
Francisco Ferreira: Nem me lembro de alguma vez lá ter entrado (risos).
Tomás: Fazemos música sem nos cingirmos a um género específico.
Na faixa “Alvalade chama por mim” dizem que a vossa mocidade chegou ao fim. O que mudou?
Tomás: O tempo… o tempo que temos. Já não estudamos, por isso achamos que está mesmo na hora de levar isto à séria
Que têm andado a ouvir ultimamente?
Tomás: Eu tenho andado a ouvir Youth Lagoon e Bob Dylan.
Francisco Ferreira: Aqui o Manel é só clássicos.
Manuel Palha- E não só (risos)!
Francisco Ferreira: Eu tenho ouvido muito James Taylor. O Domingos não ouve música e o Salvador muito menos.
Nem sequer o próprio projecto, El Salvador?
Francisco Ferreira: Nem sequer isso, ele e todos nós sabemos que é uma merda (risos).
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