Os Junior Boys estão, para a música electrónica, como as séries da BBC estiveram – e estão – para o requinte e a luxúria de um bom drama. A verdade é que a coisa até nem começou bem: Jeremy Greenspan e Johnny Dark gravaram uma demo a que ninguém prestou qualquer atenção, o que fez com que Dark batesse com a porta deixando os Junior reduzidos a um único boy.
Quis porém o destino que um senhor chamado Nick Kilroy passasse os ouvidos pelos temas da banda, fazendo deles o primeiro nome a integrar a sua nova editora baptizada de KIN. Deles porque, entretanto, o engenheiro Matt Didemus se juntou a Greenspan, arrancando a dupla para uma carreira que conta já com cinco longas-duração, cozidos sempre em lume brando e com todo o tempo do mundo (entre o primeiro e o quinto distam uma boa dúzia de anos).
A banda foi responsável por trazer o romantismo para dentro da música electrónica, bem como por escrever letras carregadas de mel e fel que faziam com que o abanar de anca conduzisse, muitas vezes, a um romance vivido entre lençóis. A música, essa, sempre foi de claras orientações pop, mas nas canções desta banda há um pouco de tudo, desde umas pinceladas de post-disco ao techno minimal. “Banana Ripple” e outros clássicos sobem ao NOS Clubbing no dia 7 de Julho. Corações bem ao alto (e ancas para os lados).
NOS Alive 2016
7, 8 e 9 de Julho
Passeio Marítimo de Algés, Lisboa
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