Guitarras angulares, percussões milimetricamente exactas, vozes elásticas e uma demão de electrónica: a singular receita da banda britânica Alt-J surgiu em 2012, no álbum de estreia “An Awesome Wave”. O disco foi um tremendo sucesso – ganhou um Mercury Prize, e vendeu mais de um milhão de cópias no mundo inteiro. Os Alt-J conseguiram o feito sem grande esforço promocional e com uma imagem discreta e enigmática – o jornal The Guardian apelidou-os mesmo como “a banda mais anónima da cultura popular”. Ao mesmo tempo que os membros da banda fugiam a sessões fotográficas, a sua música tornou-se instantaneamente reconhecível, em igual medida vibrante e geométrica.
A banda passou de quarteto a trio, no final de 2013, com a saída do baixista Gwil Sainsbury, vítima das pressões do sucesso e das constantes digressões. O triângulo Alt-J é agora formado por Joe Newman, Thom Green e Gus Unger-Hamilton.
“This Is All Yours”, segundo álbum de originais, saiu no Outono de 2014. Um disco instrospectivo, contaminado pelas paisagens pastorais da folk inglesa, expandindo ainda mais a linguagem invulgar da banda. Canções como “Every Other Freckle”, “Hunger of The Pine” e “Left Hand Free” atestaram o talento dos Alt-J para os singles virais.
Fast forward para 2017: “Relaxer”, o terceiro álbum, vê a luz do dia em Junho próximo, e já se conhecem dois temas: o primeiro single, “3WW”, é uma planante e sensual fantasia prog-rock, instalada nas paisagens por onde um dia andaram os Doors. A segunda amostra chama-se “In Cold Blood”, que tem um ritmo infeccioso, uma secção de metais épica e um sintetizador Casiotone que, afirmam, custou pouco mais que 1 libra no e-bay.
É para nos dar a conhecer “Relaxer” que a banda visitará Portugal pela quinta vez, tocando a 6 de Julho na 11ª edição do NOS Alive.
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