E eis que, nos alvores dos anos 2000 e quase sem ninguém ter dado por isso, a música indie se transformava num gigantesco palco, feito de rock musculado e uma encenação dramática que poderia fazer carga de ombro com as melhores produções shakespearianas.
Fala-se aqui dos canadianos Arcade Fire que, desde que realizaram o seu próprio “Funeral” em 2005, se transformaram num caso sério de popularidade, mostrando que para se ser indie não se tem de aceitar o destino de tocar para meia dúzia de aficcionados ou em lugares considerados suspeitos.
A banda, formada originalmente por Régine Chassagne, Richard Parry, Tim Kingsbury e os manos William e Win Butler, tem feito do marketing uma arma poderosa, transformando cada novo lançamento numa passerelle musical. Para “Reflektor”, o disco duplo lançado em 2013, foi produzido um documentário chamado “The Reflektor Tapes”, a que se seguiu a edição de um EP com o mesmo nome. Antes disso houve contagens decrescentes, discos lançados no youtube que mostravam as letras de uma ponta à outra ou outras artimanhas destinadas a alimentar o bichinho indie.
No dia 9 de Julho espera-se uma explosiva mistura de bossa nova, punk, pop e até um piscar de olho à canção francesa mas, sobretudo, uma imensa festa debaixo de uma arcada em fogo. Ou, se o calor for muito, com muita rega à mistura.
NOS Alive 2016
7, 8 e 9 de Julho
Passeio Marítimo de Algés, Lisboa
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