Os seus passos têm sido de bebé, mas a verdade é que, de momento, o universo indie rock já não passa sem ele. Afinal, mora aqui um letrista que carrega a poesia às costas, alguém que por vezes nos recorda o espírito nasal de Gordon Gano, vocalista dos eternos Violent Femmes, numa pop que tem tanto de cru como de sentimental e profundo.
Depois de três rodelas – “Banging Down the Doors” (2007), “Inside the Human Body” (2008) e “Mysterious Power” (2011) – onde contou com o background sonoro dos Harpoons, Ezra Furman estreou-se a solo no ano de 2013 com “Year of No Returning”.
Por esta altura era já um tipo bastante respeitado no meio musical, sobretudo na Britânia, o que o levou a assinar um contrato com a editora Bella Union. O seu segundo longa-duração, intitulado “Perpetual Motion People”, foi carregado por muitos ombros, e depois de uma tour que o levou a tudo o que era país Furman teve ainda tempo para uma pequena operação estética, decidindo mudar o nome da banda que o acompanhava, que passou de Boyfriends para Visions. Uma mudança que viria a culminar no fresquíssimo “Transangelic Exodus”, um disco mais negro e dramático onde se fala, por exemplo, em anjos sintéticos pouco respeitadores da lei. O música chega ao NOS Primavera Sound no dia 7 de Junho.
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