Foram muitos os anos que Cass McCombs passou a apurar a sua folk de assinatura, feita de muita introspecção e alguma transpiração, até ser contratado para as fileiras da editora Monitor Records, que se veio a transformar na sua primeira habitação.
Em 2003 Cass editou “A”, o primeiro longa duração, mas desde aí a sua deriva musical foi mais ao encontro da pop, em discos como “PREfection”, “Dropping the Witt” ou “Catacombs” – ainda que a folk estivesse sempre lá atrás, como um bonito papel de cenário.
Em 2011 o músico decidiu celebrar o seu próprio Halloween com “Wit’s End”, um disco marcadamente sombrio e cavernoso. O ritmo de edição continuou a ser acelerado, com a edição de Humor Risk (2011), “Big Wheel and Others” (2013) – um duplo álbum que passava as duas dezenas de canções – ou “A Folk Set Apart” (2015), disco feito de raridades e lados B.
“Mangy Love” chegou já este ano, e mostra um Cass em pura recriação, num disco por onde passaram convidados como Angel Olsen e onde há espaço para tudo: psicadelismo, reggae um perfume barroco e música que poderia acompanhar o Barco do Amor nos seus bailes aquáticos. E folk, pois claro. Um disco que servirá de mote ao concerto de dia 3 de Novembro, no Cinema S. Jorge (Lisboa), no âmbito do Misty Fest. Mesquinho ou não, o amor merece ser cantado.
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