A 25 de Abril celebra-se em Portugal a Revolução dos Cravos, momento decisivo da história contemporânea do nosso país em que se derrubou a ditadura do Estado Novo e se reabriu à porta à democracia. Por todo o país assinala-se a data com mais ou menos pompa e circunstância e, normalmente, com muita música. E existem artistas que têm quase obrigatoriamente actuação garantida nesta data – Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, Fausto… Este ano, porém, o Porto faz um upgrade e recebe no Coliseu, a 25 de Abril (e também no dia seguinte também) o brasileiro Caetano Veloso.
Em 1975, aquando da revolução, o também brasileiro Chico Buarque gravava Tanto Mar, dedicada ao que se estava a passar do outro lado do Atlântico. Agora, quarenta-e-tal-anos depois, podemos recuperar o verso com que iniciava esse tema: vai ser bonita a festa, pá.
Com esta, passaremos a contar com uma dúzia de apresentações de Caetano Veloso no nosso país. Uma das últimas passou inclusive pelo Porto. Foi no festival Primavera Sound, por alturas da apresentação do seu “Abraçaço”, esse discão onde o brasileiro nos lembrava que a bossa nova era foda. Desta vez, Caetano não traz banda a acompanhá-lo e vem sozinho com a sua voz e o seu violão. Da mesma forma que se apresentou em Lisboa em Setembro último.
Quer dizer, sozinho não. Caetano Veloso volta a trazer consigo a jovem Teresa Cristina, que gravou um disco de tributo a Cartola, o mítico compositor brasileiro. Por isso é provável que voltemos a ver os dois juntos em palco novamente. Mas pela primeira vez no Porto. Vai ser bonita a festa, pá. De certeza!
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