A gestão de expectativas é algo que não atinge qualquer banda que esteja em vésperas de lançar um longa-duração, mas provavelmente afectará aquelas que atingiram um patamar de devoção considerável no disco anterior. No lote desses artistas constam, claramente, os Best Coast.
Três anos após “The Only Place”, Bethy Cosentino está de regresso com um lote de canções que possui uma ligação ao seu antecessor. Em “California Nights” (Harvest, 2015) ouvem-se, sobretudo, tambores muito ao fundo que atravessam melodias, num álbum mais radio-friendly, muito punk-pop e onde continua a pontificar a doce voz de Cosentino.
Será, provavelmente, o registo mais maduro – ainda que contem apenas com três discos editados – dos Best Coast, repleto de canções mais longas e com impacto menos imediato – apenas Fading Fast possui menos de três minutos de duração -, e que servirá de projecção aos Best Coast e aos seus membros. Aqui, vemos Cosentino lamber as suas feridas e escrever sobre o seu íntimo sem qualquer pudor. E gostamos de ouvir.
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