A britânica Anna Calvi não encaixa facilmente nos moldes de uma vulgar cantautora indie. Nos recantos da sua música, encontramos diversas latitudes: rapidamente vamos de Tarantino a Debussy, de Bowie a Maria Callas, ou de Edith Piaf a Kate Bush.
Calvi descende de uma nobre linhagem que vem de Patti Smith, faz uma tangente à conterrânea PJ Harvey e circula em campos tão distintos quanto o western-spaghetti à la Morricone, os ambientes rapinados a David Lynch ou as baladas sulfurosas de Nick Cave.
A voz, tão romântica quanto sinistra, oscila entre o leve murmúrio e o furor intenso, às vezes na mesma canção. Reconhecida como uma guitarrista excepcional, faz oitos da Fender Telecaster que a costuma acompanhar.
Em Agosto deste ano, Anna Calvi lançou o terceiro registo de originais, “Hunter”, com a preciosa ajuda de Adrian Utley, dos Portishead, e é com este novo disco na bagagem que chegará a Portugal no próximo mês de Outubro – os espectáculos estão marcados para 19 de Outubro, no Hard Club do Porto, e a 20 de Outubro no alfacinha Capitólio. A acreditar no histórico das suas prestações ao vivo, esperam-se concertos com intensidade e emoção a rodos.
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