Marching Church | “Telling It Like It Is”
Elias B. Rønnenfelt está de regresso com o seu projecto a solo, intitulado Marching Church. Depois de se ter estreado com “This World Is Not Enough”, em 2015, volta este ano com “Telling It Like It Is“. Se em “This World Is Not Enough” ficámos com a sensação de que o disco apenas existia porque Elias se movimentava bem no meio musical e tinha sabido aproveitar o hype alcançado pelos IceAge, em “Telling It Like It Is” temos a prova da sua genialidade. Se aos IceAge lhes são colados os The Birthday Party como principal influência, em Marching Church Elias vai buscar um dos membros dos The Birthday Party para lhe indicar o caminho: nada mais nada menos que Nick Cave. Como se diria na linguagem futebolística, Elias B. Rønnenfelt faz parte da selecção de esperanças, quer com os seus Iceage, quer a solo com Marching Church. Estamos perante um dos músicos mais criativos desta nova vaga. Sai um Golden Boy para o responsável por um dos discos do ano, se não o disco do ano.
The Holydrug Couple | “Soundtrack for Pantanal”
Os chilenos The Holydrug Couple voltaram este ano com “Soundtrack for Pantanal“, um álbum onde continuam a levar-nos a viajar na sua Dream-Pop Psicadélica. Em 2015 passaram pelo Milhões de Festa para apresentar o álbum “Moonlust”, e esperamos que em 2017 voltem para tocar num dos grandes festivais. Os chilenos já o merecem e “Soundtrack for Pantanal” coloca-os como uma das melhores bandas na especialidade, como comprovam os temas “Everything’s so wrong (Part 2)” , “Vase of flowers” ou “Remember why?”. Se os Tame Impala de “Currents” se juntassem com os Beach House, o resultado seria parecido com os The Holydrug Couple.
The Lucid Dream | “Compulsion Songs”
Os The Lucid Dream continuam a ser um dos segredos mais bem escondidos do Rock Psicadélico, mas queremos acreditar que este terceiro disco de originais, “Compulsion Songs“, vai passar de ouvido em ouvido, acabando assim com o segredo. Algumas das grandes malhas de 2016 estão neste disco. A saber: “Bad Texan”, “I’m a Star in My Own Right” ou “Epitaph”. Passaram em 2015 pelo extinto Indouro Fest, e lançamos já aqui o repto para uma petição que os faça vir tocar no Reverence Valada em 2017.
Honeyblood | “Babes Never Die”
“Babes Never Die” é o segundo álbum das Honeyblood, a dupla feminina composta por Stina Marie Claire Tweeddale e e Cat Myers e será, provavelmente, o álbum que as vai catapultar para a classe média da música. “Babes Never Die” é uma espécie de Pop-Punk, pop nas vozes das escocesas, punk na raiva e urgência que depositam nos instrumentos. Cancões que se nos colam ao ouvido como “Babes Never Die” ou “Ready for the Magic” ou o psicadélico ” Love Is a Disease”. Em suma: mulheres ao poder!
The Growlers | “City Club”
“City Club” é o quinto álbum de estúdio para os americanos The Growlers e, à medida que o tempo vai passando, a banda vai chegando a um público cada vez maior. “City Club” é um disco indie-rock onde nos saltam logo à memória bandas como os Strokes, The Cars (ouvir os temas “Too Many Times” ou “The Daisy Chain”) ou os Black Keys (ouvir o tema “I’ll Be Around”). Acreditamos também que o tema “Night Ride” tem servido para inúmeros engates, seja quando passa nas pistas criteriosas seja no fim da noite, quando levamos a nossa conquista no carro até ao Motel mais próximo. Por isto e muito mais, “City Club” merece entrar nesta lista de discos que fizeram o nosso 2016 mais feliz.
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