Assim se vê como o tempo voa. O marcante álbum de estreia de Tricky, “Maxinquaye”, foi lançado em 1995, há cerca de 21 anos. O disco arrecadou o Mercury Prize nesse ano, e fez do músico de Bristol uma estrela internacional – facto que sempre o deixou algo desconfortável. A solo ou nas suas colaborações com os Massive Atack, Tricky ajudou a definir o trip hop, afirmando-se desde então como músico e produtor de excelência.
Fast forward para 2016: Tricky mantém o inconformismo e a rebeldia de sempre, tendo vindo a trilhar um caminho mais subterrâneo mas nem por isso menos interessante. A voz sussurrante e as batidas claustrofóbicas continuam a traduzir a personalidade complexa do músico, fruto de uma história de vida atribulada.
Tricky vem à Aula Magna, no próximo dia 15 de Março, mostrar o seu mais recente trabalho, “Tricky presents Skilled Mechanics”, editado em Janeiro deste ano. Os Skilled Mechanics são um projecto colectivo de raiz hip-hop, no qual Tricky reuniu alguns músicos interessantes – entre os quais o amigo de longa data DJ Milo e o baterista Luke Harris, que costuma acompanhar Tricky ao vivo. Como é habitual em qualquer álbum de Tricky, a bordo estão também algumas vozes femininas: a cantora holandesa Oh Land, a rapper chinesa Ivy e a habitual convidada Francesca Belamonte.
Para além das novas músicas, na calha estarão certamente alguns temas clássicos. Razões mais do que suficientes para agarrarmos no capacete de mineiro e descermos às profundezas da mente de Tricky, naquele que promete ser um concerto imperdível.
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