Estamos em contagem decrescente para mais uma edição do Super Bock em Stock que, este ano, se realiza nos dias 25 e 26 de Novembro na Avenida da Liberdade, baixa lisboeta e arredores. Por aqui é tempo de fazermos um ponto de situação, incluindo as últimas confirmações, eventos especiais e, claro, mostrar o cartaz completo. Siga a festa.
Curadoria Estúdio Zeco
Estúdio Zeco é um espaço de partilha criativa que pretende ser a melhor solução na criação de conteúdos audiovisuais, songwriting, edição discográfica e produção de eventos. Este projecto pretende apoiar e promover a carreira de novos artistas, utilizando uma estrutura que é composta por compositores, técnicos, produtores, arranjadores, letristas, fotógrafos e realizadores. Neste hub criativo tudo é possível: desde iniciar a composição de uma música até à sua gravação, edição ou agenciamento de concertos. O principal objectivo é descobrir e gravar hoje a música que se vai ouvir amanhã. E é dentro desse espírito que a Curadoria Estúdio Zeco sugere quatro propostas – e apostas – para a o cartaz do Super Bock em Stock: Ana Mariano, Vila Martel, Grand Pulsar e Pluto.
Os Pluto são uma das bandas que mais saudades deixou nos melómanos portugueses. Formados em 2002 no Porto, lançaram o seu primeiro disco, “Bom dia”, no ano de 2004, e nos dois anos seguintes rodaram os palcos portugueses, recebendo o carinho de centenas de fãs um pouco por todo o país. Em 2006 resolveram parar e, por força das circunstâncias, aquele que seria apenas um pequeno período de pausa duraria até 2022. Embora de forma mais espaçada, nunca deixaram de fazer música e nunca perderam a intenção de voltar enquanto banda, o que acabou mesmo por acontecer a pretexto do concerto no festival “O Salgado faz anos… Fest!”. Desde então pegaram-lhe o gosto, decidiram voltar à estrada e até já começaram a gravar músicas novas, assim como algumas músicas que, apesar de já estarem feitas, nunca tinham sido gravadas até este momento. Tal como o seu primeiro single refere, este é “só mais um começo”…
Ana Mariano é um dos nomes mais promissores da nova música portuguesa. Apaixonada pela música desde os 11 anos, aprendeu a tocar guitarra com o principal intuito de musicar o que até ali escrevia para si mesma. Cantora e compositora, estreou-se em 2019, ano em que o seu primeiro single, “Ordinary View”, integrou o disco Novos Talentos FNAC. O seu EP de estreia, “Everything I Touch”, contou com cinco temas, três dos quais com presença assídua em várias rádios nacionais. Depois deste começo promissor, Ana Mariano prepara-se agora para lançar o seu primeiro álbum em português. “Girassóis à Beira-Mar” e “Poeta” são os dois primeiros singles dessa nova coleção de canções de Ana Mariano.
Grand Pulsar são Alex Mey e Diogo Brandão, uma dupla de músicos cúmplices nessa tarefa de fazer canções pop. Juntos em palco e fora dele são responsáveis por todo o universo da banda: os dois escrevem, compõem, produzem e gravam a sua própria música. Deste modo, os Grand Pulsar entram no espetro da música pop em Portugal com canções que transportam a cor e a ousadia de influências internacionais. O foco da banda está em fazer melodias cativantes, a duas vozes, com letras honestas e genuínas, também elas difíceis de esquecer. Esta é uma visão artística que lhes permite brincar com a música portuguesa, exercitando um lado lúdico, enquanto prestam homenagem a essa mesma música portuguesa da qual são herdeiros, não escondendo a sua faceta de melómanos.
Formados em 2019, os Vila Martel são uma banda lisboeta composta por Afonso Alves, Francisco Botelho, Francisco Inácio, Rodrigo Marques Mendes e Tiago Cardoso. Recusam escolher rótulos para a sua música, mas perante o desafio de apontar um nome para aquilo que fazem, costumam responder com “rock com petazetas”. As guitarras como essência do seu som e os refrões orelhudos rapidamente os levaram a dar nas vistas. O primeiro disco, “Nunca Mais É Sábado”, lançado em fevereiro de 2020, não passou despercebido dentro da cena do indie rock nacional. “Amanhã Não Vou Ficar”, primeiro avanço do segundo trabalho do grupo e uma premonição daquilo que virá, apresenta composições mais arrojadas e um som mais cuidado, sem abdicar do peso das suas guitarras e das letras sempre tão reconhecíveis.
Kady nasceu e cresceu na ilha de Santiago, na cidade da Praia, rodeada de música e grandes mulheres que definiram e moldaram a sua personalidade. Filha de Terezinha Araújo, fundadora e vocalista do grupo Simentera, cresceu ao lado de figuras de destaque da música tradicional cabo-verdiana. Começou a fazer música durante a infância e adolescência, vencendo concursos de música para jovens cantores. Já adulta, aposta na formação musical e inclui no seu percurso, em busca de conhecimento, o Brasil e os Estados Unidos da América. Em 2015, lançou o seu primeiro álbum a solo, “Kaminho”, pela BRODA MUSIC e fez de Lisboa a cidade base da sua carreira artística. Em 2020, recebeu o convite para participar na edição do Festival da Canção para interpretar o tema “Diz Só” do cantor e compositor Dino d’Santiago e do compositor Kalaf Epalanga. O seu novo projeto musical, “Lumenara”, sai em novembro deste ano de 2022. Deste novo EP já se encontram disponíveis o tema “Tempu” e o tema “Djuntu”, com a participação especial de Dino d´Santiago.
Andrea Soares é cantora há 21 anos. Começou o seu “caminho” musical pelas vielas pop, continuou pelas ondas eletrónicas e, mais recentemente, estabeleceu-se no fado, num reencontro muito especial. Filha de fadista amador, Andrea viveu o fado de uma forma quase “obrigatória” enquanto ainda era uma criança. Acabaria por seguir outros caminhos, como já se disse. Ao longo de mais de duas décadas de percurso artístico, Andrea já viveu muitas vidas na música, mas hoje, de alma assumida, a cantora mistura as suas tradições numa casa cheia de novas energias: o seu FADO.
GIRA Coletivo de Mulheres no Samba promete um dos momentos mais enérgicos da edição deste ano do Super Bock em Stock, a bordo do Super Bock Bus, nos dois dias do festival. Este projeto nasceu em 2021, em Lisboa, integrado no Encontro das Mulheres na Roda de Samba, um evento internacional que celebra o papel da mulher no samba. GIRA afirma-se como uma formação dedicada a dar voz aos múltiplos talentos que se agregam em Portugal – percussionistas, violonistas e cantoras -, abrindo o espaço às mulheres que amam e honram o samba. O repertório é preenchido pelos grandes temas e clássicos do género, celebrando toda a sua riqueza musical, poética e também politica. Se durante tantas décadas de história as rodas de samba deixaram tantas mulheres relegadas para papéis secundários, este projeto quer dizer agora bem alto: GIRA a roda!
Willow Kane e Papillon juntam-se ao Moche
Willow Kane e Papillon juntam-se aos já anunciados Obgongjayar, Sudan Archives e They Hate Change na programação do Bloco MOCHE no Capitólio. Por incompatibilidades de agenda da artista, surgidas entretanto, Yaya Bey não irá actuar na edição deste ano do Festival.
Willow Kayne é um dos nomes mais refrescantes da atual cena britânica, chamando a atenção pela sua irreverência e originalidade. Com as suas canções pop marcadas pela distorção, Willow convoca hip-hop, trap e punk para uma música atravessada por uma energia juvenil à qual é difícil ficar indiferente. Por influência familiar, a jovem Willow sempre ouviu muita música, começando por nomes como James Brown, Nas e MF DOOM, e partindo depois para as suas próprias descobertas musicais, bebendo do génio de nomes como Tyler, The Creator, Sex Pistols, Gorillaz ou Portishead. Passou grande parte da adolescência no seu quarto, a escrever e a desenhar, e não demorou até que começasse a cantar esses versos sobre algumas batidas. Além do trabalho na música, Willow Kayne também trabalha como designer – e nota-se! A aposta visual é forte, o que contribui para uma proposta artística que vai além das canções. Obcecada pela estética da década de 90, Willow atualiza algumas referências desses tempos, sempre ao serviço da sua própria personalidade artística, sem saudosismos estéreis ou anacronismos. Lançamentos recentes como “Final Notice”, “White City”, “Rat Race” ou o EP “Playground Antics” provam a efervescência criativa de Willow Kayne.
Papillon é o nome artístico de Rui Pereira, um dos grandes valores da nova música portuguesa. Com a sua participação na Liga Knock Out e com o crescimento do grupo GROGNation (duas mixtapes, dois EPs e o álbum “Nada É Por Acaso”), Papillon foi emergindo como um dos melhores rappers da nova geração. E o ano de 2018 marcou a verdadeira metamorfose, quando Rui Pereira saiu do casulo e lançou o seu primeiro álbum como artista a solo. Unindo-se a Slow J e Sente Isto, Papillon bateu as asas e lançou “Deepak Looper”, um conto autobiográfico que explora as raízes e cicatrizes do artista de Mem Martins. Desde então os palcos passaram a ser a sua casa e o público foi-se rendendo a Papillon, que surpreendeu nas suas passagens pelos principais palcos nacionais. Durante o ano de 2019, Papillon e a sua banda (composta por Vasco Ruivo, Luís Logrado e X Acto) continuaram a levar “Deepak Looper” aos ouvidos de todos os admiradores de música urbana. E temas mais recentes como “01 Coisa Leve”, “00 Fala Bonito” (Prod. Lhast), “Chillin’” (Prod. Holly & Slow J), “AAA”, “Sweet Spot” (Feat. Murta) provam que o músico está em grande forma, sempre empenhado em testar os seus próprios limites.
Concerto exclusivo de Ana Moura
No dia 25 de Novembro, o Capitólio recebe Ana Moura, numa apresentação exclusiva do seu novo álbum intitulado “Casa Guilhermina”. Esta será a primeira vez que o público e seus fãs terão a oportunidade de conhecer o seu novo álbum em concerto, disco que chegou às lojas no dia 11 de novembro.
Para aqueles que querem ter a garantia de um lugar na sala, criou-se um sistema de pré-reserva de 50% da lotação do espaço. Assim, quem tem bilhete para o Festival, pode aceder a este LINK e, introduzindo o código do seu bilhete, receber um ticket de acesso prioritário, desde a abertura de portas até aos 10 primeiros minutos do concerto. Quem não fizer o pré-registo, poderá sempre aceder à sala pelo sistema habitual do Festival, em que se dá entrada a quem chega mais cedo, até ao limite da lotação do espaço.
Warmup Bloco MOCHE
A MOCHE associa-se uma vez mais ao Super Bock em Stock, nos dias 25 e 26 de novembro, como naming sponsor do Bloco MOCHE. No espaço instalado no Capitólio, o Bloco MOCHE vai receber um conjunto de artistas que representam as tendências atuais da música urbana.
Já no dia 18 de novembro, para todos os que tenham adquirido bilhete para o Festival, vai realizar-se o Moche Warmup no espaço MOCHE, situado na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, que contará com os concertos de Ana Lua Caiano e Ohmonizciente, numa curadoria de Fred.
Depois de colaborar com variadíssimos projetos (Os Vertigem, Os Data, Polivalente, Leo Middea), em 2020, Ana Lua Caiano começou a sua verdadeira exploração musical com a junção da música tradicional com a música eletrónica no projeto audiovisual “Rua em Quarentena”. Em 2021 realizou bandas sonoras para filmes (“O Prédio” de Marta Laureano, “Soldadinho de Chumbo” de Camilla Ciardi, “Render” de Bryan Stewart), ganhou um concurso promovido pela “SDB Sessions” e também foi vencedora no projeto #OneStep4MusicFest. Em setembro deste ano editou o seu primeiro EP a solo “Cheguei Tarde a Ontem”.
O nome diz-se em e a três tempos: Oh Moniz Ciente. Não pela presunção de saber tudo, mas pela assunção de que tudo quanto se saiba é pouco. Com o cuidado pelas palavras que caracteriza os poetas dos nossos tempos e a recusa do óbvio na construção, tanto da sonoridade quanto das ideias, a paisagem de Ohmonizciente dignifica a viagem.
Cartaz completo por dias e salas
Este ano, a Sala Ermelinda Freitas estará instalada na Sociedade Portuguesa de Geografia, regressando assim ao roteiro de concertos do Super Bock em Stock. Também o Pátio da Casa do Alentejo receberá concertos, juntando-se às Salas Manoel de Oliveira, Sala 2 e Sala 3 do Cinema São Jorge, Bloco MOCHE (Capitólio), Garagem EPAL, Sala Super Bock e Bar do Coliseu dos Recreios, Sala Bogani (Casa do Alentejo), Sala da Rádio SBSR.FM (Estação Ferroviária do Rossio | IP), e o já icónico Super Bock BUS que percorrerá a avenida.
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