Do mesmo produtor e realizador que nos trouxe “O Último Tango em Mafamude” e “Miramar Confidencial”… um concerto de David Bruno no Bons Sons. Muita coisa pode acontecer: afinal, a sua obra revisita um Portugal pós-irónico, profundo e indomesticado, como quem desembrulha um farnel quentinho a bordo da camioneta. Destino? A fronteira Portugal-Espanha, também conhecida como Raia, que imortalizou no seu último (vídeo) álbum a solo, Raiashopping. Quem sabe se não traz para Cem Soldos uns caramelos, uns pralinés ou umas saquetas de Flan Chino Mandarim.
13 Agosto
Palco António Variações
Aquela banda ou artista que te fez comprar uma revista só porque trazia um poster que ficava a matar numa das paredes do teu quarto.
Sou iconoclasta, queimo posters.
A banda ou artista que te fez comprar e usar uma T-shirt.
Nunca comprei uma t-shirt de uma banda.
Chegaste a forrar um caderno da escola com autocolantes ou recortes de alguém?
Sim, um caderno preto daqueles da firmo com o obituário do jornal – ficou incrível.
O primeiro disco em que usaste o dinheiro que tanto trabalho deu a enfiar no porquinho de barro.
Aerosmith – “Get a Grip”.
Os discos que os teus pais, irmãos e/ou primos mais te fizeram ouvir.
Pai – Barry White, Pink Floyd, vários… não me lembro de discos em específico.
Se pudesses viajar no tempo para ver um artista ou banda já desaparecidos, até onde te levaria a viagem?
Soft Machine.
O melhor disco para curar um desgosto amoroso.
David & Miguel – Palavras Cruzadas.
E para ajudar a ultrapassar uma ressaca danada?
Cypress Hill – “Temples of Boom”.
Três discos que voltam recorrentemente a entrar na tua playlist.
Tupac – “All Eyes on Me”, Graciano Saga – “O Melhor de Graciano Saga”, Lovage – “Music to Make Love to Your Old Lady By”.
A canção alheia que gostarias de ter escrito.
Channel Tres – TOPDOWN.
A melhor canção ou disco de 2022 (até agora).
Não consigo individualizar.
O filme de que gostaste tanto que já o reviste inúmeras vezes (e até já conseguiste decorar umas falas).
Não sou muito bom a decorar falas mas… “Underground”, de Emir Kusturica.
O filme que te fez chorar tanto que tiveste de esperar uns minutos para sair da sala de cinema (para que ninguém te visse de olhos espremidos).
“Big Fish”, de Tim Burton. Também choro muito com os filmes do Rocky por ele ser humilde e lutador, então quando está a apanhar mas arranja forças para lutar de volta emociona-me muito.
Aquele livro de que gostaste tanto que, se te tivesse sido emprestado, pensarias pelo menos duas vezes antes de devolvê-lo.
Eça de Queiroz – “A Capital”.
Se pudesses visitar um livro durante um dia, qual escolherias?
Aquilino Ribeiro – “Terras do Demo”.
A cena mais romântica que já fizeste por alguém.
Não tenho nada especialmente incrível ou romântico que mereça ser contado.
Aquela comida de que gostas tão pouco que, se te for servida num jantar de amigos, tens de inventar uma dor de barriga.
TUDO QUE LEVE COENTROS.
O prato que comerias sempre se não pudesses morder outra coisa.
FRANGO NO CHURRASCO.
Se tivesses Cem Soldos – o que, na moeda corrente, equivaleria a uma valente pipa de massa – para gastar numa extravagância, o que seria?
Instalava secadores de mãos tipo os dos restaurantes na casa de banho de casa.
A actuação no Bons Sons vai ser…
GENUÍNA.
Fotos: Renato Cruz Santos
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