Beatriz Pereira, nascida e criada em Ourém, é padroeira do acto de “escreviver”. Num precipício entre Beatriz e Maria, a sua caneta vem desfolhar um diário de cores, texturas e dissabores. Bia Maria convoca melodias com origem no fado, na pop, na bossa nova e no canto popular, para as condensar numa sonoridade que tanto tem de terra-a-terra como de sonhadora. Depois de “Mal Me Queres, Bem Te Quero” e “Tradição”, regressa à sua primeira casa musical, o piano, para o terceiro EP, “Do Roberto”. Em palco, apresenta-se rodeada dos amigos André Mendes, na guitarra clássica, e Daniela Antunes, na percussão.
13 Agosto
Palco Giacometti/Inatel
Aquela banda ou artista que te fez comprar uma revista só porque trazia um poster que ficava a matar numa das paredes do teu quarto.
Nunca fui muito de ter posters no quarto mas, talvez há uns anos, devo ter comprado um dos One Direction.
A banda ou artista que te fez comprar e usar uma T-Shirt.
First Breath After Coma.
Chegaste a forrar um caderno da escola com autocolantes ou recortes de alguém?
Forrava muitos cadernos meus e adorava decorá-los mas nunca colei autocolantes de ninguém, acho.
O primeiro disco em que usaste o dinheiro que tanto trabalho deu a enfiar no porquinho de barro.
“Origin of Symmetry”, Muse.
Os discos que os teus pais, irmãos e/ou primos mais te fizeram ouvir.
“ABBA GOLD” era a banda sonora obrigatória nas viagens de família.
Se pudesses viajar no tempo para ver um artista ou banda já desaparecidos, até onde te levaria a viagem?
Anos 90, para ouvir Jeff Buckley.
O melhor disco para curar um desgosto amoroso.
“Recomeçar”, Tim Bernardes.
E para ajudar a ultrapassar uma ressaca danada?
Em geral se estiver de ressaca sou uma pessoa que aprecia o silêncio, mas “Tropix” (Céu) é sempre uma boa opção.
Três discos que voltam recorrentemente a entrar na tua playlist.
“Branco”, Cristina Branco
“Revezo”, Filipe Sambado
“Toda a Gente a Fugir Para a Frente”, João Berhan
A canção alheia que gostarias de ter escrito.
“O Muro”, Samuel Úria.
A melhor canção ou disco de 2022 (até agora).
“Benefício da Dúvida”, Maria Reis.
O filme de que gostaste tanto que já o reviste inúmeras vezes (e até já conseguiste decorar umas falas).
“Toy Story 3”.
O filme que te fez chorar tanto que tiveste de esperar uns minutos para sair da sala de cinema (para que ninguém te visse de olhos espremidos)?
Já não vou ao cinema há algum tempo, mas o último que vi e que me fez ter de aguentar as lágrimas foi o “Luca”.
Aquele livro de que gostaste tanto que, se te tivesse sido emprestado, pensarias pelo menos duas vezes antes de devolvê-lo?
“A Mulher que Correu Atrás do Vento”, João Tordo
Se pudesses visitar um livro durante um dia, qual escolherias?
“As Novas Cartas Portuguesas”, que já li mas sempre que posso gosto de voltar a visitar.
A cena mais romântica que já fizeste por alguém.
Escrever um EP para essa pessoa.
Aquela comida de que gostas tão pouco que, se te for servida num jantar de amigos, tens de inventar uma dor de barriga?
Eu adoro comer e para ajudar à situação não sou nada esquisita, mas ultimamente se me fizerem brócolos com queijo não vou comer de certeza porque enjoei.
O prato que comerias sempre se não pudesses morder outra coisa.
Batatas Fritas (com qualquer coisa, em especial, ovos estrelados)
Se tivesses Cem Soldos – o que, na moeda corrente, equivaleria a uma valente pipa de massa – para gastar numa extravagância, o que seria?
Esta é a pergunta mais difícil, mas neste momento acho que comprava um piano vertical ou de cauda.
A actuação no Bons Sons vai ser…
Muito especial.
Foto: Cristiano Marcelino
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