O NOS Alive aproxima-se a olhos vistos, mas nem por isso o cartaz deixa de contar com novos acrescentos. Os dois últimos nomes a juntar-se à festa são os ingleses Don Broco (8 Julho) e o nacional e menino das pistas de dança Moullinex (6 Julho).
Os Don Broco fazem a sua estreia no Passeio Marítimo de Algés com novo single na bagagem “Fingernails”. Este é o novo trabalho da banda depois do 4ª álbum de estúdio Amazing Things (2021), que liderou o UK Official Album Chart em Fevereiro deste ano. Tornou-se o terceiro álbum consecutivo da banda no Top 10 do Reino Unido, e deu espaço a que explorassem e expandissem ainda mais a sua sonoridade, combinando o electro, rock, pop, metal e muito mais, numa mistura única. Anteriormente, o grupo formado por Rob Damiani (voz), Simon Delaney (guitarra), Tom Doyle (baixo) e Matt Donnelly (bateria) tinha editado os álbuns “Priorities” (2012), “Automatic” (2012) e “Technology” (2018).
Moullinex é o alter ego do produtor português, DJ e multi-instrumentista Luís Clara Gomes. Conhecido pelo projecto Discotexas, criado em dupla com Xinobi, um colectivo que começou como uma residência mensal em Lisboa e, mais tarde, se tornou numa editora, sendo até aos dias de hoje, uma referência nacional e internacional. Com quarto álbuns editados, Moullinex vem apresentar o seu novo e mais recente trabalho, “Requiem for Empathy”, lançado em 2021. “Requiem for Empathy” pretende transmitir uma fase de recomeço, seguindo linhas mais electrónicas, longe da instrumentação tradicional, evidenciando um estado emocional mais vulnerável. O álbum conta assim com a participação de GPU Panic, Ekstra Bonus, Sara Tavares, Selma Uamusse e Afonso Cabral, e com apoio de Pete Tong da BBC Radio, The Fader, Mixmag, DJ Mag, Triple J Radio Australia e muitos mais. Foi no estúdio improvisado em casa que Moullinex gravou o single “Luz”, cujo videoclipe foi filmado com binóculos e amigos à varanda. O artista realizou também livestreams para as prestigiadas DJ Mag e Worldwide FM, e explorou a inteligência artificial no contexto visual deste seu mais recente trabalho. O tema central da empatia levou-o a organizar uma residência com neurocientistas, músicos e artistas visuais, na qual desenvolveram uma performance com recurso à atividade cerebral de voluntários. Pode a ciência e a arte criar empatia? Foi este o mote que levou Moullinex à descoberta para a criação deste álbum. “Requiem For Empathy” parte desta declaração de interesse de Luís Clara Gomes olhando para o coração da pista de dança, oferecendo-nos, igualmente, espaços de refúgio para contemplação, mais digital e sintética, mas não por isso menos física e emocional.
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