Matéria estranha esta a que chamamos tempo. Sempre o foi, mas nunca – pelo menos o nunca da nossa existência – sofreu um processo de compressão tão intenso como agora. A rigidez dos horários e os limites burocráticos associados, o confinamento da noite que desaparece do espaço público e se fecha em geometria concentracionária. Há quem prefira jogar com os limites impostos e redesenhar os traços marcados.
Em antecipação ao concerto de Drumming GP: Joana Gama, Luís Fernandes & Pedro Maia, a ter lugar na Culturgest no próximo dia 19 de Novembro (início às 19 horas), o seu programador decidiu convidar Vitor Joaquim + O Morto, para um exercício a que deram o título de Post-Drumming e que pode ser ouvido aqui.
Para já aconselhamos a escuta deste exercício, não apenas porque é claramente o melhor cartão de visita para o concerto de amanhã – de que daremos conta em artigo futuro -, mas sobretudo porque, como refere a página do evento, se tratam de “dois artistas sonoros que farão uma completa reconfiguração electroacústica dos sons originais e darão-nos mais duas hipóteses bem distintas para continuar a ouvir a força de Textures & Lines.”
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