Os Metz conseguiram cumprir o que tinham prometido antes do lançamento oficial deste novo disco: “II” (Sub Pop, 2015) consegue ser ainda mais enérgico, agressivo e hostil que “Metz”, o disco homónimo de lançamento desta banda de Toronto.
Alex Edkins, o homem que dá voz à banda, não foi fiel apenas à agressividade do disco; também o registo de canções se manteve coerente quanto à durabilidade das canções, oferecendo-lhe assim consistência e poder de impacto.
Para já os Metz dispensam ser experimentalistas, apenas querem ser explosivos. Porém, isso não os afasta daquilo que se fazia no underground norte-americano do início dos anos (19)90 sobretudo se, num apelo à memória, nos recordarmos dos Jesus Lizard ou dos Husker Du.
No entanto, a anteriormente mencionada consistência alastra-se por todo o disco, e todas as faixas acabam por ter uma sonoridade similar, um facto menos abonatório para quem desejava algo de mais complexo neste difícil segundo disco. O que, ainda assim, não é impeditivo para considerar que este trabalho consegue ser mais brilhante que o anterior, que tão boas considerações arrecadou em 2012.
Mas talvez não seja isso que mova a banda. Talvez os Metz não queiram inovar, mas apenas arrancar riffs com refrões mais orelhudos. Peça central do conjunto é o baterista Hayden Menzies, a quem compete compilar todo o detonar de energia conjunta. Nada mais belo do que ver um conjunto com uma fórmula tão simples poder prosperar de 2015 em diante.
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