M. Ward, que se prepara para lançar uma nova rodela em Abril – intitulada “Migration Stories” -, está de regresso à Lusitânia para dois concertos. O primeiro terá lugar no muito acolhedor aquário da ZDB, já a 31 deste mês. Os bilhetes custam 11 euros e já estão à venda nos locais habituais. O segundo terá lugar a a 1 de Fevereiro no palco da Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães. Os bilhetes variam entre os 5 e os 7,5€. Fica a merecida apresentação à boleia do muito bem desenhado press release.
Há cerca de vinte anos que M. Ward é presença habitual nos cenários country e folk das paisagens norte-americanas. Ward não é apenas um virtuoso guitarrista, mas antes uma old soul em tempos de frenesim calamitosos. É folk embalada por coloridas formas contemporâneas, ainda que o recorte bucólico se afirme perante as guitarras ligadas à electricidade ou mesmo à agitação de canções do passado como “Me and My Shadow” (A Wasteland Companion, 2012) ou “Time Won’t Wait” (More Rain, 2016). Em 2018, Ward editou “What a Wonderful Industry”, disco onde ironiza a indústria da música, inspirado pelos estereótipos habituais do meio, mas também pelas “pessoas com quem adorou trabalhar”. “What a Wonderful Industry” vive nesta satírica deambulação entre os seus heróis e vilões de percurso musical, contudo, se vislumbre agora um sucessor, “Migrations of Soul”. O compositor californiano prepara-se para editar em Abril, pela ANTI-Records, o seu décimo primeiro álbum. Após uma carreira repleta de trabalhos colaborativos, entre eles She & Him com Zoey Deschanel, o “herói da folk” para a Rolling Stone estreia-se finalmente no nosso aquário para uma nobre e intimista actuação.
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