Em 2019, o Bons Sons comemora 10 edições e 13 anos de existência. 10 edições que se materializam, também, na apresentação de um manifesto que define a missão e a realidade da aldeia de Cem Soldos e do festival (ler aqui) que se tem batido pela contemporaneidade no campo, por uma plataforma cultural, pelo planeamento do território, pela cidadania participativa, pelo envelhecimento activo, pelo ensino em comunidade, por projectos de território, por uma acção sustentável, pela criação de espaço público e pela cultura popular.
Após 2018 ter sido a edição de todos os recordes, a organização decidiu diminuir a lotação do recinto para 35.000 pessoas (em vez de 40.000), com o objectivo de proporcionar ao público uma melhor experiência, ao mesmo tempo que irá alargar o recinto. Na sua décima edição, o Bons Sons passa a ter 10 palcos, alguns deles alvo de algumas reestruturações. Após um ano de pausa, o local onde estava o Palco Eira volta a fazer parte do recinto do festival com um novo nome: Palco António Variações, destinado a receber a nova música portuguesa. Outra novidade é o Palco MPAGDP, que passa da igreja para o lagar de Cem Soldos, continuando a servir música de raízes populares. A igreja passa a chamar-se Palco Carlos Paredes, destinado a artistas que reinventam a forma de tocar certos tipos de música ou certos instrumentos, nomeadamente violas de arco, guitarras ou sonoridades electrónicas desenhadas especificamente para igrejas.
A comemoração dos 13 anos e das 10 edições do Bons Sons será assinalada de três formas:
1) Concerto de abertura pela Orquestra Filarmónica Gafanhense, que irá compor e interpretar 10 temas, sendo escolhido um tema de músico ou uma banda de cada edição.
2) Actuação de 13 bandas que já estiveram no festival e fazem parte da sua história, que se irão apresentar em seis duplas e uma banda individual, e que irão criar algumas composições inéditas, realizando seis concertos especiais que se dividem em três palcos: Lopes-Graça, Zeca Afonso e António Variações:
Diabo na Cruz
First Breath After Coma + Noiserv
Lodo + Peixe
Sopa de Pedra + Joana Gama
Glockenwise + JP Simões
Joana Espadinha + Benjamim
Sensible Soccers + Tiago Sami Pereira
3) Festa de encerramento com curadoria de Moullinex, com vários convidados e muitas surpresas.
Para além destes 15 nomes, o cartaz do Bons Sons inclui a participação de Tiago Bettencourt, Júlio Pereira, Luísa Sobral, Helder Moutinho, Budda Power Blues & Maria João, Dino D’Santiago, Pop Dell´’Arte, Moullinex, X-Wife, Três Tristes Tigres, Stereossauro, DJ Ride, Fogo-Fogo, Scúru Fitchádu, Paraguaii, Baleia Baleia Baleia, Tape Junk, Pedro Mafama, Senza, Afonso Cabral, Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva, Raquel Ralha & Pedro Renato, Jorge da Rocha, Mano a Mano, Sallim, Galo Cant’Às Duas, Orquestra Filarmónica Gafanhense, Tiago Francisquinho, Gator, The Alligator, Cosmic Mass, Francisco Sales, Rui Souza, Valente Maio, Ricardo Leitão Pedro, DJ Narciso, DJ João Melgueira, Carlos Batista, Vénus Matina, Mil Folhas, Telma, Cal, Adélia, Pequenas Espigas e Vozes Tradicionais Femininas.
No âmbito da parceria de programação entre o Bons Sons e o Festival Materiais Diversos, serão apresentados, no Auditório Agostinho da Silva, os espectáculos “Coexistimos”, de Inês Campos, “Danza Ricercata”, de Tânia Carvalho, Nem a “Própria Ruína”, de Francisco Pinho, João Dinis Pinho e Dinis Santos, e uma selecção de curtas-metragens a anunciar em breve, em parceria com o Curtas em Flagrante. Ainda no âmbito da programação do auditório foi estabelecida uma nova parceria como Fumaça, um projecto de jornalismo independente, progressista e dissidente, responsável pela organização de alguns debates e conversas durante o festival.
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