O MIMO Festival Amarante regressa às margens do Rio Tâmega nos dias 26, 27 e 28 de Julho, e conta já com duas confirmações: o rapper brasileiro Criolo e o músico do Mali Salif Keita.
Em breve são esperadas mais novidades para este Mimo, um festival multidisciplinar e abrangente, inteiramente gratuito, que oferece concertos com grandes nomes da música internacional, tem um festival de cinema, um vasto programa educativo com workshops e masterclasses ministradas pelos músicos convidados e, ainda, uma Chuva de Poesia. Tudo ao longo de três dias em locais nobres e históricos da cidade de Amarante. Para já e à boleia do press release, ficam as devidas apresentações.
Criolo será um dos cabeças-de-cartaz da quarta edição do festival, num concerto único em Portugal integrado na digressão “Boca de Lobo”, onde o rapper brasileiro – que faz agora uma incursão na música electrónica depois da passagem pelo samba – reflecte sobre o momento que o Brasil atravessa e onde procura transformar o rancor, o ódio e as energias negativas em combustível para ajudar a mover o seu país no bom caminho.
Em palco, Criolo faz uma espécie de retrospectiva da sua carreira, onde a crítica social e política se misturam com a abrangência da sua sonoridade. Às músicas novas, “Boca de Lobo” e “Etérea“, o músico de São Paulo junta temas de todos os discos. Um concerto híbrido electro-orgânico composto pelos produtores e multi-instrumentistas Bruno Buarque e Dudinha, além dos eternos parceiros Daniel Ganjaman e Dan Dan.
Recorde-se que Criolo escreveu o seu primeiro rap há 30 anos. Estreou-se em disco com “Ainda há tempo”, em 2006, a que se seguiram “Nó na Orelha” e “Convoque Seu Buda”, que lhe valeram vários prémios e digressões pelo mundo. Em 2017, o rapper aventurou-se no universo do samba com “Espiral de Ilusão” e voltou a surpreender. Este disco valeu-lhe o Prémio da Música Brasileira em 2018, na categoria de Melhor Cantor de Samba.
Do lado de cá do Atlântico, Salif Keita está confirmado com aquele que foi anunciado como o último disco da sua carreira, “An Autre Blanc”, e do qual faz parte”Syrie“. Um concerto integrado na digressão de despedida do músico do Mali que conta já com 50 anos de carreira. Depois de uma vida atribulada devida à sua diferença, ser albino em África, o músico celebra a sua realidade e convida o mundo a celebrar a diferença com ele.
Considerado a voz de ouro de África, o patriarca e embaixador da música africana, dedica “An Autre Blanc” à luta pelos direitos humanos dos albinos no continente africano. Com quase 70 anos, Salif Keita tem uma carreira a solo premiada, integrou vários grupos e colaborou com Joe Zawinul, Steve Hillage, Jean-Philippe Rykiel, Carlos Santana, Cesária Evora, Wayne Shorter, Ibrahim Maalouf e Esperanza Spalding.
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