O cartaz da edição deste ano do Vodafone Paredes de Coura continua a ser desenhado com muito esmero, construindo uma ponte entre o passado e o presente que resulta no mais apelativo cartaz dos festivais de verão. Nos últimos dias foram anunciadas duas bandas separadas por décadas mas que desenham, ainda que de formas diferentes, um mesmo ideal romântico. Ficam, à boleia dos press releases, as apresentações de Alvvays (na foto) e dos Suede.
Misturas de segmentos pop, como o indie pop, dream pop e twee pop formam as melodias rítmicas de Alvvays. A banda natural de Toronto nasceu da vontade de Molly Rankin em seguir as pisadas do pai – filha de John Morris Rankin, membro da popular banda canadense The Rankin Family – e com a ajuda da amiga de infância, Kerri MacLellan, em 2010 editou o primeiro EP a solo She. Mas rapidamente, Rankin transformou a sua visão musical num quinteto, ao qual se junta Kerri MacLellan, Alec O’Hanley, Brian Murphy e Phil Maclsaac.
O furor que o tema “Adult Diversion” causou nas plataformas online atraiu a atenção da editora Polyvinyl Records e garantiu à banda o lançamento do disco de estreia, Alvvays (2014). Amplamente aclamado pela crítica, o álbum homónimo, proporcionou a Alvvays inúmeros concertos, inclusive a passagem por alguns dos maiores festivais de verão como o Glastonbury em 2015 e o Coachella em 2016. Entre apresentações, a banda continuou a desenvolver novos temas, mas foi Rankin que acabou por escrever o segundo álbum de originais quando se isolou numa escola abandonada nas Ilhas de Toronto. Gravado entre Los Angeles e Toronto o resultado pode ser ouvido em Antisocialites, lançado em Setembro de 2017.
Considerados uma das mais populares e importantes bandas do Reino Unido, os Suede foram os responsáveis pelo primeiro passo da revolução da pop britânica dos anos de 1990. A banda inglesa empurrou o indie pop/rock para bem longe de todo o ciclo vicioso de misturas entre shoegazing e dance-pop instauradas pelo movimento Madchester e devolveu a pureza e misticidade ao pop britânico.
Inspirados pela extravagância de David Bowie e pelo pop romântico dos The Smiths, os Suede criaram melodias com fortes e arrebatadoras guitarras e sonoridades sombrias e descaradamente ambiciosas. O álbum de estreia da banda, Suede (1993), atraiu de imediato a atenção da imprensa especializada, mas foi com o terceiro disco de originais que alcançaram o primeiro sucesso comercial: Coming Up, de 1996, atingiu o número um no Reino Unido. Head Music (1999) e A New Morning (2002), continuaram a afirmar o quinteto como uma das mais importantes bandas da cena musical inglesa. Após muita especulação e uma longa pausa de sete anos, os Suede regressaram aos palcos e editaram Bloodsports (2013), que segundo o vocalista Brett Anderson, resulta de uma mescla de sonoridades presentes em Dog Star Man e Coming Up.
Mais recentemente, em Setembro de 2018, os Suede apresentaram o oitavo álbum de estúdio, The Blue Hour, um disco produzido por Alan Moulder que nos transporta até às raízes do rock alternativo.
Os passes gerais para a 27.ª edição do festival podem ser adquiridos em bol.pt, Ticketea, Seetickets, Festicket e locais habituais (FNAC, CTT, El Corte Inglés,…) pelo preço de 94€.
Promotora: Ritmos
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