Deixámos a coisa assentar e, respirando um pouco entre as muitas confirmações, apresentamos o último lote que se juntou ao cartaz da edição deste ano do NOS Alive, que se realiza de 11 a 13 de Julho no Passeio Marítimo de Algés. À boleia dos press releases, ficam as apresentações de Emicida, Bob Moses, Xavier Rudd, Ry X, Hot Chip, Rolling Blackouts Coastal Fever e Honne.
11 Julho | Palco NOS Clubbing
Da zona norte de São Paulo, Emicida começou a destacar-se em 2006, tornando-se um fenómeno na internet. Em 2009, o lançamento da mixtape “Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida Até que Eu cheguei Longe” marca a estreia da empresa que fundou com o irmão, Laboratório Fantasma, como um selo musical. O disco, vendido nas ruas pelo próprio rapper, torna-se notícia no Brasil, e Emicida inicia uma trajectória que o leva aos grandes festivais internacionais.
Em 2013, após duas mixtapes e dois EPs, Emicida lança o primeiro álbum, “O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui”, alcançando enorme sucesso por parte do público e pela crítica, sendo até considerado o disco do ano pela revista Rolling Stone. Em 2015 apresenta o segundo álbum “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”, inspirado numa viagem que realiza a Angola e Cabo Verde, com participações de nomes como Caetano Veloso e Vanessa da Mata. Nesse ano o trabalho rende ao músico uma indicação ao Grammy Latino, e o mesmo acontece em 2017 graças à música “A Chapa É Quente”, do projecto Língua Franca, disco em parceria com Rael e os rappers portugueses Capicua e Valete, que celebra a língua comum entre os dois países.
2018 marca também o lançamento do primeiro livro infantil do artista intitulado “Amoras”, que conta uma história cheia de simplicidade e poesia, mostrando a importância de nos reconhecermos nos pequenos detalhes do mundo. Actualmente, Emicida prepara o seu próximo disco, com edição prevista para este ano.
13 Julho | Palco NOS Clubbing
Tom e Jimmy, Bob Moses para os amigos e os discos, têm um daqueles percursos no mundo da produção de música electrónica que se pode considerar genial. O duo ganhou vida em 2012 e o seu sucesso foi veloz. No último trimestre de 2015 apresentam ao mundo o álbum de estreia “Days Gone By”, um trabalho que prova serem mestres na sua arte, no qual resultou na perfeição a mistura de licks de guitarra, um clima sombrio e um toque de ambiente de pista de dança com letras profundas.
Este primeiro registo levou a banda ao The Ellen Show, a uma nomeação para os Juno, uma vitória nos Grammy e o escalar do top das rádios norte-americanas com o single “Tearing Me Up”. “Battles Lines”, o segundo álbum de originais, aparenta estar no mesmo caminho: dos ambientes melancólicos à electrónica industrial, da pista de dança a elementos de composição clássica.
11 Julho | Palco Sagres
Para o artista escrever e viver a sua vida são um só, em que afirma que compõe apenas sobre o que o rodeia. Tudo que Xavier Rudd faz entra na sua música, como o seu trabalho ambientalista e activista, a alimentação vegan, o surf e a família. Este novo registo – “Storm Boy” -, que contou com a produção de Chris Bond (Ben Howard, Tom Speight) e mistura de Tim Palmer (Pearl Jam, David Bowie, U2), vem reforçar o seu enorme talento criativo.
Rudd iniciou a sua carreira em 2002 com o álbum de estreia “To Let”, antes de lançar sete LP’s nestes treze anos: “Solace” (2004), “Food In The Belly” (2005), “White Moth” (2007), “Dark Shades Of Blue” (2008), “Koonyum Sun” (2010), “Spirit Bird” (2012) e o primeiro álbum em parceria com as Nações Unidas “Nanna” (2015).
Desde o lançamento do seu último álbum de estúdio “Spirit Bird”, o single integrante “Follow The Sun” tornou-se o seu maior sucesso na Holanda, entrando no topo das rádios nacionais e ainda em inúmeras tabelas e playlists do Spotify, que lhe valeu a presença em alguns dos festivais europeus mais populares.
12 Julho | Palco Sagres
O australiano Ry Cuming, conhecido pelo nome de palco RY X, vê em Pearl Jam e Jeff Buckley as suas grandes influências, tendo este último sido o responsável por Ry começar a escrever, algo que revelou ao mundo em 2010 com o álbum de estreia homónimo, ainda sob o cognome Ry Cuming. Em 2013 lançou o EP “Berlin”, e foi com este single que entrou nos tops em França, Alemanha e Reino Unido. Este tema ganhou ainda a atenção de Sam Smith, que inclusive criou uma cover com a sua versão.
Contudo, foi em 2016 que o seu percurso musical mudou de rumo, passando a assumir a alcunha RY X com a edição de “Dawn”, disco que lhe valeu potentes elogios da crítica, como é exemplo o New York Times, que garantiu que “His voice is a pearly, androgynous tenor, a vessel for liquid melancholy that blurs words at the edges. He stretches pop structures with repetition that grows devotional, obsessive, hypnotic”. Para 2019 os fãs vão contar com novidades, pois a edição do segundo longa duração já tem data marcada para dia 15 de Fevereiro.
11 Julho | Palco Sagres
Os Hot Chip (na foto), banda, formada em Londres por Alexis Taylor, Joe Goddard, Owen Clarke, Felix Martin e Al Doyle, é considerada uma das mais distintas e inovadoras das últimas duas décadas, pelo facto de ter começado a combinar dance music e indie no início dos anos 2000. Hoje, conta com seis álbuns editados no seu repertório: “Coming on Strong” (2004), “The Warning” (2006), “Made in the Dark” (2008), “One Life Stand” (2010), “In Our Heads” (2012) e “Why Make Sense?” (2015).
Os Hot Chip começaram desde cedo a chamar a atenção da crítica e do público. No entanto, foi em 2006, com o disco “The Warning”, que ganharam alcance mundial com a nomeação nos Mercury Music Prize, na categoria de Melhor Álbum, tendo o tema “Over and Over” sido ainda considerado o melhor single de 2006 pela conceituada revista de música NME. Já em 2009, “Ready For the Floor”, música integrante do álbum “Made In The Dark”, recebeu uma nomeação para os Grammy Awards na categoria de Best Dance Recording.
13 Julho | Palco Sagres
Com o lançamento do tão aguardado álbum de estreia “Hope Downs” em Junho do ano passado, o quinteto australiano Rolling Blackouts Coastal Fever anunciou a digressão Hope Downs World Tour.
Os singles partilhados antes da data de lançamento do novo trabalho, “The Hammer”, “Talking Straight” e “Mainland”, valeram inúmeros elogios à banda por parte da imprensa, como são exemplo as revistas de música Pitchfork, Stereogum e DIY. De referir ainda a constante rotação nas rádios BBC Radio 1, BBC 6 Music, Triple J e Double J.
Rolling Blackouts Coastal Fever são Fran Keaney, Joe White, Tom Russo, Joe Russo e Marcel Tussia. Hoje contam na sua colectânea com o disco de estreia “Hope Downs”, que sucede os EPs “The French Press” de 2017 e “Talk Tight” de 2016.
11 Julho | Palco Sagres
Os Honne, duo londrino composto por James Hatcher e Andy Clutterbuck – que angariaram o nome da expressão japonesa “True Feelings” -, levam ao Passeio Marítimo de Algés os dois primeiros registos de originais “Warm on a Cold Night” (2016) e “Love Me / Love Me Not” (2018).
O novo álbum captura a dualidade e os altos e baixos do dia-a-dia e o acto de balançar entre dois estados de espírito. A combinação de soul com sintetizadores, que consegue transmitir a visão de intimidade musical dos dois produtores, garantiu-lhes uma forte legião de seguidores um pouco por todo o mundo.
O par de produtores conheceu-se na faculdade e começou a trabalhar desde então. Com fortes influências de Al Green e Bill Withers, o seu som electrónico quente sugere ainda sonoridades de Quincy Jones.
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