Era difícil ter começado de forma mais sexy. Lana Del Rey, que em 2012 trouxe o romance e um vestido Salvatore Ferragamo à Herdade do Cabeço da Flauta, é a primeira confirmação da 25ª edição do Super Bock Super Rock, que chega ao Meco nos dias 18, 19 e 20 de Julho do próximo ano. Lana irá actuar a 18 de Julho e traz nova rodela, “Norman Fucking Rockwell”, da qual roda já o single “Venice Bitch”.
O primeiro lote de bilhetes está à venda na Blueticket e nos locais habituais, com o passe geral a valer 105€ e o bilhete diário 55€. Fica, à boleia do press release, o CV da deslumbrante Lana del Rey.
Nasceu Elizabeth Woolridge Grant, mas uma confiança no misterioso poder da arte fez com que viesse a viver outras vidas dentro da sua, como a vida de Lana Del Rey, uma das personagens pop mais fascinantes dos últimos anos. Um tio ensinou-a a tocar guitarra; na universidade estudou metafísica. E não é preciso dizer muito mais – eis elementos mais do que suficientes para explicar a formação da artista. Como acontece com tantos outros, a guitarra foi uma espécie de arma apontada a si própria para que se obrigasse a soltar os sentimentos que estavam presos dentro de si.
É a rapariga dos dias de hoje e da casa ao lado, aquela que encontramos no café da cidade, a ler um livro ou distraída com os seus próprios pensamentos, e é, ao mesmo tempo, aquela rapariga que nos faz querer viver num outro tempo, encantados com um glamour que não se fica pelo filtro retro que aplicamos às nossas fotografias: aqui trata-se mesmo de um diálogo genuíno com as referências do passado, musicais ou cinematográficas (quem se lembra dos filmes de James Bond?), sem nunca deixar de habitar a sua própria personalidade artística, lânguida e delicada, sempre convincente e identificada com uma estética americana bem familiar a todos nós. E assim nos convencemos de que meter o “hipster” dentro do “pop” não tem de ser uma má ideia, esquecendo até um certo sentido pejorativo de cada uma destas palavras – e já só a querer saber da música. É essa a magia de Lana Del Rey.
Depois de um início de carreira brando, 2012 trouxe um fenómeno chamado “Born To Die”, um disco que conquistou o coração de toda a gente, tanto do público como da crítica, batendo recordes e garantido os primeiros prémios para a cantora americana. Canções como “Video Games”, “Blues Jeans” ou “Born To Die” fizeram com que meio mundo se apaixonasse pelo balanço desta voz e esse ano ainda viria a trazer o EP “Paradise”, com o estrondoso single “Ride”. Os convites do mundo da moda e da representação nunca fizeram com que se distraísse da música, continuando a editar discos tão bons como “Ultraviolence” (2014), “Honeymoon” (2015) ou “Lust For Life” (2017). Em 2019 espera-se um outro, “Norman Fucking Rockwell”. “Venice Bitch” é um dos temas novos – irresistível, como sempre.
Promotora: Música no Coração
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