Depois do Ferro e da Água, a trilogia completa-se agora com a Pedra. “Caminhos da Pedra”, o terceiro e último momento dos Caminhos do Médio Tejo 2018 , realiza-se novamente em dois diferentes fins-de-semana – 12 a 14 e 18 a 21 de Outubro -, percorrendo a região do Médio Tejo. Serão mais de 50 espectáculos gratuitos, divididos entre o Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.
Os Caminhos da Pedra chegam numa altura propícia à melancolia e à nostalgia, às nuances amarelas e vermelhas, ao tom cinza do céu, aos frutos amadurecidos, aos galhos que pesam e caem por terra. Um momento especialmente associado à reciclagem e à transformação da vida, da natureza e das emoções humanas, que pode ser uma deliciosa fase de transição, de abrigo e refúgio, mas também de busca e descoberta.
Tal como nos dois momentos anteriores – Caminhos do Ferro em Abril e Caminhos da Água em Julho -, a atmosfera continua criada e envolve algum confronto com o real, num claro apelo à cogitação imaginária e à libertação de todos os sentidos. Música nacional e internacional, teatro, dança e espectáculos de novo circo criam pretextos e são o meio de reconhecimento territorial e de resgate do imaginário.
Um conjunto de ofertas culturais, organizado pela CIMT – Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo – e pelos 13 municípios integrantes, que inclui espetáculos de música, teatro, dança, teatro de rua, circo contemporâneo, histórias e percursos artísticos, seguindo os caminhos e as estradas da região.
Na música há Lula Pena que, com a sua voz e guitarra, vagueia pelo português, francês, espanhol, inglês e grego (Tomar); LST – Lisboa String Trio, de José Peixoto (guitarra), Carlos Baretto (contrabaixo) e Bernardo Couto (guitarra portuguesa) (Entroncamento); Cristina Branco, que tem disco novo lançado este ano (Ourém); Norberto Lobo, acompanhado por Marco Franco e Ricardo Jacinto (Torres Novas); Marta Pereira da Costa, Uma Mulher, Uma Guitarra em palco (Tomar); La Negra, projecto que nos traz a voz e o piano de Sara Ribeiro (Sardoal); paisagens sonoras de Senza (Sardoal); Crassh Babies 2.0, de CRASSH, dirigido às famílias (Ferreira do Zêzere); e o projecto comunitário Voz à Solta que, sob a direcção musical de Rui Souza, junta as gentes de Ourém e Vila Nova da Barquinha, numa Marcha de Almas (Ourém e Vila Nova da Barquinha).
No teatro há Catabrisa, pela Companhia Instável (Sardoal); Se eu vivesse, tu morrias, de Miguel Castro Caldas (Torres Novas); e Aurora, de Mandrágora (Ferreira do Zêzere). No âmbito do teatro de rua temos Mulier, da companhia espanhola Maduixa (Tomar e Entroncamento), a estreia nacional de Flagrant Délire, da companhia francesa Yann Lheureux (Entroncamento); e Bestiário à Solta, onde se descobrem Histórias do Bestiário Tradicional Português (Entroncamento, Ferreira do Zêzere e Tomar) que irão agradar a todos, dos mais novos aos mais velhos.
As propostas de circo contemporâneo são Gigante, de La Pequeña Victoria Cen (Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha), e SAVAR A.M., de Erva Daninha (Ourém e Torres Novas).
Há ainda percursos de quatro artistas em diversas localidades: Iria – percurso sonoro, de Tiago Correia (Tomar), Pedra a pedra, de Ana Bento (Sardoal), De mapa na mão, de BURILAR (Ourém) e Andão mortos por sima dos vivos, de Francisco Goulão (Torres Novas).
Toda a programação do Caminhos do Médio Tejo é gratuita e apresenta-se, uma vez mais, com um programa cultural completo e apelativo, para todos os gostos e idades. As justificações para participar em dois fins-de-semana de Outubro nos Caminhos Do Ferro podem ser várias, a começar pela curiosidade turística pela região. A essência da iniciativa realizar-se-á em pleno se o visitante se sentir integrado em encontros entre artistas e a comunidade, a arte e o entretenimento, a cultura e a paisagem natural. Programa disponível aqui.
Sem Comentários