São três os nomes da nova geração de bandas rock nacionais aqueles que vão alimentar a quarta edição da Super Nova, o circuito itinerante de concertos que, com o apoio da Super Bock, tem posto as bandas a percorrer o país e ilhas.
Entre Setembro e Dezembro, Cave Story, Fugly e Baleia Baleia Baleia tocam em seis salas nacionais, no primeiro circuito a cruzar atlântico rumo aos Açores. O arranque, como é hábito, será dado no Maus Hábitos, já a 28 deste mês (18h00: Conversa; 22h00: Concertos), com um programa que integra ainda uma conversa em torno dos temas mais actuais da indústria da música, com Tiago Castro (SBSR.FM), Henrique Amaro (Antena 3), Luís Fernandes (GNRation), Afonso Lima (ZigurFest) e Luís Masquete (Killimanjaro, GrETUA).
Seguem-se o Arco 8 em Ponta Delgada (13 Outubro), o Club de Vila Real (20 Outubro), o Carmo 81 em Viseu (10 Novembro), o Salão Brazil em Coimbra (1 Dezembro) e o Stereogun em Leiria (8 Dezembro). Os bilhetes, esses, custam 3 euros com oferta duas Super Bock, à excepção do Maus Hábitos onde a entrada é livre.
Ficam, à boleia do press release, os bons dos CV`s.
Está de regresso com novidades o quarteto das Caldas. Punk Academics, assim se chama o novo tomo na música de perdurável entusiasmo que fazem estes Cave Story. Estudo de caso sobre a influência sem preconceito, da libertação física dos Black Flag, ludicidade dos Minutemen, ou a contemplação que nunca se perde de vista dos Television. Our Band Could be Your Life, Your Band Sucks, Perfect Youth, I Dreamed I Was a Very Clean Tramp, tudo isto manuais que se podem requisitar na biblioteca desta academia. O concerto no Porto será um dos primeiros na tour de lançamento do disco.
São um dos mais finos exemplos do garage rock nacional. De Morning After, o primeiro EP, a Millennial Shit, o disco de estreia, estes Fugly traçam, em seu torno, uma rota pelo caos e da excentricidade frenética do noise e do garage. Rodeados pela geração do emprego precário, dos estágios intermináveis, da abstenção política, dos direitos dos animais, do vegetarianismo e demais temas fracturantes, cantam sobre o romance jovem, as noites loucas e espalhafatosas em que tudo de mau e bom acontece, porque a juventude, aqui, ainda tem espaço para ser “inconsequente”.
Nascidos no seio da Zigur e formados por Manuel Molarinho (baixo e voz) e Ricardo Cabral (bateria), os Baleia Baleia Baleia são um daqueles casos em que apetece dizer que o todo é maior do que a soma das partes. É difícil não devorar de um trago o seu disco de estreia e de de nos deixarmos levar pelas letras, melodias e refrões pegajosos dos temas que o compõem. Trocado por miúdos, o mesmo é dizer que os Baleia Baleia Baleia não estão para brincadeiras e prometem festa a rodos com o seu punk-rock dançável e sempre mordaz.
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