Já devem ter reparado que os sunsets estão na moda em Portugal, por isso seria uma parvoíce não aproveitar o fim de tarde do primeiro dia de Super Bock Super Rock para chillar ao som dos australianos Parcels, que acabaram por trocaram o país dos cangurus pelo das salsichas e dos carros de confiança. Na sua música dançante há sol, praia e muito bom gosto, um electro-pop bem desenhado na mesma linha dos incríveis Daft Punk – se nos dissessem que eram irmãos acreditaríamos na boa. “Overnight” é para ouvir de óculos escuros e cerveja na mão.
(Palco EDP | 18h00)
Os Temples são uns dignos representantes do melhor rock britânico da actualidade, misturando a envolvência sonora das décadas de 60 e 70 com o presente musical mais psicadélico. Um pouco ao estilo dos Tame Impala, mas trocando o lado contemplativo e os solos mais prolongados por um apelo pop com pepitas extra de electrónica. Não é de estranhar que tenham recebido uma amigável palmadinha nas costas de figurões como Johnny Marr, Robert Wyatt ou Noel Gallagher.
(Palco EDP | 19h20)
Depois do repasto, nada melhor do que assistir ao concerto de Lee Fields, um dos veteranos da soul music que está aí para as curvas – assim como o Buffon. Fields que gravou o primeiro single em 1969 e que, mais recentemente, acabou por se reinventar com a editora Truth and Soul Records, onde gravou três rodelas na boa companhia dos The Expressions. Every Night is a Special Night, nem mais.
(Palco EDP | 21h15)
Apesar de terem caído na tentação de ir dar uns mergulhos a Ibiza no último “I See You”, atirando às urtigas uma vida monástica alimentada até então a pão e água, é de esperar que os The XX dêem boa conta do recado logo à noite. Enquanto Romy Madley Croft e Oliver Sim trocam intimidades e lamentos, Jamie XX estará nos pratos a servir iguarias daquelas que só encontram nos restaurantes Michelin.
(Palco Super Bock | 23h15)
Desde que em 2006 lançaram “Never Be Alone”, uma remistura dos britânicos Simian Mobile Disco que pôs meio mundo a dançar, os parisienses Gaspard Augé e Xavier de Rosnay entraram para os Vingadores da electrónica. Os Justice foram responsáveis por alguma da mais interessante música de dança do século XXI, sobretudo com a rodela “†” (Cross), que apresentou uma estética sombria que viria a ser uma imagem de marca desta dupla nos seus primeiros tempos. Depois de uma paragem de quatro anos regressaram com “Audio, Video, Disco”, onde à música electrónica se juntavam influências do rock progressivo. “Woman” chegaria em 2016, disco em que decidiram correr as cortinas, abrir as janelas e deixar entrar a luz do sol e o espírito funk. Se vos apetecer dançar até tarde, deixem que essas ancas se mexam ao som destes justiceiros.
(Palco Super Bock | 01h10)
Para os bravos do pelotão, o primeiro dia de festividades só poderá terminar no deserto e na companhia dos Songhoy Blues. A riqueza da música do Mali, em conjunto com as melhores referências anglo-saxónicas, resultam aqui num magnífico blues do deserto, onde cabem Beatles, Jimi Hendrix, John Lee Hooker ou Ali Farka Touré. Depois do sucesso do disco de estreia, “Music in Exile”, os Songhoy Boys voltam a juntar blues, funk e rock & roll no último “Résistance”, junatndo-lhe uma pitada de hip hop e reggae. Faça-se a festa.
(Palco Somersby | 02h50)
Ficam os horários completos para hoje, atenção que sofreram alterações aos que foram divulgados há coisa de dias:
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