Nils Frahm é um compositor e músico alemão, que consegue combinar como poucos o lado acústico e etéreo com a vertigem mais electrónica da música, escolhendo como praia paradisíaca os pianos e os sintetizadores.
Desde a estreia, em 2005, com o longa-duração “Streichelfisch”, que Frahm tem vindo a construir uma carreira meteórica no mundo da música instrumental, num percurso a que não faltam notas de rodapé sublinhadas com canetas de cor: em 2012 colaborou com Ólafur Arnalds no EP “Stare”; em 2013 editou “Spaces”, um disco ao vivo composto por gravações de performances no curso de dois anos que seria carregado em ombros por crítica e público; em 2015 lançou o longa-duração “Solo” a 29 de Março, declarando que este seria, a partir daí, conhecido como o Dia Mundial do Piano – e que, desde então, passou a ser celebrado como tal; nesse mesmo ano compôs a sua primeira banda sonora – para o filme alemão “Victoria” – e ainda viu algumas misturas suas serem incluídas na recomendada série Late Night Tales; em 2016, entre muitas outras coisas, editou colaborações com Ólafur Arnalds (“Trance Frendz”), F.S. Blumm (“Tag Eins Tag Zwei”) e Woodkid (a banda sonora para o filme “Ellis”).
Depois de tudo isto, e após ter passado os últimos dois anos a montar um estúdio em Berlim, lançou já em 2018 “All Melody”, um disco tremendo que certamente estará em muitas das listas das melhores rodelas do ano quando for tempo disso.
De acordo com a página do NOS Primavera Sound, festival onde Frahm actua na noite de 9 de Junho, o músico irá deixar de lado a “vertente de improvisação e ruído emocional pela aproximação ao ambiente” para nos fazer dançar. De qualquer forma, seja com dança ou apelando à introspecção, este será um dos concertos a não perder no Parque da Cidade.
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