Vai ser animado o mês de Março na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, com tantos concertos que julgaríamos tratar-se de uma equipa a disputar campeonato, taças nacionais e competições europeias. Fica a lista dos sete concertos agendados à boleia do press release.
10 Março | 21h30
AfroBaile c/ Tonecas Prazeres
Entradas: 6€
O AfroBaile é a celebração cultural dos PALOP, a parte mais visível de CelesteMariposa, pretendendo juntar todo o seu património musical e colocá-lo no centro de todas as atenções, como merece! É o resultado de uma pesquisa intensa, desde 2009, que permitiu não só acumular material de estudo (discos, cassetes, CDs, livros e amigos) como também conhecimento mais profundo da história e estrutura das centenas de estilos musicais dos PALOP, dos seus bailes, ginga, costumes, dialectos e preocupações. (Ler mais)
11 Março | 19h00
Les Filles de Illighadad
Entradas: 8€
Numa incursão etnográfica pela cultura Tuareg, as Les Filles de Illighadad são um exemplo insular de intérpretes femininas na sua sociedade ainda fortemente estratificada e cuja predominância masculina é real. Fatou Seidi Ghali e Alamnou Akrouni são as duas fundadoras, entre guitarra e vozes a que logo se juntou a dançarina Mariama Salah Assouan e o guitarrista e primo de Fatou, Ahmoudou Madassane. Se no passado nomes como Tinariwen ou Bombino se revelaram como referências maiores, as Illighadad aportam uma abordagem e linguagem necessariamente diferentes. (Ler mais)
16 Março | 22h00
TIPO – Lançamento de “Novas Ocupações”
Entradas: 8€
TIPO nasceu no fim de Fevereiro / princípio de Março de 2015 quando Salvador Menezes decidiu tirar uma semana e meia de férias da sua aborrecida rotina. O conceito era aproveitar os horários de um emprego convencional e transpô-los para a música. Das 9:00 às 18:00 o tempo iria ser empregue para compor “demos” caseiras, usando instrumentos que tinha à mão: o Casio dos anos 1980 do tio, a guitarra com 3 cordas dos anos 1990 da irmã, a bateria do irmão e o seu baixo, computador e voz. Dessa semana e meia resultaram quatro músicas – umas mais completas que outras. Para não procrastinar ou desistir do projecto, decidiu nesse mesmo ano concorrer ao apoio fonográfico da GDA. Ganhou. Dois anos depois, este TIPO já mudou de emprego, de casa, lançou o terceiro álbum de You Can’t Win Charlie Brown e foi pai. (Ler mais)
17 Março | 22h00
Oba Loba
Entradas: 8€
Uma banda? um projecto que existe ao sabor dos encontros fortuitos? Uma reunião de amigos em que a fala é musical e as palavras se transmutam em sons? A música e a obra dos Oba Loba vai deixando, enquanto passa, várias perguntas, sendo que a mais intensa e e irrespondível é: que música nos dão eles a ouvir? (Ler mais)
21 Março | 22h00
Liima – Lançamento de “1982”
Entradas: 8€
Nascem na Escandinávia para depois deambularem por diversas cidades europeias cimentando assim um percurso que surge paralelamente ao experimentalismo dos Efterklang. Entre Istambul e a Ilha da Madeira moldaram os trechos de ii, primeiro álbum editado em 2016. Ao longo do tempo a relação entre os quatro músicos consolidou-se, culminando num trabalho construído em cima – e através – de memórias; produzido por Chris Taylor, dos Grizzly Bear, no coração do gélido Inverno de Porvoo, na Finlândia. Por entre teclados rutilantes ergue-se 1982. Uma lufada de nostalgia pop, onde o passado se encontra com o futuro, estética sci-fi repleta de tonalidades moduladas pela alma dos 80’s, sem destroçar o génio experimentalista do ‘novo lisboeta’ Casper Clausen. A hidden track “Always” apresentada, no início deste ano, surge subtilmente póstera num vídeo realizado pelo artista Jonny Sanders. (Ler mais)
22 Março | 22h00
Shannon Lay l April Marmara
Entradas: 8€
De cabelo cor de fogo, Shannon Lay tem discretamente surgido como uma das forças criativas de maior destaque na folk de hoje. A pinta de punk-rocker não deixa esconder os ensinamentos do feedback e da catarse da sua banda, os Feels. Mas curiosamente esses elementos são também transportados para as canções do seu último “Living Water”. Da delicadeza que ascende em explosão ou da brutalidade que se desfaz em implosão, a guitarra e voz da própria gravitam sobre o que se pode efectivamente ganhar através de uma abordagem de simplicidade e de entrega. Despir pensamentos aparentemente complexos e apresentá-los, pele na pele, é um trabalho exigente em diversos níveis – e Lay parece ter essa consciência, em definitivo. (Ler mais)
28 Março | 22h00
Mhysa l Jejuno
Entradas: 8€
Repensar as políticas de género é uma das mais prementes questões do presente e nesse plano a arte assume justamente a condição de vanguarda que lhe compete, avançando a direito por novos territórios, procurando desbravar novas possibilidades que acomodem a liberdade que o futuro exige. E eis Mhysa ou E. Jane, artista multimédia oriunda de Maryland que actualmente opera a partir de Filadélfia, a cidade do amor fraternal e de Rocky, a cidade dos Roots, onde em tempos Sun Ra se reinventou como ser vindo de outro planeta. Nesse complexo processo de desmontagem de identidades, E. Jane – que usa pronomes plurais para se referir a si mesma – criou Mhysa, alter-ego pop responsável pelo extraordinário fantasii, um dos álbuns do ano nas contas da Wire que pela mão de Nina Power explicou que “quando Mhysa aborda fragmentos de ‘Naughty Girl’ de Beyoncé (no tema ‘Tonight’), é como uma voz solitária e desacompanhada na natureza selvagem”. A natureza selvagem – a selva – é o presente político de uma América dominada por Trump. A voz solitária é a arte que se ergue contra os limites, as mordaças e as armadilhas dos que não querem que o tempo avance. (Ler mais)
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Bilhetes disponíveis na Flur Discos, Tabacaria Martins e ZDB (segunda a sábado 22h-02h) | reservas@zedosbois.org
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