“Valter Lobo, músico e advogado nortenho, apresenta-nos a sua viagem para o “Mediterrâneo”, o primeiro disco, onde faz uma reaproximação ao calor humano e ao mar, despido de materialismos e procurando sobreviver com os bens essenciais, entregando-se a uma vontade de sentir num propósito de mudança. Os concertos são de grande intimidade com o público tal como as canções que, com o português em punho, nos trazem uma sonoridade intensa armada de uma componente lírica muito rica que lhe são próprias e que o sugerem como um artista genuíno e um nome a seguir quando nos referimos aos novos grandes valores da música portuguesa.”
(retirado do site oficial Bons Sons)
O primeiro disco em que usaste o dinheiro que tanto trabalho deu a enfiar no porquinho de barro.
Elton John – “Love Songs”.
Os discos que os teus pais, irmãos e primos mais te fizeram ouvir em pequeno.
Vangelis, ficou-me esse na recordação em viagens de carro. 🙂
A banda ou músico que te fez comprar e usar uma T-Shirt.
Oasis. Tenho toda a discografia original existente, VHS e DVD e várias t-shirts e posters de casa. Mas também tenho t-shirts dos Placebo e dos Editors.
O livro que, se não mudou a tua vida, terá pelo menos valido cada uma das pestanas queimadas.
“Direito das Obrigações”, Antunes Varela.
O escritor ou músico – no feminino ou masculino – com quem gostarias de conversar por entre uns Mouchões e bolos dos santos (ou outro petisco qualquer).
Justin Vernon.
O filme que te fez sair da sala de cinema a meio – ou, pelo menos, mudar de canal.
“Irreversible”. Sou um homem que quer o bem do ser humano e fechei os olhos na cena de violação. Não suporto ver o sofrimento humano em qualquer que seja o contexto. Lembro-me deste em particular. Mas é um grande filme.
Se pudesses viajar no tempo para ver um artista ou banda já desaparecidos, até onde te levaria a viagem?
John Lennon.
O prato que comerias sempre se não pudesses morder outra coisa.
Francesinha Especial com batatas fritas e ovo pela eternidade fora.
Se Cem Soldos fosse um reino e tu o manda-chuva, qual seria o teu primeiro decreto-lei?
Não tenho muito em mente esse papel de comando mas decretava que o Bons Sons continuasse muitos anos a fazer o que faz pela divulgação e aposta na música nacional, sem cair no óbvio e no sistema. Continuar a fazer o que tem feito, isso basta.
Que bons sons – nacionais e não só – já nos trouxe este ano de 2017?
Muitos. Destaco o disco do Luís Severo que gosto muito a nível nacional e o “Pure Comedy” do Father John Misty.
Três discos que voltam recorrentemente a entrar na tua playlist.
Ryan Adams – “Love is Hell”; “Boxer” – The National; “The Back Room” – Editors.
A viagem que te fez pegar na caneta e escrevinhar uma música.
A que ainda não fiz ao Mediterrâneo. Costas italiana e grega. Deu o mote ao meu disco e toda a temática é sobre uma ida para lá.
A canção alheia que gostarias de ter escrito.
“How do you keep love alive” – Ryan Adams
Se a tua vida desse um livro seria…
“Viver para contá-la” – Gabriel Garcia Marquez.
E se fosse uma canção?
“Gospel – The National”, a ser ouvida calmamente à beira da água com uma bebida diferente na mão.
O que podemos esperar do concerto de Cem Soldos?
Um bonito fim de tarde e um quase pôr-do-sol em Cem Soldos – mas que podia ser numa varanda sobre o Mediterrâneo – e a entrega de um músico (e a sua banda) que quer ser um reconhecido escritor de canções português.
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