Depois de Laura Gibson e com a visão do Outono devidamente instalado num sofá com vista para a lareira, o ciclo American Autumn – trazido a Portugal pela Lugar Comum – acaba de desenhar mais um círculo no calendário. A 18 de Novembro, o conimbricense Convento de São Francisco irá receber a visita de Heather Woods Broderick.
Será um regresso da americana a Portugal depois de, em 2010 e na companhia do pianista germânico Nils Frahm, se ter apresentado em Braga e Coimbra com “From The Ground”, o disco de estreia produzido pelo irmão Peter Broderick, que então lhe valeu comparações com vozes tão respeitáveis com as de Hope Sandoval (Mazzy Star) ou Elizabeth Frazer (Cocteau Twins).
Nos cinco anos que levaram à edição de “Glider”, o seu segundo registo que troca a folk pela pop sonhadora, Heather continuou a experienciar a sua vocação de multi-instrumentista (teclista, guitarrista e violoncelista) com músicos como Alela Diane, Horse Feathers e Efterklang, partilhando também o estúdio e o palco com Sharon Van Etten, com quem parece ter feito escola.
Trazendo o selo da Western Vynil, “Glider” é um disco feito de subtilezas e agarrado à bóia da melancolia, uma preciosa rodela que poderá ser ouvida na cidade que tem mais encanto na hora da despedida. Quem disse que o Outono não pode ser luminoso?
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