Agora a três os Sensible Soccers apresentam “Villa Soledade”, disco lançado a 26 de Fevereiro deste ano e que se ouve como banda sonora para uma viagem de longo curso.
Apertamos o cinto com Clausura, faixa longa que transmite uma sensação de movimento adormecido pelo tempo, triste e profunda como uma música de despertar, onde se assiste ao nascer do sol no horizonte e se dá início a uma nova jornada.
Em Villa Soledade – o segundo tema – o carro arranca e transforma-se numa consola Gameboy: tudo parece um jogo, uma corrida onde somos controlados por alguém que não conseguimos ver e que decide parar nesta Villa como parte de um dos níveis do jogo, onde a dança é quase obrigatória.
Segue-se Bolissol, uma das melhores faixas do álbum – para não dizer a melhor. A batida, melhor ainda, a ginga, deixa qualquer um arrepiado, com o aparecimento dos instrumentos de sopro.
Nunca Mais Me Esquece está virada para a pista de dança, com o perfume dos sons africanos a pairar mas, sempre, com a presença de sintetizadores, marca registada dos Sensible Soccers. A certa altura instala-se uma acalmia, que logo depois se transforma num corropio e nos faz levantar vôo para atravessar milhares de milhões de galáxias.
Em AUX, uma guitarra cansada troca uns olhares com um sintetizador potente. Há também Shampom, faixa que remete o álbum anterior e para a faixa “AFG”, isto antes de um final chamado “Apertura”, onde predominam sons de origem galáctica.
Uma vez mais os Sensible Soccers conseguiram surpreender, mantendo intactas todas as suas características singulares apesar da mudança de formato. Bom jogo rapazes.
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