New eras don’t come about because of swords, they’re created by the people who wield them.
Nome: Himura Kenshin.
Origem: Kenshin foi considerado pela História como o maior assassino durante o Bakumatsu – período que corresponde aos últimos anos do Xogunato Tokugawa. Lutou pelo grupo dos Ishin shishi (pró-imperialista), os quais, após terem derrotado o Xogunato, deram início a uma nova era – a era Meiji -, durante a qual decorrem as aventuras destas histórias. Nos tempos da revolução, Kenshin ganhou a alcunha de Hitokiri Battōsai. Hitokiri porque é assassino em japonês, e Battōsai porque Kenshin se especializou nas técnicas de combate Battō (desembainhar a espada e matar num único golpe) do seu estilo Hiten Mitsurugi.
Ocupação: Após a vitória dos Ishin shishi, o caminho para o novo governo Meiji estava traçado. A partir daqui Kenshin tornou-se um samurai errante, vagueando pelo Japão a fim de ajudar aqueles que precisam e prometendo nunca mais tirar uma vida.
Características: É uma das personagens mais puras de espírito na Banda Desenhada. Mesmo no passado, quando se tornou um assassino profissional, fê-lo porque estava a lutar por um ideal em que acreditava, e porque se aproveitaram das suas qualidades de espadachim – como o seu mestre o havia avisado de que aconteceria. Contudo, Kenshin nunca foi um sanguinário e nunca desenvolveu um apetite pela matança. Fazia-o porque acreditava que tal era necessário. Hoje em dia não se preocupa com quem teve razão no passado, preferindo apenas preservar a paz do presente. Após o fim do Xogunato, Kenshin dedicou a vida a ajudar os outros, e é nesse coração enorme que está contida a sua maior força e a razão pela qual, passados tantos anos, continua a ser uma personagem tão querida entre os seus leitores. É conhecido pelo seu cabelo ruivo, aspecto feminino e a famosa cicatriz em forma de cruz. É na origem desta cicatriz que se encontra a morte de Himura Battōsai e o nascimento de Himura Kenshin.
Criação: A série de BD “Rurouni Kenshin” foi criada por Nobuhiro Watsuki, publicada entre 1994 e 1999 – ao longo de 28 volumes no total.
Influências: Apesar de a série ter um passado baseado na realidade, a personagem de Kenshin é ficcional. Kawakami Guenzai, um dos mais conhecidos assassinos dos últimos anos da era Edo (período que antecedeu a era Meiji), foi a primeira inspiração para o esboço de Kenshin. Para o lado altruísta, Watsuki poderá ter ido beber à personalidade de Okita Soushi, enquanto que, para o lado misterioso, a Saito Hajime, ambos polícias da famosa unidade especial Shinsengumi (inimigos do gupo por quem Kenshin lutou). Curiosamente, Saito Hajime tornar-se-ia, efectivamente, uma personagem em “Rurouni Kenshin”.
Companheiros: Kenshin apresenta-se como um Samurai errante, mas logo no primeiro capítulo, ao conhecer Kamiya Kaoru, acaba por assentar em Tóquio com ela, criando-se uma aura romântica entre os dois. Logo após Kenshin e Kaoro travarem conhecimento surge o pequeno órfão Myōjin Yahiko, o qual, inspirado por Kenshin, acaba por aceitar tornar-se discípulo de Kaoro. Por fim temos Sagara Sanosuke, um lutador de rua que também se deixa comover pela filosofia de vida de Kenshin, acompanhando-o em qualquer situação.
Habilidades Especiais: É um dos raros praticantes do Hiten Mitsurugi-ryū (Estilo da Espada Voadora Honrosa do Céu), um dos mais eficientes (senão mesmo o melhor) estilos de luta com espadas. O mestre de Kenshin – Hiko Seijūrō – é a prova disso sendo, de longe, o melhor espadachim nesta história. Kenshin é incrivelmente rápido e tem uma enorme capacidade em ler uma batalha, adivinhando o movimento dos seus adversários. A sua técnica mais poderosa é o Amakakeru Ryū no Hirameki (Relâmpago do Dragão Voador), o ōugi (técnica final) do Hiten Mitsurugi-ryū – nunca ninguém conseguiu vencer esta técnica nestas histórias.
Utensílios: A famosa Sakabatou, uma katana de gume invertido que permite a Kenshin usar as suas técnicas de espadachim, sem matar ninguém. Esta espada é a personificação física da filosofia de vida deste samurai: proteger sem matar.
Principais vilões: São vários os que confrontam Kenshin ao longo destas aventuras, mas nenhum outro deixou uma marca tão memorável como Shishio Makoto. Makoto foi o substituto de Kenshin na função de assassino, no final a revolução. Traído pelos próprios é mais um samurai que não consegue viver numa era de paz, tentando impor a sua filosofia de vida: uma que defende que os fortes devem comer os mais fracos.
Interesses Amorosos: Yukishiro Tomoe foi o primeiro grande amor de Kenshin, um amor que brotou do sangue durante a revolução; a história por detrás da cicatriz em forma de cruz que Kenshin ostenta na face marca o início e o fim da sua relação com Tomoe. Anos depois Kenshin voltará a encontrar o amor, agora em Kamiya Kaoru.
Curiosidades: O primeiro nome do protagonista é Shinta. Foi o seu mestre que lho mudou por considerar um nome demasiado delicado para um espadachim. Assim nasce Kenshin, que significa “coração de espada”.
Adaptações: Este mangá foi adaptado com muito sucesso ao famoso animé do mesmo nome. A série manteve sempre a qualidade esperada, excepto quando começou a contar histórias fora do mangá, as quais ficavam muito aquém do trabalho desenvolvido por Nobuhiro Watsuki. Em 2012 e 2014 surgiram duas adaptações cinematográficas em acção real: “Rurôni Kenshin: Meiji kenkaku roman tan” e “Rurôni Kenshin: Kyôto taika-hen”, respectivamente.
Onde começar a ler: Nobuhiro Watsuki foi evoluindo ao longo da história e por isso é fácil reconhecer que é na fase de Shishio Makoto, o seu enredo mais longo e bem desenvolvido, que se encontra a melhor fase de “Rurouni Kenshin”. No entanto, para melhor compreender as motivações por detrás destas personagens, bem como os sentimentos que as unem, é aconselhável seguir a história desde o início. Recentemente a Devir editou o primeiro volume intitulado “Kenshin o Samurai Errante” – porque não aproveitar esta oportunidade para começar?
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