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Os heróis também usam BI #11: Kenshin

Por Gabriel Martins · Em 23/11/2015

New eras don’t come about because of swords, they’re created by the people who wield them.

Nome: Himura Kenshin.

Origem: Kenshin foi considerado pela História como o maior assassino durante o Bakumatsu – período que corresponde aos últimos anos do Xogunato Tokugawa. Lutou pelo grupo dos Ishin shishi (pró-imperialista), os quais, após terem derrotado o Xogunato, deram início a uma nova era – a era Meiji -, durante a qual decorrem as aventuras destas histórias. Nos tempos da revolução, Kenshin ganhou a alcunha de Hitokiri Battōsai. Hitokiri porque é assassino em japonês, e Battōsai porque Kenshin se especializou nas técnicas de combate Battō (desembainhar a espada e matar num único golpe) do seu estilo Hiten Mitsurugi.

Ocupação: Após a vitória dos Ishin shishi, o caminho para o novo governo Meiji estava traçado. A partir daqui Kenshin tornou-se um samurai errante, vagueando pelo Japão a fim de ajudar aqueles que precisam e prometendo nunca mais tirar uma vida.

Kenshin.HimuraCaracterísticas: É uma das personagens mais puras de espírito na Banda Desenhada. Mesmo no passado, quando se tornou um assassino profissional, fê-lo porque estava a lutar por um ideal em que acreditava, e porque se aproveitaram das suas qualidades de espadachim – como o seu mestre o havia avisado de que aconteceria. Contudo, Kenshin nunca foi um sanguinário e nunca desenvolveu um apetite pela matança. Fazia-o porque acreditava que tal era necessário. Hoje em dia não se preocupa com quem teve razão no passado, preferindo apenas preservar a paz do presente. Após o fim do Xogunato, Kenshin dedicou a vida a ajudar os outros, e é nesse coração enorme que está contida a sua maior força e a razão pela qual, passados tantos anos, continua a ser uma personagem tão querida entre os seus leitores. É conhecido pelo seu cabelo ruivo, aspecto feminino e a famosa cicatriz em forma de cruz. É na origem desta cicatriz que se encontra a morte de Himura Battōsai e o nascimento de Himura Kenshin.

Criação: A série de BD “Rurouni Kenshin” foi criada por Nobuhiro Watsuki, publicada entre 1994 e 1999 – ao longo de 28 volumes no total.

Influências: Apesar de a série ter um passado baseado na realidade, a personagem de Kenshin é ficcional. Kawakami Guenzai, um dos mais conhecidos assassinos dos últimos anos da era Edo (período que antecedeu a era Meiji), foi a primeira inspiração para o esboço de Kenshin. Para o lado altruísta, Watsuki poderá ter ido beber à personalidade de Okita Soushi, enquanto que, para o lado misterioso, a Saito Hajime, ambos polícias da famosa unidade especial Shinsengumi (inimigos do gupo por quem Kenshin lutou). Curiosamente, Saito Hajime tornar-se-ia, efectivamente, uma personagem em “Rurouni Kenshin”.

Companheiros: Kenshin apresenta-se como um Samurai errante, mas logo no primeiro capítulo, ao conhecer Kamiya Kaoru, acaba por assentar em Tóquio com ela, criando-se uma aura romântica entre os dois. Logo após Kenshin e Kaoro travarem conhecimento surge o pequeno órfão Myōjin Yahiko, o qual, inspirado por Kenshin, acaba por aceitar tornar-se discípulo de Kaoro. Por fim temos Sagara Sanosuke, um lutador de rua que também se deixa comover pela filosofia de vida de Kenshin, acompanhando-o em qualquer situação.

Outtake1

Habilidades Especiais: É um dos raros praticantes do Hiten Mitsurugi-ryū (Estilo da Espada Voadora Honrosa do Céu), um dos mais eficientes (senão mesmo o melhor) estilos de luta com espadas. O mestre de Kenshin – Hiko Seijūrō – é a prova disso sendo, de longe, o melhor espadachim nesta história. Kenshin é incrivelmente rápido e tem uma enorme capacidade em ler uma batalha, adivinhando o movimento dos seus adversários. A sua técnica mais poderosa é o Amakakeru Ryū no Hirameki (Relâmpago do Dragão Voador), o ōugi (técnica final) do Hiten Mitsurugi-ryū – nunca ninguém conseguiu vencer esta técnica nestas histórias.

Utensílios: A famosa Sakabatou, uma katana de gume invertido que permite a Kenshin usar as suas técnicas de espadachim, sem matar ninguém. Esta espada é a personificação física da filosofia de vida deste samurai: proteger sem matar.

Principais vilões: São vários os que confrontam Kenshin ao longo destas aventuras, mas nenhum outro deixou uma marca tão memorável como Shishio Makoto. Makoto foi o substituto de Kenshin na função de assassino, no final a revolução. Traído pelos próprios é mais um samurai que não consegue viver numa era de paz, tentando impor a sua filosofia de vida: uma que defende que os fortes devem comer os mais fracos.

Interesses Amorosos: Yukishiro Tomoe foi o primeiro grande amor de Kenshin, um amor que brotou do sangue durante a revolução; a história por detrás da cicatriz em forma de cruz que Kenshin ostenta na face marca o início e o fim da sua relação com Tomoe. Anos depois Kenshin voltará a encontrar o amor, agora em Kamiya Kaoru.

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Curiosidades: O primeiro nome do protagonista é Shinta. Foi o seu mestre que lho mudou por considerar um nome demasiado delicado para um espadachim. Assim nasce Kenshin, que significa “coração de espada”.

Adaptações: Este mangá foi adaptado com muito sucesso ao famoso animé do mesmo nome. A série manteve sempre a qualidade esperada, excepto quando começou a contar histórias fora do mangá, as quais ficavam muito aquém do trabalho desenvolvido por Nobuhiro Watsuki. Em 2012 e 2014 surgiram duas adaptações cinematográficas em acção real: “Rurôni Kenshin: Meiji kenkaku roman tan” e “Rurôni Kenshin: Kyôto taika-hen”, respectivamente.

Onde começar a ler: Nobuhiro Watsuki foi evoluindo ao longo da história e por isso é fácil reconhecer que é na fase de Shishio Makoto, o seu enredo mais longo e bem desenvolvido, que se encontra a melhor fase de “Rurouni Kenshin”. No entanto, para melhor compreender as motivações por detrás destas personagens, bem como os sentimentos que as unem, é aconselhável seguir a história desde o início. Recentemente a Devir editou o primeiro volume intitulado “Kenshin o Samurai Errante” – porque não aproveitar esta oportunidade para começar?

KenshinOs heróis também usam BI

Gabriel Martins

"Do not go gentle into that good night, Old age should burn and rave at close of day; Rage, rage against the dying of the light." Dylan Thomas

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