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Primavera Sound Porto: a melhor das primaveras chega em Junho

Por Deus Me Livro · Em 29/02/2024

Enfrentando todas as possíveis indignações, apupos e levantamentos populares, aqui fica: a edição de 2024 do Primavera Sound Porto é, de longe, a melhor que a Invicta viu passar. Ou vai ver, uma vez que a festa toma conta do Parque da Cidade nos dias 6, 7 e 8 de Junho deste ano. Fica o cartaz e alguns destaques, quase todos no feminino, retirados do site oficial do Primavera, que se esmerou na prosa. Grrrl power!

Lana Del Rey

Por onde começar?
Compara a review do álbum de estreia, “Born to Die” (2012), feita pela Pichfork, com a sua review actualizada em 2021, e finaliza com a leitura da crítica a “Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd”, Best New Music em 2023.

O que deves saber:
Lana Del Rey é uma das grandes vozes do pop internacional da última década, com uma visão criativa única, um imaginário próprio e uma idiossincrasia incontrolável, sempre ao serviço das suas canções. É também uma das artistas mais produtivas do mundo: lançou nove álbuns em onze anos.

O que não precisas de saber, mas é interessante:
As suas letras são uma mistura da cultura pop americana, com momentos marcantes como a afirmação que a sua vagina tem sabor a Pepsi Cola (uma das letras mais cantadas nos seus concertos). Só no seu último álbum, “Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd”, há menções aos Red Hot Chili Peppers, Angelina Jolie e ao single de sucesso “Shimmy, Shimmy, Ko Ko Bop”, da banda de rhythm and blues dos anos 50, Little Anthony & the Imperials.

Porque está no Primavera Sound Porto?
Porque esperamos por ela desde que publicou “Norman Fucking Rockwell!” O ponto de exclamação faz parte do título, mas os cinco anos decorridos desde o lançamento, em 2019, do álbum que a consagrou, e a performance no Primavera Sound Porto 2024, têm sido realmente muito longos.

Vais gostar se gostares de…
Weyes Blood, Jane Birkin, comparar o sabor da tua vagina com pepsi cola, Kacey Musgraves, Mitski.

SZA

Por onde começar?
Por “Ctrl”, o seu álbum de estreia, que esteve prestes a não ver a luz do dia. O processo foi interrompido enquanto lidava com ansiedade e dúvidas sobre o seu futuro na música, mas eventualmente tudo se alinhou. E o resto, após o lançamento na primavera de 2017, é história.

O que deves saber:
Houve um período, há não muito tempo, em que SZA era uma espécie de arma secreta usada pelos artistas mais ouvidos do mundo (Rihanna, Post Malone, Cardi B) para elevar as suas músicas. Até que chegou o “SOS”, o seu álbum transformador de 2022, e o momento de SZA se elevar a si mesma: deixou de ser um mistério do R&B para se tornar numa estrela geracional.

O que não precisas de saber, mas é interessante:
A capa agora icónica do SOS é inspirada numa fotografia da Princesa Diana no iate de Mohammed Al Fayed uma semana antes da sua morte. A solidão fotografada.

Porque está no Primavera Sound Porto?
Porque o seu talento é tão grandioso que a etiqueta de R&B e new soul se tornou demasiado pequena para ela. Ouve, por exemplo, a balada “Nobody Gets Me”: não será como um Fade Into You para a geração TikTok?

Vais gostar se gostares de…
odiar o teu ex, ouvir música no teu quarto com a porta fechada, o novo R&B ser tão novo que não parece R&B, Kevin Abstract.

Mitski

Por onde começar?
Embora cada um dos sete álbuns que compõem a discografia de Mitski tenha o seu próprio brilho, “Be The Cowboy” é a Pedra de Roseta que descodifica o mapa sonoro de emoções. As melhores músicas desse álbum para começar? “A Pearl”, “Pink in the Night” e os sucessos virais “Nobody” e “Washing Machine Heart”.

O que deves saber:
Mitski tem o poder incontestável de nos fazer sentir, e carregar no play numa das suas músicas é mergulhar num universo repleto de fúria, destruição, anseio, angústia, solidão e, acima de tudo, uma fome voraz por amor. Entre vozes suaves e letras viscerais, ouvir Mitski é sentir intensamente e emocionar-nos com sensações que nem sabíamos que tínhamos dentro de nós.

O que não precisas de saber, mas é interessante:
Auto-proclamada amante de cinema, não há entrevista em que Mitski não mencione a sua paixão por filmes de terror ou Hayao Miyazaki. Um hobby que a levou a participar em bandas sonoras para múltiplos projectos: desde o icónico “There Is A Life”, com David Byrne, para o filme “Everything Everywhere at Once”, até Glide, para o filme de ficção científica “After Yang”, passando pela mítica versão da sua música “Francis Forever” que popularizou “Adventure Time”.

Porque está no Primavera Sound Porto?
Porque vê-la ao vivo é o mais próximo que se pode estar de uma experiência fora do corpo, algo que ela já nos mostrou nas edições de 2017 do Primavera Sound Porto e Barcelona (durante a sua tour Puberty 2) e, novamente, durante a sua passagem pelas edições latino-americanas do Primavera Sound 2022. E porque vocês nos pediram tanto por ela que, se passássemos mais um ano sem a trazer de volta ao Parque da Cidade, teríamos de começar a temer pela nossa vida.

Vais gostar se gostares de…
Lana del Rey, chorar muito, Indigo de Souza.

Ethel Cain

Por onde começar?
Com “American Teenager”, a faixa de abertura do seu álbum de estreia, “Preacher’s Daughter”, lançado em 2022, Ethel Cain mostra que é o caminho a seguir para descer às profundezas da sua música, com toques à la Springsteen e uma narrativa à semelhança de Taylor Swift.

O que deves saber:
Depois de um EP que a posicionou como uma nova voz do pop americano com reminiscências góticas, Ethel Cain dobrou a aposta com “Preacher’s Daughter”, uma obra que oscila entre autobiografia, tradição literária americana e terror religioso, entre dream pop, slowcore e gothic rock, quebrando constantemente as barreiras entre um e outro.

O que não precisas necessariamente de saber, mas é interessante:
Em 2018, Ethel Cain esperou na fila por mais de 24 horas para ficar na primeira fila de um concerto de Florence + The Machine, e  esta foto  foi tirada lá. Apenas quatro anos depois, Ethel abriu o concerto de Florence durante a sua digressão e teve a oportunidade de cantar um dueto com ela, desta vez não por acaso, numa imagem quase idêntica.

Porque está no Primavera Sound Porto?
Porque os quase oito minutos de “A House In Nebraska” ao vivo podem mudar a tua vida.

Vais gostar se gostares de…
Lana Del Rey, Florence + The Machine, discos que contam histórias nem sempre felizes e pop stars que acabam a sê-lo quase a custo próprio.

Julie Byrne

Por onde começar?
Se espreitares o  fingerpicking  do tema que abre “The Greater Wings”, vais sentir que não estás apenas a descobrir a música de uma artista incrível, mas sim a descobrir a música em geral.

O que deves saber:
Há muitas cantautoras, certo? E, no entanto, Julie Byrne é diferente de todas as outras. Talvez seja um  trompe-l’oeil. Ou talvez não seja: as suas últimas músicas têm uma profundidade de visão (todas marcadas pelo sentimento de luto pela morte inesperada e prematura, aos 31 anos, do seu amigo e colaborador Eric Littmann) que é difícil de encontrar e fácil de apreciar: é muito comovente.

O que não precisas necessariamente de saber, mas é interessante: 
Embora a tendência natural seja compará-la a designers de interiores folk como Judee Sill, Vashti Bunyan ou Linda Perhacs, o que ela admite é que conhece de cor as partituras e letras de Leonard Cohen. E isso nota-se.

Porque está no Primavera Sound Porto? 
Porque todos os cantautores cuja música parece reclamar uma sala só para si terão sempre um espaço só seu connosco.

Vais gostar se gostares… 
dos primeiros tempos de Cat Power, da luz a passar pelas cortinas de tule, Destroyer, Sigur Rós, o céu do norte e da lua cor-de-rosa.

The Last Dinner Party

Por onde começar? 
Bem, ainda não há muito. Pesquisa no Google e a primeira coisa que vais encontrar vai ser o primeiro single da banda, “Nothing Matters”, o segundo, “Sinner”, ou “My Lady of Mercy”, que acabou de ser lançado enquanto escrevemos isto, em Outubro de 2023… Ok, para não ficarmos atrasados, eles já lançaram um quarto single e anunciaram o título do seu álbum de estreia, “Prelude To Ecstasy”, que será lançado em Fevereiro de 2024.

O que deves saber: 
Esta banda que nasceu durante a pandemia e subiu ao palco pela primeira vez pós-Covid já foi elogiada por Nick Cave e é produzida por James Ford (Arctic Monkeys, Florence and the Machine). Não precisou de mais do que três músicas e uma série de concertos ao vivo no Verão passado para se tornar no quinteto do ano.

O que não precisas de saber, mas é interessante: 
A icónica editora Island Records contratou-os antes mesmo de terem lançado o primeiro single em abril de 2023.

Porque está no Primavera Sound Porto? 
Por causa da sua mistura de art pop e post punk, porque com apenas três músicas já pressentimos que vão ser um nome grande e porque estamos muito curiosos para ver os seus outfits ao vivo.

Vais gostar se gostares de… 
Kate Bush, pop barroco, Marie Antoinette de Sofia Coppola, enlouquecer com PJ Harvey, vestir crinolina e sair para jantar.

PJ Harvey

Por onde começar? 
Pelo seu álbum mais recente, “I Inside the Old Year Dying”. Como todos os grandes criadores, Polly Jean tem muitas fases, muitos personagens e muitas máscaras. E é sempre emocionante descobrir e sintonizar com a mais recente.

O que deves saber: 
PJ Harvey é tão incrível que até mesmo usar uma frase já maximalista como “a artista feminina mais importante do rock nos últimos 30 anos” é uma subavaliação. A sua ambição e incorruptibilidade criativa, o fluxo poético das suas letras, o seu equilíbrio perfeito entre hipersensibilidade e fúria, e a sua iconicidade como artista livre e infalível vão muito além do rock, gêneros e rótulos fáceis. Ela é a mais importante porque é a mais importante.

O que não precisas de saber, mas é interessante: 
Embora possa parecer que PJ Harvey passa por períodos de inactividade entre álbuns, nunca se dá realmente o caso. Seguir o rasto das pequenas migalhas de talento que ela deixa aqui e ali, em colaborações, exposições e recitais de poesia, é um jogo altamente cativante e sempre gratificante. A sua versão de “Who By Fire” (Leonard Cohen), para a banda sonora da série “Bad Sisters”, é um exemplo perfeito dessas aparições inesperadamente suculentas.

Porque está no Primavera Sound Porto? 
Porque todas as suas aparições estão gravadas na memória do público do festival: com aquele vestido amarelo em 2004, caída do céu com penas e harpa em 2011 ou a transcender-se a tocar saxofone em 2016.

Vais gostar se gostares de… 
pensar que a música pode afectar, acompanhar, enriquecer, mudar ou, simplesmente, melhorar a tua vida.

Billy Woods

Por onde começar? 
Ao dar a devida atenção ao seu glorioso ano de 2023: o álbum com produção de Kenny Seagal (Maps) e o renascimento do seu projecto com ELUCID (Armand Hammer). Rap áspero e angustiado para combinar com a existência de todos à tua volta nessa carruagem de metro (e um pouco contigo, também).

O que deves saber? 
Que, depois de mais de duas décadas na cena musical, billy woods é amigo de todos no underground do rap actual. As suas colaborações com Danny Brown, Moor Mother, JPEGMAFIA, Junglepussy, Pink Siifu e Earl Sweatshirt validam-no como a cola que mantém unido o outro hip-hop.

O que não precisas necessariamente de saber, mas é interessante: 
billy woods é, além de orador urbano em tempo integral, o proprietário da melhor editora de rap underground da actualidade: Backwoodz Studioz.

Porque está no Primavera Sound Porto? 
Porque muitas vezes os discursos mais estimulantes do rap ficam perdidos no éter e tudo o que é preciso é alguém ouvi-los.

Vais gostar se gostares de… 
Estudar as letras no GENIUS, MF DOOM, Earl Sweatshirt, rappers que envelhecem com dignidade.

Pulp

Por onde começar? 
Uns vão dizer “His ‘n’ Hers”, outros “Different Class”… vamos ficar-nos pelo mais consensual, que é dizer que vais começar por adorar Jarvis Cocker acima de tudo, e “Do You Remember the First Time?” É isso que perguntamos: lembras-te do teu primeiro Primavera Sound Porto?

O que deves saber: 
Os Pulp são como a fénix renascida duas vezes. A timeline é esta: lançam o sétimo e último álbum de estúdio, “We Love Life”, em 2001 e dissolveram-se discretamente, até voltarem aos palcos em 2011… no Primavera Sound Barcelona. Dão alguns concertos, depois retiram-se novamente para Sheffield e Jarvis dedica-se a vários projetos, até que o bichinho volta. E onde é que eles regressam? Bem, ao Primavera, claro. “Disco 2000”? Disco 2024!

O que não precisas de saber, mas é interessante: 
Quando os Pulp estiveram no Parc del Fòrum, em Barcelona, em 2011, o vocalista da banda levou o público a um delírio coletivo ao dedicar Common People aos “indignados” acampados na Plaça Catalunya, que tinham sofrido um violento despejo naquela mesma tarde. Sem pretender ser um conhecedor da realidade política de Espanha, Cocker afirmou que uma coisa era clara para ele: “quando a polícia envia cem pessoas para o hospital, isso não é uma coisa boa”. Jarvis, um de nós.

Porque estão no Primavera Sound Porto? 
Porque são Primavera Sound. Foram os primeiros grandes cabeças de cartaz na segunda edição do festival de Barcelona, em 2002, ainda no Poble Espanyol, e abriram as portas para todos os que vieram depois deles.

Vais gostar se gostares de… 
ser cool com óculos de massa e cotoveleiras, dramas domésticos, escolher The Kinks quando te perguntam se preferes The Beatles ou The Rolling Stones, bichos-pau sexys, não conseguir parar de explicar porque razão gostas muito de alguma coisa quando realmente gostas muito de alguma coisa.

Site oficial e bilheteira

Promotora: Pic-Nic Produções

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