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Póvoa do Varzim recebe mais uma edição do Três a Solo

Por Deus Me Livro · Em 03/10/2020

O Três a Solo é um festival de músicos a solo, que acontece anualmente no Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim. A 5ª edição apresenta S. Pedro, Clara Buser e Dada Garbeck, no dia 16 de Outubro, e Noiserv, MOMO e Pedro Viana, no dia 17 de Outubro, num festival por onde já passaram nomes como Tó Trips, Lula Pena, Peixe, emmy Curl, Luca Argel e Norberto Lobo.

Apostando num conceito que favorece a cumplicidade entre os músicos e os espectadores, todos os anos é desenhada uma cenografia pela Isabel Batista, para que seja reconstruído o ambiente intimista e acolhedor de uma casa. Concertos de 30-45 minutos em que os artistas e a plateia comunicam constantemente, num ambiente de proximidade e tão familiar quanto possível.

A estreia do Três A Solo foi em 2016, com uma noite só, com a participação de Peixe, Homem em Catarse e Turquoise (actualmente, André Júlio Turquesa). Até 2018, manteve-se um festival de um só dia e três músicos por noite. Em 2019, a relação de 3 músicos por noite manteve-se, mas o festival ganhou mais um dia. Perfazendo, dessa forma, 6 músicos por edição.

Bilhetes
€10 | S. Pedro, Dada Garbeck, Clara Buser – 16 Out.
€10 | Noiserv, MOMO, Pedro Viana – 17 Out.
€15 | Passe 2 dias – 16 e 17 out.

Abertura de portas: 21h00
Início de espetáculo: 21h30

Locais de venda de bilhetes:
Cine-Teatro Garrett
Lojas Fnac
BOL.pt

ARTISTAS

Clara Buser é uma artista portuguesa. Tem desenvolvido o seu trabalho como pintora, cantora de Jazz e, agora, como artista musical a solo. A voz é o seu instrumento primordial com ramificações no piano, passando ainda pela guitarra e pela electrónica. Neste concerto dá-se a conhecer através de originais que constituirão o seu próximo álbum, a editar em 2021, e através de arranjos de outras músicas que moldam a sua identidade musical.

Dada Garbeck é o projeto de Rui Souza que, até à data, já desenvolveu inúmeros trabalhos artísticos um pouco por todo o mundo. Em 2019 foi anunciado pela Antena 3 como “o concerto mais surpreendente” do ZigurFest e pelo jornal Público como um artista a ter em conta nos próximos anos. Ainda na Jazz.pt sobre o novo álbum pelo crítico Rui Eduardo Paes “Ou seja, o jazz indeferido que há por estes temas vai mais longe, para diante e para trás, do que a maior parte do jazz vocal que vai sendo criado nos nossos dias, fechado sobre si mesmo, dogmático e surdo para o mundo – importante é afirmá-lo”. Na crítica internacional é destacado pela Mindies (Madrid), como “uno de los músicos experimentales portugueses más interesantes de la actualidad” conseguindo assim entrar na tabela dos melhores álbuns do ano.

Dada Garbeck apresenta o seu mais recente trabalho The Ever Coming – Vox Humana editado em 2020 pela Discos de Platão, naquilo que se pode chamar um álbum dedicado à voz humana. A voz e os sintetizadores ou a voz como sintetizador são a chave deste concerto. E talvez seja isto que torne este álbum tão belo – a comunhão ancestral da perenidade da voz, da nossa voz, sacrílega. Uma ode de redenção. Uma voz onde cabe todo o linguajar do mundo.

Pedro Pode já foi MC de hip-hop e até baterista de uma banda de metal, mas trocou o rap pelo canto e a bateria pela guitarra, e começou a compor canções. Ganhou notoriedade enquanto líder dos doismileoito, e agora reinventa-se como S. Pedro.

A resposta às muitas ideias soltas que se acumulavam no computador e no telemóvel e que tinham de ser concretizadas. Um conjunto de canções que foi escrevendo, guardando, deixando crescer. Estavam presas como pássaros numa gaiola ou balões numa rede. E precisavam de voar.

Construiu um estúdio analógico, uma oficina de artesão. E foi gravando com tempo, em fita magnética, aperfeiçoando arranjos, acrescentando instrumentos, e convidando amigos para colaborarem.

Assim nasceu o disco O Fim, editado em 2017, um trabalho pessoal e transmissível, feito de canções simples, histórias quotidianas e letras que nos fazem sorrir e pensar. Canções nas quais nos reconhecemos, com versos que ficam a ressoar, alguns na ponta da língua. Métrica redonda, recorte clássico e pop diletante onde se busca o essencial, até porque «é o bis, encore que torna feia a canção».

Em 2018 regressou com um novo single, “Apanhar Sol”. Pop alegre, elegante e sofisticada, uma letra crítica e atenta à espuma dos dias. De um dia para o outro, o país inteiro acordou a cantar «Estás preso a um cabo USB / Tens dedos só para comunicar / Conversas só a escrever / Viajas sem sair do lugar». O contacto e os olhos nos olhos ao invés da mediação digital e do ecrã como espelho fosco da alma, no fundo, o conhecimento adquirido pela prática, pela tentativa e erro, é uma das temáticas caras a S.Pedro.

O regresso faz-se com a edição do novo disco em Setembro de 2019, com selo NorteSul/Valentim de Carvalho. Neste trabalho, canta-nos pequenas histórias, invariavelmente atravessadas por uma ponta de ironia e humor, mas sempre com princípio, meio e fim. Mas teremos tempo para saborear as novas canções de S. Pedro.

“Passarinhos” é o single de apresentação. Um ternurento e poético relato do quotidiano e das surpresas que a vida nos revela. «Sem tempo para pensar / Em tudo o que está para vir / Se ao teu lado é o melhor lugar / Então hoje eu só fico aqui / Podia ser sempre assim».

A paixão pela tradição instrumental ibérica levou Pedro Viana a criar um reportório original para violão, viola braguesa e sanfona. Essa é a base do seu novo álbum a solo que cruza sonoridades antigas com múltiplas influências contemporâneas, pretendendo transmitir a sensação de uma música intemporal.

Pedro Viana iniciou a carreira em 2001 no grupo Mandrágora com o qual viria a gravar 2 álbuns de música folk, um deles, vencedor do Prémio Carlos Paredes em 2006. Seguiu-se a criação de um duo de música mediterrânica com o nome aCordaPele.

O cantor e compositor MOMO, alcunha musical de Marcelo Frota, tem no seu grupo de seguidores nomes como Patti Smith e David Byrne, que chegaram a partilhar a sua música em playlists e murais de facebook. Camané é um dos mais recentes fãs confessos deste brasileiro que escolheu Portugal para viver: “Para além de amigo do Marcelo, fiquei fã da música do Momo. Passei a ouvir os seus discos em casa e a assistir aos seus concertos. É um excelente letrista, com sensibilidade para retratar o quotidiano, em especial, o de Alfama, onde viveu nos últimos anos. É esse bairro – pelo qual o MOMO é mais apaixonado do que a maioria dos portugueses – que dá nome à canção que me convidou para cantar com ele”, conta o fadista.

Voá foi editado pela Universal em 2017. “Pensando Nele”, em parceria com o escritor e poeta Thiago Camelo, acabou por ser escolhido como primeiro single de um disco produzido por Marcelo Camelo. O quinto trabalho de originais inclui ainda colaborações com Rita Redshoes no tema “Mimo” e do compositor brasileiro Wado em “Nanã”.

MOMO lançou A Estética do Rabisco (2006), Buscador (2008), Serenade of a Sailor (2011) e Cadafalso (2013). Os quatro mereceram o aplauso da imprensa internacional e o reconhecimento de publicações de referência do Brasil. A Estética do Rabisco, com influências da psicodelia nordestina dos anos 1970, figurou entre os melhores discos do ano no jornal Chicago Reader. Cadafalso recebeu elogios da cantora Patti Smith. O Globo escolheu Serenade of a Sailor para ombrear com discos de Chico Buarque e Criolo nas escolhas para melhores trabalhos de 2011. O canal de televisão Multishow também distinguiu MOMO com um prémio revelação no mesmo ano e Voá foi citado pelo consagrado músico David Byrne.

O artista integra a colectânea A Tribute to Caetano Veloso com a música “Alguém Cantando”, ao lado de nomes como Rodrigo Amarante, Beck, Ana Moura e Marcelo Camelo, entre outros. Juntamente com Wado e Cícero, MOMO gravou em Lisboa em 2013 o trabalho O Clube que celebrou o encontro dos três brasileiros com os artistas portugueses Fred Ferreira (Banda do Mar, Orelha Negra), Diego Armés (Feromona, Chibazqui), Bernardo Barata (Diabo na Cruz) e Alexandre Bernardo (Laia).

O novo disco chegou em Outubro de 2019. I Was Told To Be Quiet foi gravado e produzido na Califórnia por Tom Biller (Sean Lennon, Warpaint, Liars, Silversun Pickups e Kate Nash).

O disco reúne a herança calorosa e afectiva das sonoridades tupiniquins, como bossa nova e samba, com a estética arrojada do indie contemporâneo. O resultado é um repertório que prima pela originalidade e recebe a voz e a interpretação de um artista sempre celebrado pela crítica. Trata-se de uma obra que pretende ser uma resposta sensível ao mundo atribulado que vivemos.

No disco, Marcelo Frota exibe diversas nuances de sua musicalidade ao longo das dez faixas. Entre composições em português, inglês e francês, contactamos com o seu lado mais sonhador (em “Higher Ground”), com um MOMO. confessional (“For I Am Just a Reckless Child”) e outro que aponta a um horizonte mais ensolarado (“Diz a Verdade”). Estas foram exactamente as canções desvendadas nos meses que antecederam o seu lançamento a 25 de Outubro de 2019.

Enquanto “Vida” redescobre elementos do psicadelismo brasileiro (de Os Mutantes a Clube da Esquina), “Mon Neant”, “Marigold” e “Lillies for Eyes” revelam-se “baladas agitadas”, cada uma com a sua inquietude presente nos arranjos. “Stupid Lullaby” e “Sereno Canto” são músicas que desenvolvem as suas progressões aos poucos, na medida que o ouvinte se deixa conquistar pela voz e os sentimentos que Frota coloca nas músicas.

Como habitualmente, MOMO. apresenta uma lista primorosa de colaboradores. Entre as parcerias nas composições, encontram-se Wado, Thiago Camelo e Ana Lomelino (Mãeana). Nas gravações, Régis Damasceno (baixo) e Marco Benevento (piano, polli synth, cordas synth) marcam presença, além do americano Tom Biller, que assina a produção do álbum.

A parceria entre Frota e Biller concretizou-se em I Was Told to Be Quiet após quase uma década de planos para os dois trabalharem em conjunto. A viverem juntos durante um mês em Los Angeles, os dois somaram a experiência de produção do norte-americano (que já trabalhou com Fiona Apple, Sean Lennon, Elliot Smith, Kanye West e Warpaint, entre outros) e a maturidade que MOMO. desenvolveu ao trabalhar as suas próprias composições e arranjos ao longo dos cinco álbuns anteriores – vivência essa que permite que o artista entenda que é hora de cantar, mesmo se disserem que ele precisa ficar calado, como sugere o título da obra.

I Was Told to Be Quiet foi lançado no Brasil pela editora LAB344, nos Estados Unidos pela Yellow Racket Records e em Itália através da Deusamora Records.

Noiserv, multi-instrumentista a quem já chamaram “o homem-orquestra” ou “banda de um homem só”, conta no seu currículo com o bem sucedido disco de estreia One Hundred miles from thoughtlessness (2008), o EP A day in the day of the days (2010) e o galardoado Almost Visible Orchestra que foi distiguido como melhor disco de 2013 pela Sociedade Portuguesa de Autores.

Em Novembro de 2014, noiserv edita o primeiro registo ao vivo, um DVD com o título Everything should be perfect even if no one’s there. Com mais de quatro centenas de concertos por Portugal e fora de portas e uma série colaborações em teatro e cinema, é em 2015 que acontece a internacionalização mais séria para noiserv com a reedição do álbum Almost Visible Orchestra para todo o mundo através da editora francesa Naive, casa mãe de M83, Yann Tiersen, entre outros artistas.

2016 é o ano do lançamento de 00:00:00:00 que é descrito pelo músico lisboeta como “a banda sonora para um filme que ainda não existe, mas que talvez um dia venha a existir”. A orquestra de sons que o caracteriza deu lugar a um piano tocado a muitas mãos, enquanto da sua voz vemos sair, nos temas não instrumentais, histórias em português.

O ano seguinte revelou-se de novo muito forte na internacionalização do projecto continuando os concertos por França, mas também chegando a novos países entre os quais a destacar, Itália e Lituânia. Já em Portugal, muitos foram os concertos de apresentação do disco 00:00:00:00, e no que toca a colaborações convém destacar o filme de Laurence Ferreira Barbosa Todos os Sonhos do Mundo e várias bandas sonoras para teatro.

2018 começou com a composição da música original para os separadores da RTP1 e terminou com Labirinto da Saudade, distinguido como melhor documentário do ano nos Prémios Sophia de 2019. O novo disco de noiserv será editado em Setembro de 2020 e é inteiramente composto por temas em português.

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