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Palco LG By SBSR continua a bombar música nacional na 24ª edição do Super Bock Super Rock

Por Pedro Miguel Silva · Em 22/04/2018

Na 24ª edição do Super Bock Super Rock, que decorre a Oriente nos dias 19, 20 e 21 de Julho, o Palco LG by Rádio SBSR continuará a ser a mostra de alguma da nova música nacional, com estilos tão diversos quanto o rock, o hip hop, o punk, a música eletrónica e psicadélica ou o universo dos cantautores.

Com o patrocínio da LG e a curadoria da Rádio SBSR, a selecção de bandas recaiu sobre os míticos Pop Dell’Arte, que continuam a ser uma referência para muitos novos talentos da música nacional; o projecto Mirror People de Rui Maia, a ditar as coordenadas da música electrónica no primeiro dia do Festival; Luís Severo, um dos escritores de canções mais aplaudidos da nova música portuguesa; a criatividade arrojada e feita de experimentação dos bracarenses Ermo; o super grupo do rock, shoegaze e psicadelismo, Keep Razors Sharp; a dupla improvável do Porto, Sunflowers, a representar o rock a puxar para o punk; a pop onírica de Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo; Virtus, uma das esperanças do hip hop com pronúncia do Porto; e o encontro orgânico do punk, garage e pop, a sonorizar as temáticas queer de Vaiapraia e as Rainhas do Baile. Fica a apresentação de cada um dos nomes à boleia do press release.

Dia 19
 
Mirror People surgiu no imaginário de Rui Maia no meio da América, durante uma tour com a banda X-Wife. Imaginou-o como um projecto com um universo musical que juntasse influências do “disco-sound” dos anos 70 com os sons actuais da música de dança. Depois do sucesso do álbum de estreia “Voyager”, um disco com várias colaborações, Rui Maia convidou o vocalista Jonny Abbey para gravarem juntos o seu sucessor: “Bring The Light”, o segundo longa duração de Mirror People, editado em 2017 e que confirmou as melhores expectativas em torno deste projeto.

Natural de Lisboa mas criado entre o Alentejo e o Algarve, Filipe Sambado começou por estudar teatro, mas rapidamente percebeu que a música era a sua paixão. Cresceu entre o hip hop e o rock anglo-saxónico, tendo sentido sempre uma grande necessidade de se expressar. Foi membro dos Cochaise e é baterista da banda Chibazqui. Enquanto produtor trabalhou com artistas como Éme, João Coração e Cão da Morte. Depois da trilogia de EPs “Isto é Coisa Para Não Voltar a Acontecer”, “1234”, e “Ups…Fiz Isto Outra Vez” lançou, em 2016, ” Vida Salgada”, um disco ágil que nos fala de paixões, anseios e incertezas. Em Março de 2018 presenteou-nos com “Filipe Sambado & Os Acompanhantes De Luxo”, que inclui o single “Deixem lá”.

Vaiapraia e as Rainhas do Baile é um trio punk empenhado em criar imagens poéticas através de canções pop sinceras e imediatas. O disco de estreia, “1755”, é fruto de um trabalho de simbiose em banda, que mereceu uma festa de lançamento esgotada na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e destaque em publicações como o Público, a Time Out ou a Blitz. Esta é uma música que por vezes nos anima e apela à acção, e por outras nos leva no caminho errante do desejo. Para além da lírica explícita e honesta a que alguns alinham com a tendência musical a que se dá o nome de queercore, o trabalho do trio extravasa essa categoria adoptando, por exemplo, tanto a energia do garage rock como a da pop de pastilha elástica.

 Dia 20

Quem já os ouviu, não tem grandes dúvidas: os Ermo são um dos projectos mais arrojados da nova música portuguesa. A dupla de Braga deu os primeiros passos em 2012, com o lançamento de um EP homónimo. No ano seguinte editaram o seu primeiro longa duração. “Vem Por Aqui” foi elogiado pela crítica e garantiu a presença da banda em vários palcos europeus e brasileiros. Difícil de catalogar, a música dos Ermo é influenciada por diferentes géneros, desde o hip hop ao pós-punk. E essa aventura musical tem um novo capítulo: “Lo-Fi Moda”, editado em 2017. Apostado em criticar a vaidade e o narcisismo destes tempos de domínio digital, o disco já conquistou o público e a crítica – cinco estrelas foi a cotação atribuída pela Blitz e pelo Expresso. “crtl + C ctrl + V”, o single do disco, revela essa vontade de experimentar, sem perder um irresistível apelo pop.

Primeiro sob o signo O Cão da Morte e agora em nome próprio, Luís Severo tem deixado a sua marca na música portuguesa graças a canções imaculadas – clássicas, por um lado, mas por outro, profundamente identificadas com uma geração. Em 2015 editou “Cara d’Anjo”. Aclamado pela crítica, este registo foi considerado um dos melhores discos do ano por algumas das principais publicações portuguesas. Também o público ficou rendido ao disco, como provam as boas reações nas redes sociais e nos concertos que deu em vários auditórios municipais. Em 2017 regressou aos discos com “Luís Severo”, uma viagem emocional pela cidade de Lisboa. “Amor e Verdade” e “Olho de Lince” são dois exemplos da boa forma do jovem músico português.

João Rodrigues, mais conhecido por Johnny Virtus, nasceu em Miragaia, no Porto. Entre as paredes do quarto banhadas a rimas, sob escuta permanente de hip hop nacional, passou rapidamente da guitarra clássica para os beats e, em 2008, estreou-se com o EP “Introversos”. Quatro anos depois chegou “UniVersos”, o primeiro longa-duração editado meses antes do disco de instrumentais “Se Eu Fosse”. As suas influências são muitas e actualmente está “encharcado” de black music da cabeça aos pés. Tem insónias com Luiz Pacheco e Herberto Helder, mas é habitualmente socorrido por Nas, Sam The Kid, Biggie Smalls, Tom Jobim, Vinícius ou João Gilberto. Ao longo da carreira colaborou como MC e produtor em projectos de diversos artistas, alguns dos quais cúmplices do seu percurso: Mundo Segundo (Dealema), Maze (DLM), Capicua, Berna, Serial (Mind da Gap), entre outros. O novo disco está quase aí.

Dia 21

Os Pop Dell’Arte são uma aventura musical inaugurada por João Peste e Zé Pedro Moura (além de Ondina Pires e Paulo Salgado) em 1985, e vencedora do prémio de originalidade do 2º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous nesse mesmo ano. Defendendo sempre a transgressão enquanto valor artístico fundamental e a necessidade de amar as contradições, ao longo de três décadas os Pop Dell’Arte gravaram discos tão importantes como “Free Pop” (1987), “Sex Symbol” (1995) ou “Contra Mundum” (2010). Em 2018, com uma formação que integra o baterista Ricardo Martins e o guitarrista Paulo Monteiro (no projecto desde 1994) para além de João Peste e Zé Pedro Moura, os Pop Dell’Arte regressam com um álbum novo, “Transgression Global”, que inicia uma nova fase na vida de uma das bandas mais surpreendentes de sempre do panorama musical português.

Os Keep Razors Sharp são Afonso (Sean Riley & The Slowriders), Rai (The Poppers), Bráulio (ex-Capitão Fantasma) e Bibi (Pernas de Alicate, entre outros). Com uma sonoridade entre o psicadelismo, o shoegaze e o pós-rock, os dois singles de estreia, “I See Your Face” e “9th”, tornaram-se imediatos sucessos radiofónicos, além de também terem recebido vários elogios por parte da crítica. Em 2014 editaram o álbum de estreia, o homónimo “Keep Razors Sharp”. “Always And Forever” é o single que antecipa o próximo disco com edição prevista para este ano.

O Porto sempre foi uma cidade marcada por ter muito (e bom) rock. E assim continua, como prova a banda Sunflowers. Este duo, formado em 2014, ainda não parou de fazer música, com uma ética punk adaptada ao século XXI: fazer e lançar na internet, para o mundo ouvir. Nós agradecemos. Em 2016 gravaram o primeiro disco: “The Intergalactic Guide To Find The Red Cowboy”. Está lá tudo o que interessa: muita distorção, a urgência do punk, canções directas ao assunto e um subentendido elogio do mosh. Mas o conselho dos próprios Sunflowers é para que não compliquemos: “Somos uma banda rock e tocamos música rock para pessoas que gostam de ouvir música rock e assistir a concertos de música rock.” Vamos a isso, então.

Super Bock Super RockSuper Bock Super Rock 2018

Pedro Miguel Silva

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