Faltam apenas dois meses para virarmos mais um calendário Pirelli mas, até lá, muitas são as propostas que a Casa da Cultura, em Setúbal, tem para oferecer nesse Triângulo das Bermudas feito de Literatura, Música e Cinema.
Novembro
Literatura
Dia 1 | 17h00 | Sala José Afonso
Lançamento do Livro
R.U.R. – Robots Universais Rossum – (Ed. “não edições”)
A 31 de Outubro de 2019, o Teatro Estúdio Fontenova estreará, pela primeira vez em Portugal em teatro profissional, o espectáculo “R.U.R.”, com encenação de José Maria Dias.
Este texto dramático foi escrito em 1920 pelo checo Karel Čapek, no qual a palavra “robot” é utilizada pela primeira vez para designar um autómato. Aqui, os “robots” são usados como força de trabalho; com o seu desenvolvimento – e consequente decréscimo na natalidade – surge a insatisfação e a vontade de controlar os humanos: o desejo de revolta.
Texto agora traduzido pela primeira vez para português, a partir do inglês e checo, por Patrícia Paixão (com o apoio numa primeira versão de Eduardo Dias e Carlos Rocha), com posfácio por Manuel Araújo e Raquel Varela.
Dia 14 | 19h00 | Sala José Afonso
O Som da Tinta – Festival de Poesia Contemporânea – ano 0
Feira do Livro
Abertura da Feira do Livro com leitura de poemas pelo Grupo de Teatro da ESE.
A Casa da Cultura é invadida pela poesia. Livros de poesia, alguns que nem sempre encontra imediatamente nas livrarias, estão à sua espera no piso 1. Uma oportunidade para os adquirir enquanto se deixa envolver pelos poemas de poetas contemporâneos portugueses que iluminam as paredes com o eterno esplendor da palavra.
Dia 15 | 18h30 | Sala José Afonso
O Som da Tinta – Festival de Poesia Contemporânea – ano 0
Conferência
Sophia: A Lux Aeterna da Poesia
Pelo Prof. Armando Carlos Cortez
Dia 15 | 23h30 |Pátio do Dimas
O Som da Tinta – Festival de Poesia Contemporânea – ano 0
Viajar pela Palavra Poética
Sessão livre de leitura de poemas
Dia 16 | 18h30 | Sala José Afonso
O Som da Tinta – Festival de Poesia Contemporânea – ano 0
Conferência
Manuel Gusmão: A Palavra sobre o Mundo
Pelo Prof. Fernando Martinho
Dia 17 | 18h00 | Sala José Afonso
O Som da Tinta – Festival de Poesia Contemporânea – ano 0
Pouso da Poesia pelo Teatro da Rainha
Uma viagem pela língua portuguesa, num roteiro desde o século XIII (com as Cantigas de Amigo, Escárnio e Mal-Dizer, em que trovadores e jograis, ao libertarem-se do latim cultista imposto pela Igreja, consagraram o linguajar do vulgo), passando pelos poetas do Cancioneiro Geral, e por aí fora, até aos nossos dias, relembrando temas de Zeca Afonso, compostos a partir da voz dos poetas. Um colectivo do Teatro da Rainha (António Anunciação – luz e som; António José Xavier – flautas; José Carlos Faria – voz + viola electro-acústica e bandolim; Nuno Machado – voz + baixo eléctrico e percussões) devolvem a Poesia ao seu primordial e fraterno carácter comunitário, em assembleia.
Dia 28 | 21h30 | Sala José Afonso
A voz dos poetas
Em Voz Alta
Leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos.
Cancioneiro de Natal de David Mourão-Ferreira por Luís Lucas e Manuel Wiborg
Dia 29 | 22h00 | Sala José Afonso
Muito Cá de Casa
Possidónio Cachapa
Apresentação do livro “A Vida Sonhada das Boas Esposas”.
Moderação de José Teófilo Duarte
Música
Dia 2 | 22h00 | Sala José Afonso
Concertos ZDB
Marinho
Marinho nasceu em Lisboa e cresceu em frente à televisão. Teve desde cedo muita exposição a desenhos animados americanos e aos filmes de meados dos anos 90, o que resultou numa crescente intimidade com a perspectiva de Hollywood sobre o amor, relações e natureza humana no geral. Agora, como jovem adulta, ela tenta compreender aquilo que existe entre expectativas romantizadas em demasia e a vida real fora de sitcoms. As resoluções surgem na forma de canções de indie folk que escreveu e coleccionou ao longo dos anos. Canções essas que são apresentadas no seu álbum de estreia “~” (ler ‘til’), editado em Outubro de 2019 pela Street Mission Records nos formatos CD e Cassete e distribuição digital assegurada pela [PIAS]. Nas palavras da compositora: “~ é sobre aceitar que a vida é feita de altos e baixos. É sobre a transição de se tornar alguém que olha para dentro para resolver falhas emocionais, em vez de procurar resolução nos outros. É sobre a procura pela cura.” Gravado no Black Sheep Studios e masterizado por Philip Shaw Bova (Father John Misty, Marlon Williams, Feist, Andy Shauf), “~” é construído a partir da simplicidade das raízes da música folk norte-americana e inspirado em ricas texturas cinematográficas. O primeiro single, “Ghost Notes”, lançado no início de 2019, foi um sucesso com forte impacto nas rádios e em playlists do Spotify ou Apple Music. O segundo single, “Window Pain”, teve estreia na VICE Portugal e deu continuidade ao bom momento de Marinho. No início de Setembro surgiu o terceiro avanço do disco, “Freckles”. E, mais tarde, surge a derradeira antecipação com “I Give Up And It’s Ok”, num vídeo realizado por Martim Braz Teixeira (aka Jasmim) e estreia no blogue nova-iorquino Audiofemme.
Reservas: 265 236 168 | casacultura@mun-setubal.pt
Entrada: 4€
Dia 9 | 22h00 | Sala José Afonso
Come-se a Pele?
O nome do projecto situa-se entre a vontade de autofagia e a pergunta constante (come-se a pele? e comme s’apelle?- como se chama?). A música surge acoplada ás narrativas e quer-se diversa e experimental quer na abordagem instrumental quer na vocal, passando por registos spoken-word, jazz, punk-rock. Os Come-se a pele? Envolvem-se no narrativo com relevância nas personagens femininas, em ambientes de Cabaret -Voltaire, com paisagens históricas e sociais de vários universos reais e imaginários do bas-fond.
Reservas: 265 236 168 | casacultura@mun-setubal.pt
Entrada: 4€
Dia 14 | 22h00 | Sala José Afonso
O Som da Tinta – Festival de Poesia Contemporânea – ano 0
Dead Vortex
Dead Vortex é o buraco negro (ou melhor: o vórtice criado pela acção centrípeta de um buraco negro) em que o psicadélico se confunde com o stoner, o prog com o pós-rock e o jazz com a improvisação experimental. Sempre com uma abordagem de jamming, numa busca de estruturas e de formas que ecoa tanto os mantras tibetanos e os ragas da Índia como o perdido factor “garage” que marcou as bandas de guitarras nas décadas de 1960 e 70. Pelo meio, se algo faz lembrar o Miles Davis do período “On the Corner” é para logo dar lugar às emanações do deserto de uns Kyuss, às métricas hipnóticas kraut dos Can ou às abstracções tímbricas que vão distinguindo os AMM nos domínios da música exploratória.
Reservas: 265 236 168 | casacultura@mun-setubal.pt
Entrada: 4€
Dia 23 | 22h00 | Sala José Afonso
Concerto
Homem ao Mar
Homem ao Mar é o nome sob o qual João M. Pinto e Mário Moreira usam harmonias de vozes e de guitarras para compor canções com uma atmosfera vincadamente folk. Depois do sucesso do seu primeiro single “Adeus Até Mais Ver”, que conta com cerca de 100.000 audições no youtube e que teve airplay nas mais variadas rádios nacionais, a dupla formada em Vila Real juntou-se à Planalto para uma edição especial, já este ano, que reúne os seus dois E.P.’s num disco só.
Reservas: 265 236 168 | casacultura@mun-setubal.pt
Entrada: 4€
Cinema
Dia 7 | 21h30 | Sala José Afonso
O filme francês do mês
Les Grands Esprits ‧ 2017 ‧ Drama/Comédia ‧ 1h 47m
François é professor numa escola de prestígio de Paris. Ao ser transferido para uma escola pública nos subúrbios, ele não só enfrenta as dificuldades de ensinar alunos não tão empenhados, mas também aprende com eles.
Dezembro
Música
Dia 6 | 22h00 | Sala José Afonso
Concerto Experimentáculo
Chico Salem
Actuando na banda de Arnaldo Antunes (Tribalistas) há 18 anos, Chico Salem traz a Portugal o espectáculo do seu segundo disco solo “Maior ou igual a Dois”, um álbum repleto de parcerias com amigos (como Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes) e de participações especiais (como Manuela Azevedo – “Clã). Após duas apresentações em Lisboa e Porto em 2016 e uma pequena tournée portuguesa em 2017, Chico Salem prepara o regresso com o seu espectáculo intimista num formato voz e violão, onde apresenta, de uma maneira nua e crua, canções de seus dois álbuns e algumas versões de canções que fazem parte de seu “baú de referências”. Roupagem esta que permite um mergulho na intimidade do artista e na proximidade de Salem com o público.
Reservas: 265 236 168 | casacultura@mun-setubal.pt
Entrada: 4€
Dia 7 | 22h00 | Sala José Afonso
Concertos ZDB . a anunciar
Reservas: 265 236 168 | casacultura@mun-setubal.pt
Entrada: 4€
Dia 14 | 22h00 | Sala José Afonso
Círculo de Jazz
Indra Trio
Com traços do que por vezes relacionamos com a música erudita e o jazz europeu onde a improvisação é uma presença constante como forma de linguagem comum. Assim, o pianista Luís Barrigas, o contrabaixista João Custódio e o baterista Jorge Moniz, encontram um lugar-comum representado neste grupo com o nome “Indra” pela voz dos seus instrumentos construindo composições originais que definem a sua relação orgânica e natural com a música que pretendem apresentar.
Reservas: 265 236 168 | casacultura@mun-setubal.pt
Entrada: 4€
20 dezembro . sexta-feira . 22h00 . sala José Afonso . 4€
Concerto de Natal
Angélicus Duo
Música é a linguagem dos anjos…. A voz entrelaça-se suavemente no delicado som da Harpa, resultando numa junção harmoniosa de timbres, num concerto angelical com repertório instrumental e litúrgico de Vivaldi, Händel, Mozart e Schubert, entre outros compositores clássicos. Filipa Lopes (Soprano) forma o Angelicus Duo com as mais renomadas harpistas em Portugal: Emanuela Nicoli, Salomé Matos, Carmen Cardeal, ou Ana Castanhito, apresentando-se regularmente em vários locais do país (Óbidos, Sesimbra, Lamego, Alcochete, Almeirim, Alpiarça, Loulé, Elvas, Montijo, Pedrogão Grande, Setúbal, Vila Velha de Rodão…) e também em concertos sinfónicos integradas no Coro do Teatro Nacional de S.Carlos e Orquestra Sinfónica Portuguesa, respectivamente.
Reservas: 265 236 168 | casacultura@mun-setubal.pt
Entrada: 4€
Cinema
Dia 5 | 21h30 | Sala José Afonso
O filme francês do mês
Ponette ‧ 1996 ‧ Drama ‧ 1h 37m
Ponette tem quatro anos quando a sua mãe morre num acidente de automóvel. Essa ausência é-lhe insuportável. Ponette fala com ela, espera-a, procura-a. Com uma certeza, uma crença cada vez maior. Ninguém conseguirá convencê-la que nunca mais a encontrará.
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