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Nova Temporada do CCB vai jogar-se num Chão Comum

Por Deus Me Livro · Em 28/09/2022

Na sequência das Temporadas 2020-2021 — Entre – e 2021-2022 — Mundos -, que privilegiaram, respectivamente, a natureza indefinida da actualidade e a diversidade e cruzamento de mundos culturais distintos, a temporada 2022-2023 do CCB seguirá o mote Um Chão Comum, “alertando assim à atenção para a necessidade da existência de um chão comum nesta diversidade que caracteriza o mundo em que vivemos“, como se pode ler no comunicado de imprensa.

Com esta nova temporada, o Centro Cultural de Belém pretende estabelecer “um ponto comum entre o que é diverso, fomentando o diálogo entre disciplinas artísticas e diferentes formas de entender o mundo, sem apagar os aspectos unívocos de cada uma destas formas de expressão“, promovendo “a ideia de que a cultura ganha relevância quando trabalha e cresce nos espaços entre identidades, entre modelos, paradigmas, géneros artísticos, formulações culturais e idiossincrasias individuais, estabelecendo pontes interculturais e intersubjectivas“.

Apresentamos um resumo do que poderão descobrir no CCB durante toda a temporada, alguns destaques e toda a informação sobre os muitos descontos na compra de bilhetes.

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A ópera Pelléas et Mélisande, de Claude Debussy, uma obra-prima do repertório operático, raramente apresentada em palco, é o espectáculo inaugural desta nova temporada. Nos dias 7 e 9 de Outubro, a Orquestra XXI estreia-se no domínio da ópera com esta obra de Debussy, sob a direcção de Dinis Sousa e encenação de Kristiina Helin, e com um elenco de excepção que inclui André Baleiro, Susana Gaspar, Stephan Loges, Elodie Méchain e Patrick Bolleire.

A ópera terá um especial destaque nesta temporada, com a apresentação da versão orquestral (uma Encomenda CCB) da ópera Domitila, do compositor brasileiro João Guilherme Ripper, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direcção de Tobias Volkmann, com a soprano Carla Caramujo (16 Outubro).

Já no dia 20 de Novembro, a ópera e a dança vão estar de mãos dadas com a apresentação da ópera cómica A hora espanhola, de Maurice Ravel, pelo Ensemble Mediterrain, sob a direção de Bruno Borralhino, com encenação de Jorge Balça. Além da obra de Ravel, o Ensemble Mediterrain irá também interpretar a versão para orquestra de câmara do bailado El sombrero de tres picos, de Manuel de Falla. O espectáculo conta com coreografia de Miguel Ramalho e a participação da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo.

No final do ano, nos dias 29 e 30 de Dezembro, o Grande Auditório recebe Il Viaggio a Reims, de Gioachino Rossini, numa coprodução entre o CCB e a Égide – Associação Portuguesa das Artes. Este será o momento único para reunir um vasto elenco nacional, incluindo alguns dos melhores representantes do canto em Portugal. A eles junta-se a Orquestra de Câmara Portuguesa, ideal para a concepção de orquestra de Rossini, e um Coro Participativo. A ópera de Rossini será encenada por Teresa Simas.

Em 2023, arrancamos com as comemorações do 30.º aniversário do CCB com a estreia absoluta da ópera Paraíso, composta por Nuno da Rocha a convite do CCB, na sequência da obra Inferno, que o compositor estreou em 2020. Esta ópera conta com encenação do coreógrafo Marcos Morau (fundador da companhia de dança catalã La Veronal). Estreia a 27 de Janeiro.

Ainda no domínio da ópera, destaque para a apresentação de O Navio Fantasma, de Richard Wagner, pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direcção de Graeme Jenkins. A nova produção é assinada pelo jovem encenador Max Hoehn. Dias 24 e 26 de Abril de 2023.

Na temporada 2022-2023 – Um Chão Comum, o CCB desafiou o maestro e percussionista Pedro Carneiro e deu-lhe Carta Branca para conceber de raiz quatro novos concertos. O primeiro momento desta Carta Branca (12 de Novembro) celebra a percussão, com a interpretação de peças de Tōru Takemitsu, Iánnis Xenákis e Alejandro Vinão, pontuados por momentos de improvisação/criação. No segundo concerto (20 de Abril de 2023), Pedro Carneiro irá partilhar o palco com vários convidados nacionais e internacionais, numa enorme festa da música de câmara, através de séculos de Música, sem barreiras estéticas ou cronológicas. Já a 19 de Maio de 2023, o percussionista apresenta o espectáculo Árvore, em parceria com o produtor de música electrónica Moullinex. Para encerrar esta Carta Branca (24 de Junho de 2023), o maestro abre o CCB ao público para celebrar e participar consigo, durante o dia e a noite, numa oportunidade única de viajar, sentir, ver e ouvir o CCB por dentro: pelos seus espaços (acústicos) múltiplos, a sua luz e a sua magia, através da música, da palavra, do som e do movimento.

Tanto no Teatro como na Dança, o chão comum em que se transforma o CCB acolherá reconhecidas companhias nacionais e internacionais. No âmbito do festival Temps d’Images, a 8 e 9 de Outubro acolhemos a estreia absoluta de PAISAGEM, de João Cristóvão Leitão & Rodrigo Teixeira, que tem como ponto de partida o actual contexto contemporâneo, (in)directamente caracterizado por modelos relacionais onde a violência é protagonista.

Marco da Silva Ferreira, uma referência da dança contemporânea portuguesa, apresenta nos dias 27 e 28 de Outubro o espectáculo C A R C A Ç A, no qual um elenco de 10 intérpretes usa a dança como ferramenta para pesquisar sobre comunidade, construção de identidade colectiva, memória e cristalização cultural.

A 4 e 5 de Novembro, a L-E-V, aclamada companhia de dança israelita fundada por Sharon Eyal e Gai Behar, estreia-se em Lisboa com Chapter 3: The Brutal Journey of the Heart, espectáculo sobre os altos e baixos do amor e das relações, com figurinos da Christian Dior Couture.

Em Fevereiro de 2023, nos dias 17 e 18, vamos reflectir sobre o impacto das mudanças climáticas no espectáculo Jungle Book reimagined, nova produção do coreógrafo Akram Khan, que parte da história original de O Livro da Selva, de Rudyard Kipling.

Em colaboração com o Teatro Municipal do Porto (TMP), vamos iniciar uma programação denominada Pendular, em que o CCB acolhe jovens coreógrafo do Porto e, por outro lado, o TMP recebe criadores de Lisboa. Desta primeira edição fazem parte Luísa Saraiva & Senem Gökçe Oğultekin com Hark! e Susana Chiocca com BITCHO – às escâncaras (ambos os espectáculos serão apresentados no CCB a 10 e 11 de Março de 2023).

Em Maio de 2023 acolhemos dois espectáculos do Festival Cumplicidades. Nos dias 17 e 18 recebemos Simulacro, de Carminda Soares & Margarida Monteny, e nos dias 20 e 21 tem lugar no CCB a apresentação de Feedback, de André Braga & Cláudia Figueiredo. Ambos os espectáculos reflectem culturas expressivas e cruzamentos imprevisíveis, que expõem as metamorfoses do nosso mundo e abordam a necessidade de novos paradigmas.

A 13 e 14 de Julho apresentamos o novo espetáculo, actualmente em criação, do coreógrafo israelita Ohad Naharin, interpretado pela Batsheva Dance Company e que integra o 40.º Festival de Almada.

No campo do teatro, a 14 e 15 de Outubro, a companhia de teatro Agrupación Señor Serrano (vencedora do Leão de Prata da Bienal de Veneza 2015) apresenta The Mountain, uma reflexão ora irónica, ora virulenta, sobre a sociedade da imagem, cujo poder e perversão engendra novos e falsos paradigmas sobre a realidade.

Cuckoo, de Jaha Koo, estará em cena no CCB de 12 a 14 de Novembro, integrado no Alkantara Festival. Uma reflexão sobre a grande crise económica que afectou a Coreia do Sul há 20 anos através de diálogos agridoces e humorísticos entre Jaha e as suas inteligentes panelas de arroz.

Vamos apresentar em estreia absoluta Rei Édipo, dos SillySeason (17 a 19 Fevereiro de 2023), que parte do «cânone ocidental» do mito edipiano de Sófocles para a contemporaneidade, permitindo uma reinterpretação e rescrita do tempo presente.

Já Lígia Soares apresenta, a 4 e 5 de Março de 2023, A minha vitória como ginasta de alta competição, uma peça para ser dita por duas ginastas enquanto treinam para a alta competição, colapsando com a impossibilidade de manter o seu foco face aos dilemas do mundo actual.

Por sua vez, Carla Bolito adapta o romance epistolar Cartas de Casanova Lisboa 1757, de António Mega Ferreira. O espectáculo Casanova em Lisboa (17 a 19 Março 2023) assenta no cruzamento de várias linguagens de palco: a música de câmara do séc. XVIII, interpretada ao vivo pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção de Marcos Magalhães, com a soprano Ana Quintans, e ainda os actores André Gomes e Marcello Urgeghe, que conduzem a narrativa de Casanova. Uma produção que celebra os 30 anos do CCB e da Metropolitana.

Em 2023, destacamos também o ciclo A Voz Humana, que inclui o concerto da cantora norte-americana Cécile McLorin Salvant (17 Março 2023, em co-produção com a Incubadora d’Artes), cuja obra se encontra na intersecção entre o jazz de vanguarda, a música folk, os blues e uma recriação da Broadway. Este ciclo abrange ainda o concerto do músico do Azerbaijão Alim Qasımov (22 Abril 2023). De 4 a 8 de Maio apresentamos A Última Gravação de Krapp, monodrama em um acto de Samuel Beckett, numa encenação de Nuno Carinhas (Encomenda CCB), interpretado por João Cardoso. Já a cantora Anabela Duarte (3 e 4 Junho 2023) apresentará o recital Assobios, Gritos e Fonemas Dançantes, a partir da obra dadaísta Ursonate, de Kurt Schwitters. O Roomful of Teeth (16 e 17 Junho 2023), conjunto vocal norte-americano fundado por Brad Wells, vencedor de um Grammy, dedicado a explorar a capacidade expressiva sem limites da voz humana, interpretará peças de Caroline Shaw e Caleb Burhans.

Mantêm-se as parcerias com a Metropolitana, o Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra de Câmara Portuguesa. O Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa vão apresentar, a 19 de Março de 2023, um concerto composto por música cinematográfica (não obrigatoriamente de cinema) dos anos 30 do século XX, com Alexander Nevsky, de Prokofiev (composta para o filme homónimo de Eisenstein), e com a suíte Belkis, Rainha do Sabá, de Ottorino Respighi. Já no Concerto de Páscoa, a 6 de Abril de 2023, vamos ouvir o Requiem de Mozart, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direcção de Pedro Neves, com um Coro Participativo.

Mantemos também a parceria com o Museu do Fado, através do ciclo Há Fado no Cais, com os concertos de Camané com João Barradas e Ricardo Toscano (14 de Outubro), Maria Ana Bobone com João Paulo Esteves da Silva e Pedro Caldeira Cabral (19 Novembro), Um Concerto de Guitarra Portuguesa (9 Dezembro), no qual Pedro de Castro convida Bernardo Couto e Luís Guerreiro, Margarida (19 Janeiro de 2023), Pedro Moutinho (9 Fevereiro de 2023), Cristina Clara (24 Março de 2023), Aldina Duarte (29 Abril de 2023), Sara Correia (27 Maio de 2023) e Telmo Pires (23 Junho de 2023).

A atenção à infância na Fábrica das Artes é sempre uma constante, com especial enfoque no Festival Big Bang (21 e 22 Outubro), que une espectáculos multidisciplinares, instalações interactivas e músicas de muitos estilos e formatos.

Destaque ainda para a estreia absoluta do novo espectáculo de Teresa Coutinho (uma co-produção entre o CCB e o Teatro Nacional São João), Sem Medo (1 a 5 Fevereiro), a partir de Simão Sem Medo, de Miguel Granja, e das Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira, com música dos Fado Bicha, e ainda a apresentação de Les Somnambules (12 e 13 Maio), da companhia francesa Les ombres portées, que conta a história de um velho bairro destinado a ser demolido para dar lugar a uma cidade moderna e desumanizada, através da maqueta à escala da cidade.

A Garagem Sul vai manter um programa de exposições, com a inauguração, no dia 29 de Setembro, de Ciclos, exposição com curadoria de Pamela Prado e Pedro Ignacio Alonso, integrada na 6.ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa — Terra —, e que examina práticas arquitectónicas e artísticas contemporâneas que refletem sobre a arte de conceber ciclos, abordando as suas investigações sobre o passado e o presente da construção, a sua relação com a geopolítica do extrativismo e os futuros da indústria da construção.

A 14 de Março de 2023 será inaugurada a exposição Sala de aula: Um olhar adolescente, com curadoria de Joaquim Moreno. A exposição tem como propósito pensar juntamente com uma geração cuja maior parte do seu crescimento radical até à idade adulta foi passada durante a pandemia, estudando em casa, e regressou completamente mudada ao que pareciam ser espaços de aprendizagem inalterados, mais precisamente as velhas salas de aulas. A exposição é co-organizada pela Garagem Sul com o arc en rêve centre d’architecture, Bordéus (onde inaugura já a 13 de Outubro, ficando patente até 12 de Fevereiro de 2023), e a Z33 House for Contemporary Art, Design & Architecture, em Hasselt (onde ficará patente de 1 de Outubro de 2023 a 4 de Fevereiro de 2024) e é um projecto co-financiado pela União Europeia.

 

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