Já lhe vaticinaram a morte por mais que uma vez mas ele voltou sempre – e, a cada regresso, com o dobro da vitalidade. O rock’n’roll não só já nos provou que nunca há-de desaparecer como, também, nos vai lembrando de que nunca se foi verdadeiramente embora (se bem que vimos a coisa mal parada por alturas do nu-metal). Depois dos Strokes terem ressuscitado o rock de guitarras no início deste século, o garage foi ganhando terreno até à explosão do psicadelismo nos últimos anos. E, nesta nova vaga, há duas cidades que têm ganho predominância: Perth e São Francisco.
No caso da cidade australiana, os pontas-de-lança têm sido os Tame Impala, enquanto que, na costa oeste americana, o titularíssimo destacado é Ty Segall, o hiper-activo rock’n’roller com o lema do it yourself, principal responsável pelos melhores discos rock que ouvimos ultimamente. Foi através de Segall, mais propriamente através da sua editora GOD?, que ouvimos falar pela primeira vez de Chad Ubovix e dos seus Meatbodies. Depois, vimo-lo a acompanhar na guitarra Mikal Cronin e os Fuzz, do próprio Segall. E, pouco depois, estava já no catálogo da In The Red, pessoal que não costuma deixar passar estas coisas em branco.
Os Meatbodies vêm agora a Portugal tentar mostrar-nos porque é que o psicadelismo é mais forte na Califórnia. Primeiro no Porto, no Maus Hábitos e, no dia seguinte, em Lisboa, no Musicbox (dia 20 e 21 de Abril respectivamente), a banda de Chad Ubovix vem lembrar-nos que o rock está vivo, de saúde e que se recomenda. Ainda que, muito provavelmente, alguém apareça muito em breve (e pela enésima vez) para o declarar morto.
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