É tempo de acertarmos contas em relação ao Vodafone Paredes de Coura, festival que se irá instalar na Praia Fluvial do Taboão entre os dias 13 e 16 de Agosto. Ao cartaz junta-se agora um contingente português de respeito, um duo de música experimental e electrónica vindo de LA, uma Panoramix de géneros musicais com caldeirão fabricado no país irmão e, last but not least, Cass McCombs, um contador de histórias muito apreciado cá por casa. Seguem-se as curtas mas sonoras apresentações.
Memória de Peixe é um projecto musical criado por Miguel Nicolau, em 2011, focado em canções com loops de guitarra de 8 segundos e bateria. O álbum de estreia, “Memória de Peixe”, lançado em 2012, foi considerado um dos melhores álbuns portugueses do ano, alcançando o topo nas rádios nacionais. Em 2016 lançaram “Himiko Cloud”, com Marco Franco na bateria, recebendo boas críticas internacionais e representando Portugal no Eurosonic de 2017. Em 2025 a banda regressa com “III” (Omnichord Records), inaugurando uma nova fase e nova formação em power trio: Miguel Nicolau, na guitarra; Filipe Louro, no baixo; e Pedro Melo Alves, na bateria.
Os Linda Martini são uma das bandas mais carismáticas da música portuguesa dos últimos 20 anos. Composta actualmente por André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e Rui Carvalho, continuam a surpreender com discos aclamados pela crítica e pelo público, mantendo uma identidade única, mas sempre à procura de novas sonoridades e direcções e sem nunca esquecer as suas origens e com uma forte ligação ao punk e ao hardcore.
Ana Matos Fernandes, ou Capicua, é natural do Porto, Portugal, descobriu a cultura hip-hop nos anos 1990 e tornou-se rapper nos anos 2000. Formada em sociologia, acabou por fazer da música o seu principal ofício e é conhecida pela sua escrita emotiva, feminista e politicamente envolvida. No seu repertório podemos encontrar 5 álbuns entre vários singles de autoria própria. Como sempre, a Capicua domina a língua e as rimas, saltando com facilidade entre temas sérios (ou não tão sérios) mas conseguindo sempre sumarizar vidas e sentimentos com os quais nos podemos facilmente relacionar.
Bruno Cardoso – no universo da música conhecemo-lo melhor por Xinobi – é músico, DJ e produtor, assim como co-fundador da editora Discotexas em conjunto com Moullinex, artista que não nos é nada estranho. Faz parte de uma geração de artistas de música electrónica que cresceu na erupção dos blogs de música, alimentada pela ética do DIY que a escola de punk-rock lhe trouxe. No seu repertório tem um bocadinho de tudo: 4 álbuns, vários EP’s, incontáveis singles e remixes – e até o podemos ouvir na banda sonora de alguns filmes.
The Hellp são um duo de música experimental e electrónica oriundos de Los Angeles, Califórnia, composto por Noah Dillon e Chandler Ransom Lucy, juntaram-se em 2015 e, quando começaram tinham uma missão em mente – fazer a diferença no underground – conseguiram-no em 2019. Mais recentemente, em 2021, construíram uma sequência ardente devidamente intitulada “Vol. 1”, tendo em conta que era apenas o início de tudo aquilo que poderíamos esperar deles. Os The Hellp fazem música para suar, com uma precisão projectada para refrões em que eles nos chamam e nós respondemos enquanto saímos de um mosh pit num bar do qual nunca tínhamos ouvido falar antes.
BADSISTA é uma DJ e produtora na vanguarda da inovação musical no Brasil. Pioneira na fusão de géneros como house, bass music e baile funk, representa uma nova identidade sonora oriunda das comunidades periféricas que ilumina as pistas de dança. Natural do bairro de Itaquera, em São Paulo e, directamente para o mundo, BADSISTA é um nome que se tornou verdadeiramente global. As suas produções originais aventuram-se por vários géneros, incluindo house, bass music, hip hop, funk, reggae e techno, como podemos ouvir no seu álbum de estreia “Gueto Elegance” (2021).
Cass McCombs, natural de Concord, Califórnia, é um contador de histórias nómada, cuja arte se move entre palavras, música e sonhos. Iniciou a sua carreira no início dos anos 2000, com o álbum, “A” (2003), e, em 2025 conta já com 13 discos lançados, sendo o mais recente “Seed Cake On Leap Year” (2024). Este novo trabalho marca uma abordagem mais directa e crua às suas canções, com um equilíbrio especial entre compaixão e experimentação, procurando sempre uma declaração mais consistente.
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Promotora: Ritmos
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